Reclamações públicas

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L. C.
01/11/2025
Instituto Português da Face

Reembolso

No dia 11-08-2025 estive no Instituto Português da Face para uma consulta/avaliação. Primeiro, fui atendida por uma gestora de pacientes por nome Sílvia, expliquei os sintomas que eram: Zumbidos nos ouvidos, estalido do lado direito e pouquíssima crepitação do lado esquerdo. Disse também que as vezes sentia uma pressão na cabeça e pescoço. Me foi garantido pela gestora que todos esses sintomas eram devidos a ATM (Articulação temporomandibular). Logo já me entregou o orçamento e falou que as datas de atendimento do Prof. Doutor David Ângelo estavam praticamente esgotadas, mas que tentaria abrir uma excessão para mim. Me senti pressionada por tantas vezes que ela disse que já tinha que deixar algum valor pago para que minha vaga ficasse resguardada. Então fiz o pagamento de 319.00€. Ela também me explicou que eu teria que fazer uma infiltração muscular toxina botulinica tipo A195u no valor de 890.00€, e depois de 15 dias uma artrocentese bilateral com ácido hialurónico no valor de 2.300€ e 5 sessõs de fisioterapia no valor de 275.00€. Me garantiu que o tratamento funcionaria que eu não iria me arrepender. Ressalvo que o único exame que fiz no instituto foi um raio x. Dado a situação, eu esperava que me pedissem pelo menos uma ressonância, mas mesmo assim confiei no insituto. Devido a agenda apertada do Prof. David Ângelo, ao invés de esperarem os 15 dias falados, foram apenas 7 dias, o que a gestora Sílvia me garantiu que não alteraria em nada meu tratamento, tenho registrado no whatsapp que a gestora Sílvia me disse que era mesmo importante fazer a toxina com alguns dias de antecedência, fiquei receosa, mas confiei no instituto. Também tenho registrado toda a pressão da gestora Sílvia para que eu fizesse os pagamentos. Também tenho registrato todas as conversas com a enfermeira e todas as queixas que fiz. No dia 18-08-2025 fiz a infiltração com toxina botulinica com a promessa de que relaxaria os músculos, eu senti uma leve melhora na parte do maxilar, no pescoço e cabeça não houve melhora alguma, o que foi relatado para os responsáveis. No dia 25-08-2025 fui submetida à artrocentese bilateral, marcaram para as 09H da manhã, mas só fui atendida as 10H, me disseram que houve um erro de comunicação e o Prof. David Ângelo não tinha sido avisado, e o mesmo disse que estava no ginásio, enquanto eu esperava para fazer um tratamento que me deixou muito ansiosa. Após a artrocentese, me indicaram a primeira sessão de fisioterapia, entretanto, como houve essa "falta de comunicação"; fiquei à espera por 3 horas para conseguir fazer a sessão de fisioterapia. Achei uma falta de respeito, mas a dor e desconforto foram tantos que eu só queria ficar quietinha para não abrir a boca porque estava doendo muito. Foi me explicado que as duas primeras semanas seriam as mais desafiadoras, mas entendi que fazia parte do tratamento e fui me adaptando conforme dava. Mudei minha alimentação, diminuí a carga de trabalho e parei com os exercícios físicos por recomendação do médico. Na medida que os dias foram passando, eu fui notando que nada melhorava, pelo contrário, só ficava pior e começou aparecer sintomas que eu não tinha, como dor e pressão na cabeça todos os dias (o que antes acontecia só as vezes); estalidos do lado esquerdo (o que não havia); aumento muito significativo dos zumbidos, dor nos dentes, cansaço muscular. Enviando mensagem para a Enfermeira Carla, ela só me dizia que isso ia ir melhorando gradualmente, reportei todas as queixas por vários dias e aconselhava tomar analgésico e relaxante muscular, o que não resolviam completamente o desconforto. Passado alguns dias do tratamento notei que ao abrir a boca, meu maxilar caía mais para o lado direito, senti também que minha mordida não estava completamente bem assente. Segundo a Enfermeira, estava tudo dentro das normalidades. Depois de tanto me queixar, o Prof. David Ângelo me sugeriu fazer outra artrocentese, o que eu neguei na hora, se não deu certo na primeira como foi prometido, o que me garantiria que na segunda daria certo? Já não tinha confiança no instituto para passar por todo aquele processo doloroso de novo, uma vez que não tive 1% sequer de melhora, e sim de piora. No dia 20-10-2025 estive em consulta com o Prof. David Ângelo, fui avaliada e ele sugeriu de novo que fosse feito outra artrocentese, eu disse outra vez que não me sentia segura em passar por isso novamente. Havia um outro médico na sala (Não me lembro o nome, mas me lembro que é espanhol); este médico fez uma avaliação muito mais aprofundada e ele sugeriu que eu retirasse os dois dentes sisos que tenho do lado esquerdo. O Prof. David Ângelo não concordou 100%, mas vi que respeitou a sugestão do colega e me propôs isso. Tanto a artrocentese quanto a extração dos sisos seriam oferecidos pelo instituto, mas a questão agora não é sobre dinheiro, e sim sobre perder a confiança no instituto. Porque nada que me disseram aconteceu e hoje me encontro muito pior do que quando entrei no instituto buscando por um tratamento. No dia 22-10-2025 enviei um e-mail para o instituto solicitando reembolso já que não tive nenhuma melhora e ainda me encontro pior. Hoje, 27-10-2025 responderam ao e-mail negando fazer o reembolso. Imediatamente liguei para o instituto para falar com a direção, a atendente Inés disse que reportaria minha situação. Minutos depois recebi uma mensagem da colaboradora Yenny Gil dizendo que em instantes o Prof. David Ângelo entraria em contato comigo via telefónica. O Prof. me ligou, logo no início da conversa já se mostrou um pouco alterado porque eu havia respondido ao e-mail dizendo que procuraria meus direitos e se fosse preciso ia para a revista ou até mesmo televisão, porque acho desumano sair pior do que entrei e ainda jogar no lixo 3.465.00€. Em quase toda a chamada ele não me deixou falar, e sempre insistindo para que eu repetisse a artrocentese ou fizesse a extração dos sisos, mais uma vez eu disse que não faria pois já não tenho confiança no instituto. Desdenhou de mim falando que se eu não estava apta para pagar o tratamento, melhor que não fosse à clínica, ou seja, uma pessoa que trabalha honestamente e junta um dinheiro para usar quando precisar na saúde não pode ir ao instituto, somente pessoas ricas e bem sucedidas, foi isso que me deu a entender e sinceramente chorei na hora, me senti humilhada. Demonstrou desinteresse todas as vezes que eu disse que os meus sintomas pioraram e que tive que começar a tomar remédio para dormir porque os zumbidos ficaram insuportáveis. A meu ver, se eles oferecem outro tratamento, assumem que o que fizeram não deu certo, mas em nenhum momento me disseram que poderia não dar certo. Eu só ouvia frases do tipo "Você vai viver melhor"; "Escolheu o lugar certo para fazer o tratamento"; "Sua vida vai mudar muito pra melhor"; "O tratamento será um sucesso". Por fim, o que mais me deixou em choque foi o Prof. David Ângelo desligar o telefone na minha cara, isso mesmo, ele disse o que quis dizer e simplesmente não me deu alternativa de resposta, desligou o telefone. Agora estou eu com menos 3.465.00€, e com os sintomas muito, mas muito piores, e o que eles dizem e insitem é que devo repetir o tratamento, mas como confiar depois dessas condutas? Deixo aqui registrado toda a minha insatisfação e decepção com o Instituto Português da Face, eu não sou obrigada a fazer outros procedimentos se eu já não confio mais na instituição, mas também não acho justo ficarem com meu dinheiro sendo que pioraram minha vida. A forma como fui tratada hoje foi desumana, o Prf. David Ângelo disse que vai dormir sossegado porque fez o que pode, já eu, vou ter que tomar clonazepan para conseguir dormir por causa das dores, pressão na cabeça e pescoço e os zumbidos altíssimos. Eu só lamento a postura deles, nunca imaginei que uma empresa tão conceituada fosse resolver uma questão de forma tão desumana. Meu lado profissional e emocional foram muito abalalados.

Encerrada
V. C.
31/10/2025

Paguei encomenda e não recebi a mesma

Bom dia, Fiz uma encomenda online, no site da loja da saúde, no dia 1 outubro 2025 com a referência n°LS_26138, e a mesma não me foi entregue até ao dia de hoje 31 oubro 2025. Enviei email, a reclamar e a resposta foi que iria analisar junta da transportadora. Até hoje nada. Agradeço a vossa colaboração. Obrigada Cumprimentos Vânia Pegacha

Resolvida
S. C.
30/10/2025

Renovação do plano de saúde

Tenho o plano da medicare juntamente com a minha filha a quase um ano. Durante este tempo poucas foram as vezes que usei o plano e que usufrui dele e nessas poucas vezes nao fiquei satisfeita. Algumas vezes chamei o medico a domicílio e chegam aqui nao fazem nada, apenas me passam medicação da qual eu nem cheguei a comprar por medo. Terça feira, 28 de Novembro , a 16 dias de terminar o contrato liguei a medicare a dizer que nao quero renovar o serviço. A atendente nao me quis ouvir e este imenso tempo a falar dos benefícios do meu plano, tanto tentei me explicar e nao fui ouvida que acabei por desligar a chamada. Hoje dia 30 voltei a ligar para a medicare e disseram que a pessoa responsável pelo meu processo irá me contactar. Hoje essa tal pessoa ligou me e eu na esperança de conseguir resolver alguma coisa atendi e expliquei a situação, a pessoa teve 15 minutos comigo na chamada a falar dos benefícios do meu plano que eu repeti incansavelmente que já conhecia e nao me resolveu nada. Nao estou nada satisfeita com a Medicare e acho que nao devo ser obrigada a ficar mais um ano com o serviço que nap estou satisfeita, ainda mais se pedi o cancelamento antes de terminar.

Encerrada
A. L.
30/10/2025

Sem encomenda

Boa noite, venho por este meio efetuar uma reclamação do site Loja Saúde. Efetuei uma compra por mbway no dia 14 de outubro, no dia 20 de outubro recebi um email a informar do número da encomenda e que já se encontra a na transportadora. Hoje dia 30 de Outubro ainda não recebi a encomenda, enviei email pedidndo informações e não obtive nenhuma resposta e nos ctt da me erro ao pesquisar o código de seguimento da mesma. Gostava de saber como posso reaver o dinheiro da encomenda?! Já vi várias reclamações do mesmo site e não percebo como ainda não denunciaram o site para acabaram estas fraudes!! Agradecia alguma informação Obrigada Adriana Lima

Resolvida
P. S.
25/10/2025
Lar S° Filipe

Abuso poder por morte utente

Exmos Srs. Minha mãe esteve 3 anos e alguns meses aos cuidados desta instituição até vir a falecer no dia 9 de Outubro tendo sido realizado seu funeral no dia 12 Outubro.  Como em todos os meses a mensalidade foi paga no inicio do mês e pedido o valor de divida à farmácia para que ficasse tudo regularizado embora dos 30 dias pagos na instituição nossa mãe acabou por  usufruir de  9 dias. Contas feitas e tudo pago foi combinado com a Dra Carla, responsável Técnica que iriamos passar no dia 18 Outubro para recolher os seus pertences de forma a libertar seu lugar no quarto, foi-me transmitido pela Dra Carla que tudo se encontrava no quarto como mãe havia deixado antes de ir hospital...qual é nosso espanto e choque qd no dia 18 nos dirigimos à instituição e encontramos a cama da mãe já ocupada ( havendo vagas em outros quartos ) e os seus pertences retirados do roupeiro e quarto, encontrando-os a monte dentro de sacos em uma sala de reuniões num aspeto geral degradante, deprimente e não dignificante para com a familia que se encontra em periodo de luto. A falta de respeito para com a sua memoria e para connosco filhos foi demasiado evidente tendo-nos deixado chocados com tal tratamento e falta de sensibilidade por parte da direção dessa instituição. Nós familia não queremos saber quem foi o responsável pela atitude mas consideramos merecer um pedido de desculpa formal por escrito da parte instituição pela forma como acabou por ser tratada a memória de nossa mãe assim como pelo abuso ao mexerem nas coisas de nossa mãe sem nossa presença ou conhecimento. Sendo uma instituição de acolhimento de idosos deveria sua direcção ter outro procedimento menos abusivo em casos de morte dos utentes honrando os utentes e respeitando familia que afinal contribuem para seu funcionamento. Tendo a instituição sido contatada por mail  sem obtermos resposta por parte da direcção nem a filha da proprietária  que por vezes lá  presta serviços se mostrou disponível para um entendimento/ esclarecimento considerando-se demasiado ocupada. Aguardaremos por um pedido de desculpas atrasado mas que reconhecerá o abuso de poder que foi cometido por vossa instituição. Cumprimentos

Encerrada
S. C.
22/10/2025
ZY

Encomenda recebida não corresponde ao que pedi nem que paguei

Quero reclamar que a encomenda feita e paga não corresponde ao que foi entregue. Pois foi pago e pedido um artigo no valor de 108€ e o que enviaram não tem nada a ver com a encomenda feita . Espero obter uma resposta com a maior brevidade possível.

Resolvida
M. M.
22/10/2025

Medicamentos prescritos de psiquiatria

Exmos Srs, Os psiquiatras do HGO prescreveram me medicamentos que me causaram a doença diabetes, aumento de peso e psoriase nas orelhas.

Encerrada
E. F.
21/10/2025

Reclamação Formal e Pedido de Reembolso Imediato

Mas será normal, que mesmo depois de 3 meses eu continue a ser ignorada pela empresa que não me reembolsa, por um produto pago que nunca cheguei a receber?? Esta situação representa uma clara violação dos meus direitos enquanto consumidora!! Passado este período, considero-me lesada e exijo o reembolso imediato do valor pago!!!!!!!!!!!!!! Só isso pelo amor de deus!!!! Ou temos de recorrer a justiça??? Que péssimo serviço!!!!!! maus prestadores públicos.!!!! Porque tratam os clientes dessa forma indiferente e maldosa? O dinheiro custa a ganhar, não podem destruir a moral do cliente quando são uns incumpridores!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Encerrada
P. X.
21/10/2025

Exame não realizado

Boa tarde exmos srs, No dia de hoje, dirigi-me na parte da manhã para realizar um exame de imagiologia, no hospital da luz de Lisboa. Tinha marcação agendada, confirmada por SMS + Chamada telefónica realizada no dia anterior, e ainda tinha a mesma em formato papel. Desloquei-me da minha zona de residência ( Setúbal) , para Lisboa, gastei gasóleo, paguei as devidas portagens. Cheguei lá, fiz a a devida admissão informaticamente à qual consta a data/hora de hoje, tudo correto. Retirei a devida senha, e dirigi-me ao respectivo administrativo, ao qual me diz que o exame não é hoje, mas sim amanhã. É inadmissível, porque encerrei o meu estabelecimento, pedi ao meu filho para faltar ao trabalho para me acompanhar e ainda tive as respetivas despesas, tudo inútil, e o hospital simplesmente não tem resposta. Não faz qualquer sentido. Obrigado.

Encerrada
C. S.
17/10/2025

Funcionamento e tratamento por parte de equipa médica

Carta de Reclamação Destinatário: Direção Clínica do Hospital de São João Serviço de Cirurgia Porto Assunto: Reclamação relativa ao internamento da utente Maria Celeste Ferreira Monteiro Silva [nr processo 16038025], cama 71, piso 6 Exmos. Senhores, Venho por este meio apresentar uma reclamação formal relativamente à forma como decorreu o internamento da minha mãe, Maria Celeste Ferreira Monteiro Silva, no vosso hospital, entre 2 de Outubro e 14 de outubro de 2025, no Serviço de Cirurgia. A minha mãe deu entrada no Serviço de Urgência no dia 30 de setembro cerca das 21h30. Obteve diagnóstico de Colecistite aguda cerca de 27h depois tendo de imediato indicação para internamento. Foi transferida para internamento cerca de 40 horas depois da entrada no serviço de urgência: cerca das 12h30, no dia 2 de outubro, após ter já iniciado a terapêutica adequada mas sem qualquer indicação para cirurgia. A médica que nos comunicou o diagnóstico foi clara quanto à improbabilidade de cirurgia com a vesícula naquelas condições. Ao final dessa mesma tarde em que sobe para o piso 6- dia 2 de Outubro- foi visitada por dois cirurgiões acompanhados de dois estudantes, que a informaram de que seria submetida a uma cirurgia nesse mesmo dia, assim que o bloco operatório estivesse disponível. Perante esta comunicação, e estando eu presente, questionei os médicos sobre vários pontos: a) o motivo de se optar pela cirurgia imediata, quando o processo clínico referia que a terapêutica antibiótica tinha sido iniciada nesse mesmo dia e que seria aguardada a sua evolução; b) a razão de se proceder à extração de uma vesícula inflamada em vez de aguardar melhoria clínica; c) o motivo de se considerar uma cirurgia de maior duração (cerca de quatro horas- segundo informação veiculada por eles mesmos) especialmente tratando-se de uma paciente de 80 anos; d) e, por fim, a ausência de parecer de cardiologia, essencial tendo em conta o historial cardíaco da doente. As minhas reservas quanto à realização de uma cirurgia dessa complexidade e duração foram desconsideradas tendo os dois cirurgiões interrompido a conversa já no corredor do piso 6 – longe da presença da paciente- por motivos de agenda. Foi então que um terceiro cirurgião, que acompanhou a conversa e permaneceu no corredor do piso, contactou o Serviço de Cardiologia e confirmou não existir parecer favorável para a realização de qualquer cirurgia nesse momento. Anestesia não foi sequer mencionada. Na mesma noite, esta informação foi confirmada à doente por uma médica que se deslocou à enfermaria. Não posso deixar de refletir sobre o que teria acontecido se eu não estivesse presente nesse momento decisivo. O cenário que presenciei — em que se preparava uma cirurgia de longa duração, em doente idosa e com historial cardíaco, sem parecer de cardiologia e sem tempo suficiente para avaliar a resposta à terapêutica iniciada — deixa-me profundamente inquieta. É legítimo perguntar quantas decisões semelhantes poderão ocorrer sem que alguém as questione. O papel das famílias, tantas vezes visto apenas como emocional, revela-se aqui essencial para garantir prudência, comunicação e segurança clínica. Foi apenas pela minha insistência, e pela intervenção sensata de um terceiro cirurgião, que se evitou uma cirurgia que poderia ter representado um risco sério e desnecessário para a vida da minha mãe. Durante os 14 dias seguintes, no piso 6, a minha mãe foi exemplarmente acompanhada por enfermeiras e auxiliares, cuja dedicação e profissionalismo merecem o meu mais profundo reconhecimento. Contudo, ao longo desse período, apesar dos meus inúmeros pedidos, não me foi possível falar com nenhum médico responsável pelo caso, dada a ausência de horários compatíveis com a minha vida laboral. No dia 14 de outubro, a minha mãe foi informada por um dos médicos da equipa, de que teria alta, (anteriormente tinha sido informada por outro médico de que levaria consigo um dreno clampeado, devendo deslocar-se semanalmente ao Centro de Saúde para vigilância. Tal situação não veio a concretizar-se, uma vez que o dreno afinal acabou por ser retirado no momento da saída. Nenhuma justificação lhe foi dada, por qualquer médico, sobre esta mudança de decisão). Apesar de lhe ter sido dito de manhã que apenas faltava a nota de alta, esta só veio a ser assinada após as 20h, depois de mais de 11 horas de espera. (De salientar que, depois dessa hora, não há possibilidade de levar o veículo de transporte pessoal até à porta para recolher a doente, pois a cancela do parque de estacionamento já se encontra encerrada e o funcionário ausente, obrigando os doentes a caminhar ao longo do parque até à via pública!) Durante todo esse tempo, a minha mãe, com 80 anos, permaneceu sentada numa cadeira de madeira, sem poder regressar à cama, já preparada para outro doente. A justificação apresentada foi que os médicos não podiam deslocar-se do bloco operatório (um piso abaixo) para proceder às altas de quatro ou cinco doentes que aguardavam desde as 8h30. A minha mãe não era a única. Por fim, quando a médica Dra. Paula Filipa Rebelo (n.º de cédula profissional [72088]) compareceu para assinar a alta, a minha mãe educadamente questionou-a sobre esta demora injustificável, tendo recebido a seguinte resposta, que passo a citar: “Estive a operar. Queira Deus que um dia não esteja a operá-la a si e tenha de a deixar para vir dar altas.” Esta afirmação (testemunhada pelas outras duas doentes presentes no quarto), além de inapropriada e ofensiva, demonstra falta de empatia, profissionalismo e respeito por uma doente idosa, que se encontrava exausta e fragilizada após duas semanas de internamento e 11h sentada numa cadeira. Tenho sérias dúvidas que a referida médica tivesse adotado este comportamento caso um familiar se encontrasse presente. Tal atitude gerou desconforto, ansiedade e perda de confiança, evidenciando a importância da presença de familiares para assegurar um tratamento digno e respeitador por partes dos médicos. É difícil de entender que, entre cirurgias, e com recurso a ajuda dos internos por exemplo, a alta não pudesse ter sido assinada. Assim, expresso o meu profundo desagrado pela forma como a comunicação entre equipa médica, doente e família foi gerida, bem como pelo tratamento desrespeitoso por parte da referida médica. Esta situação merece ser analisada internamente e talvez a implementação de algumas medidas simples possam evitar a repetição de episódios semelhantes: • Melhor coordenação entre os serviços médicos e de enfermagem (cujos serviços volto a enaltecer mas cujos profissionais se encontram impotentes tendo de aguardar a decisão médica), particularmente no momento da alta, de modo a evitar longas esperas injustificadas e situações de desconforto para doentes idosos; • Definição de horários ou canais de contacto com familiares, garantindo que estes possam obter informações clínicas atualizadas sem depender exclusivamente de momentos ocasionais de presença médica; • Uniformização e rigor na informação transmitida ao doente e à família, evitando mensagens contraditórias entre elementos da mesma equipa (como seja o exemplo que dei sobre indicações divergentes sobre a colocação ou retirada do dreno). Esta incoerência de informação médica e aparente desarticulação na comunicação entre a equipa, gera no doente e família, insegurança, ansiedade e perda de confiança num momento em que a serenidade é essencial para a recuperação; • Reforço da formação em comunicação clínica e empatia, para assegurar que todas as interações com os doentes e famílias decorrem num ambiente de respeito, humanidade e profissionalismo. Talvez estas formações possam ser ministradas por enfermeiros que demonstram possuir todas as competências para o fazer. Acredito que o Hospital de São João, instituição de referência nacional, valoriza a qualidade dos cuidados prestados e o respeito pelos seus utentes, pelo que confio que esta reclamação será tratada com a devida atenção e seriedade.

Encerrada

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