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10 ideias para gerir as finanças pessoais

Poupar, investir, organizar impostos, escolher bem os seguros: a DECO PROteste deixa algumas pistas para lidar com as finanças pessoais.

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24 setembro 2024
separar dinheiro

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Há sempre muitos assuntos por resolver, para poupar, investir ou, simplesmente, para gerir a vida. A DECO PROteste deixa-lhe dez pistas para melhor se organizar.

1. Cartão de crédito: melhor pagá-lo na totalidade

Pode ser uma ajuda preciosa na gestão das finanças familiares – é um balão de oxigénio nos momentos de imprevistos ou para fazer face a despesas avultadas, quando usado com cautela. E, com as compras online ao rubro, tornou-se mesmo uma opção a que muitos consumidores recorrem. Mas existe um perigo à espreita na utilização deste meio de pagamento: a tentação de dividir o pagamento das compras em parcelas, não pagando o extrato na totalidade. Tal leva a um acréscimo de custos, pois há juros sobre o montante não pago em cada mês. No financiamento ao consumo, os cartões de crédito são os principais responsáveis por situações de incumprimento.

Se costuma fasear o pagamento do extrato mensal, passe a pagá-lo na totalidade, na medida do possível. Ao saldar as compras efetuadas nos 20 a 50 dias anteriores, evita o pagamento de juros. E, se optar por um cartão sem anuidade, pode usufruir de todas as vantagens deste meio de pagamento sem qualquer custo. 

2. Seguro de saúde: escolher o melhor possível

Há muito que pensava numa solução para enfrentar os custos dos cuidados de saúde privados? O seguro de saúde é válido em caso de doença ou acidente, e vendido sob a forma de pacotes predefinidos de coberturas e capitais, para pagar despesas com:

  • cirurgias;
  • consultas de especialidade;
  • parto;
  • estomatologia;
  • próteses e medicamentos;
  • e doença oncológica ou doença grave.

Mas atenção ao que fica de fora, como doenças preexistentes, correção de anomalias e malformações congénitas, acidentes de trabalho e doenças profissionais, consultas e tratamentos de infertilidade e de inseminação artificial, cirurgia plástica (exceto na sequência de acidentes previstos pela apólice) ou tratamentos de obesidade. Nestas apólices, é comum haver períodos de carência. A duração é, em regra, anual, são válidas no território nacional, podendo ficar abrangidas deslocações ao estrangeiro durante estadas até 30 ou 60 dias, e aplicam-se franquias ou copagamentos. A maioria das apólices exige a comunicação escrita prévia sobre eventuais deslocações, com indicação do destino. Descubra o melhor para si no comparador de seguros de saúde da DECO PROteste. 

Não confunda um seguro de saúde com um plano de saúde. Este não disponibiliza plafonds anuais, não impõe períodos de carência e não tem limites de idade para adesão ou permanência. Qualquer consumidor adulto pode contratar um ou vários planos e começar a usá-los de imediato, beneficiando dos descontos que oferece nos estabelecimentos com os quais tem acordos. Contudo, ao contrário do que acontece com um seguro de saúde, se o custo do plano de saúde não for pago até à data da sua renovação, o consumidor fica em dívida, que vai acumulando juros.

Para rejeitar a renovação de um plano de saúde, é necessário comunicar essa intenção por escrito à entidade que o comercializa com a antecedência mínima de 30 dias. Caso contrário, o plano é renovado na data prevista, e o consumidor fica vinculado àquela entidade por mais um ano, estando obrigado ao pagamento das mensalidades contratadas.

3. PPR: preparar a reforma

As previsões assustam: em 2050, segundo as estimativas da Comissão Europeia, os pensionistas vão receber apenas cerca de 38,5 por cento do último salário. Se está na casa dos 40 ou 50 anos, é urgente programar uma poupança de longo prazo. Deve começar cedo. Se não lida bem com o risco, ou se já está a dez anos (ou menos) da idade da reforma, opte por um PPR sob a forma de seguro com capital garantido. É mais estável, mas tem rendimento modesto.

Se está mais longe da idade de reforma (a mais de dez anos) e está disposto a correr algum risco, beneficiando da valorização das bolsas a longo prazo, escolha os fundos PPR que investem parte da carteira em ações. Estes fundos não garantem o capital mas, a longo prazo, rendem mais do que os PPR de capital garantido.

Os fundos PPR têm algum risco e, em geral, não garantem o capital. Por isso, a DECO PROteste recomenda este investimento apenas a quem esteja a mais de dez anos da reforma. Para conhecer as recomendações mais detalhadas sobre os produtos, conheça o Canal Reforma da DECO PROteste Investe.  

Não se esqueça de, anualmente, comparar o seu PPR com os melhores do mercado, para saber se deve ou não transferir. Não deixe as suas poupanças de longo prazo adormecidas num produto pouco rentável, pois pequenas diferenças de rendimento podem traduzir-se em milhares de euros na reforma. Compare no simulador da DECO PROteste Ganhe Mais no PPR.

O  regime excecional, que vigorou em 2023 e permite aos participantes dos planos poupança-reforma (PPR), dos planos poupança-educação (PPE) e dos PPR/E (planos poupança-reforma/educação) resgatá-los sem penalização, irá prolongar-se até 31 de dezembro de 2024. São três as situações:

  • pode resgatar mensalmente o seu plano poupança-reforma até ao montante de 509,26 euros sem especificar nenhum fim;
  • pode resgatar mensalmente até ao valor da prestação do crédito à habitação/construção e beneficiação/entrega para cooperativas;
  • e ainda pode resgatar até 12 222,24 euros (o limite anterior de 12 IAS duplicou) neste ano para amortizar essa dívida. 

4. Finanças: validar despesas e simular

Distrai-se e deixa despesas pendentes no e-Fatura? Algumas de educação e saúde, às vezes, caem no vazio. Convém validar com regularidade as despesas que já tem vindo a realizar em 2024. Faça a verificação regular, porque as faturas pendentes têm de ser validadas uma a uma, o que obriga a uma tarefa que pode ser demorada, sobretudo se tiver de fazê-lo para vários membros do agregado familiar. Além disso, quanto mais tempo passar, mais difícil será recordar-se de tudo.

Guarde as faturas e demais documentação relevante pelo período de quatro anos, para o caso de ser sujeito a uma inspeção tributária.

Entre as despesas que realizar e para as quais deve pedir o comprovativo com o número de contribuinte, há vários tipos de encargos: as chamadas “despesas gerais”, que vão permitir que deduza 35% de despesas das faturas da água, energia, telecomunicações, supermercado e outras, até ao limite de 250 euros por cada contribuinte com rendimentos (335 no caso das famílias monoparentais, podendo deduzir 45% das despesas) no IRS que tem a pagar, e outras, em que pode reaver parte do IVA, com o limite anual de 250 euros por agregado. Não se esqueça de validar as despesas dos filhos que façam parte do seu agregado.

Trate com atenção a declaração de IRS, pois só tem a ganhar: valide tudo o que tenha de ser validado no e-Fatura até 26 de fevereiro e declare a composição do agregado familiar no Portal das Finanças atempadamente. Quando chegar a altura de entregar o IRS, deve ter dois cuidados principais: verifique se as faturas estão todas mencionadas no anexo H. Se não, deve acrescentá-las, desde que tenha os comprovativos. E simule: verifique se compensa englobar alguns rendimentos, como os de capitais e os de rendas. E não se esqueça de verificar se é vantajoso entregar a declaração em conjunto com o seu companheiro ou companheira e verificar se é benéfico incluir os seus filhos (com mais de 18 e até aos 25 anos) na mesma declaração. Mas, se tiverem rendimentos, pode compensar que façam a entrega em separado.

Se for jovem e se enquadrar nos requisitos do IRS Jovem, não se esqueça de escolher essa opção na declaração de IRS.

5. Seguro automóvel: carro velho sem danos próprios

O seguro automóvel de danos próprios é útil em situações em que o condutor é responsável por um acidente que envolve danos elevados no próprio carro (por exemplo, com perda total) ou quando o veículo é furtado. Faça-o nos primeiros cinco anos após a aquisição de um carro novo. A partir daí, a desvalorização é acentuada e o seguro pode deixar de ser interessante. Trata-se de uma cobertura especialmente importante se o carro tiver um valor elevado, mas as vantagens são ainda maiores se não estiver totalmente pago no momento do acidente, caso tenha sido comprado com recurso a crédito ou leasing. Se o carro é antigo, está pago e não tem grande valor comercial, pondere poupar uns trocos abdicando desta cobertura, limitando-se a um pacote mais simples de responsabilidade civil. 

6. Crédito à habitação: amortizar a dívida da casa

Tem algum dinheiro de parte e quer encurtar a dívida da casa ao banco? Além de reduzir o encargo, pode poupar nos juros e solicitá-lo a qualquer momento. Tem de o fazer por escrito com, no mínimo, sete dias úteis de antecedência, e a amortização deve acontecer no mesmo dia em que é cobrada habitualmente a prestação mensal. O banco pode exigir uma comissão, que varia consoante o tipo de taxa do crédito. Se o contrato tiver taxa variável, no máximo pode cobrar 0,5% do capital reembolsado. Já se tiver taxa fixa, a comissão será de 2%: na prática, por cada 1000 euros amortizados, são cobrados 5 euros num contrato com taxa variável; e 20 euros, se a taxa for fixa. Esta comissão pode estar isenta de cobrança se o pedido for motivado por morte, desemprego ou deslocação profissional de um dos titulares do crédito. Deve indicar o motivo no pedido de amortização antecipada.

O impacto da amortização será refletido no valor da prestação, diminuindo-a. Mas o consumidor pode tentar renegociar o contrato, mantendo o valor da prestação e diminuindo o prazo total do crédito.

Apesar disso, lembre-se de que, de acordo com as regras transitórias destinadas a mitigar os aumentos associados ao crédito à habitação, a comissão de reembolso antecipado, nos contratos de crédito para aquisição ou construção de habitação própria permanente com taxa variável, não pode ser exigida até 31 de dezembro de 2024.

7. Apoiar entidades de solidariedade social

Se pretender consignar 0,5% do imposto que teria a pagar ao Estado, reconduzindo-o para uma instituição de cariz social ou religioso, não perderá dinheiro. O dinheiro é sempre retirado ao imposto que o Estado recebe, e não ao montante eventualmente devolvido ao contribuinte. Se consignar o benefício fiscal relativo a parte do IVA suportado em algumas despesas, esse, sim, será retirado ao seu reembolso. A opção de consignação é irreversível. Confira se a instituição que pretende apoiar consta da lista completa das entidades que podem beneficiar desta consignação. Consulte o menu “Apoio ao contribuinte” na página inicial do portal das Finanças. Procure a lista, que está em constante atualização.

8. Investimentos: o que faço ao dinheiro que poupei?

Não deve guardar o dinheiro debaixo do colchão, até porque a subida dos preços na economia (inflação) irá corroer o valor das suas poupanças. Procure sempre as melhores soluções, como forma de superar ou minimizar o efeito negativo da inflação. Um fundo de investimento (ou uma carteira de fundos) para o longo prazo é a melhor forma de fazer face à inflação. Mas são produtos sem capital garantido, pelo que a DECO PROteste recomenda que os mantenha por prazos superiores a cinco anos. Procure mais informação sobre os produtos recomendados na DECO PROteste Investe.

Fazer um PPR e preparar a reforma é cada vez mais importante: é uma poupança de longo prazo que poderá também utilizar em caso de desemprego, doença grave, incapacidade para o trabalho e até para pagar a prestação da casa. Além de ser uma espécie de mealheiro a longo prazo, proporciona benefícios fiscais.

Para poupanças com maior liquidez, aproveite este contexto de taxas de juro ainda elevadas e aplique num dos melhores depósitos a prazo. Aliás, os subscritores da DECO PROteste usufruem atualmente da melhor oferta do mercado. A maior parte das melhores ofertas de depósitos a prazo são para novos clientes ou novos montantes ou em pequenos bancos de capital estrangeiro ou banca online. Algumas dessas contas pedem a subscrição de outros produtos, outras exigem um montante elevado e outras ainda não permitem mobilização antecipada. Consulte o comparador de depósitos e contas-poupança da DECO PROteste para conhecer as melhores propostas.

Quanto aos Certificados de Aforro, atualmente na série F, perderam algum interesse, sobretudo porque há vários depósitos a proporcionar rendimento superior. Aliás, o número de subscrições está em queda há vários meses, quase desde o lançamento desta série. A taxa-base mantém-se em 2,5% bruta desde o início. Contudo, tem uma vantagem face à maior parte dos depósitos a prazo: permite entregas a partir de dez euros e capitaliza os juros, o que o torna um produto especialmente indicado a quem pretende uma aplicação que funcione como mealheiro para pequenos montantes. No entanto, o seu rendimento líquido fica abaixo da inflação. Conheça a calculadora de rendimento da DECO PROteste Investe.

9. Transferir o seguro de vida 

Transfira o seguro de vida associado ao crédito à habitação para uma seguradora mais barata. Em regra, em troca de um spread mais baixo no crédito à habitação, os bancos propõem a contratação do seguro de vida e do multirriscos-habitação comercializados pela própria instituição. Mas nem sempre é mais vantajoso: em muitos casos, o que poupa com a bonificação do spread é inferior ao que paga a mais pelo seguro. Consulte o simulador da DECO PROteste para saber se é o seu caso. Com base nos dados do crédito (capital em dívida, prazo, TAN) e do seu seguro atual (cobertura, titulares, prémio), analisa todas as ofertas de mercado e diz-lhe de forma imediata quanto poderá poupar até ao final do contrato se transferir o seguro de vida para uma das Escolhas Acertadas da DECO PROteste. Se decidir seguir as recomendações, conte com a ajuda da DECO PROteste no processo de mudança.   

10. Seguro para animais de estimação

Para evitar conflitos com a vizinhança e proteger a saúde dos animais de estimação, há uma oferta crescente deste tipo de apólices. A maioria destina-se a cães e gatos; algumas estendem-se a roedores e a porcos vietnamitas. Abrangem a responsabilidade civil, que garante as indemnizações exigidas ao segurado. Esta cobertura é obrigatória por lei para raças de cães consideradas potencialmente perigosas – o capital mínimo deverá ser de 50 mil euros.

Mas há, ainda, apólices dirigidas à saúde dos animais, que incluem as despesas médicas efetuadas com o animal na sequência de cirurgia por acidente ou doença (diária hospitalar, honorários dos médicos veterinários) e permitem o acesso a redes médicas veterinárias, com preços convencionados. Podem incluir também desaparecimento, eutanásia/funeral ou regresso antecipado (de viagem, por exemplo), por morte do animal.

 

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