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Consulta do viajante: online é boa e mais barata que as presenciais

A consulta do viajante é recomendada antes de partir para certos destinos. A DECO PROteste testou 23 serviços privados, incluindo consultas online, e concluiu que estas podem custar até três vezes menos, sem comprometer a qualidade dos cuidados prestados.

Especialista:
27 maio 2025
Consulta online

iStock

A DECO PROteste realizou um estudo sobre consultas do viajante privadas. Colaboradores da organização de defesa dos consumidores visitaram anonimamente, ou seja, sem se identificarem como tal, 23 consultas do viajante realizadas em clínicas e hospitais privados, presenciais e online. Uma das principais conclusões do estudo é que as consultas online podem custar três vezes menos do que as presenciais, sem perder em qualidade.

A consulta do viajante é imprescindível sempre que a viagem inclua países em desenvolvimento ou com clima tropical, como Caraíbas, Peru, Tailândia, Indonésia, Angola, Quénia, etc. O mesmo acontece em viagens de longa duração ou em condições adversas, como altitudes elevadas ou temperaturas extremas. Pessoas com determinadas doenças crónicas (por exemplo, diabetes e insuficiência cardíaca) ou que pertençam a grupos de risco, como grávidas, crianças e idosos, devem também recorrer a este serviço, para prevenir complicações de saúde.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza a consulta do viajante e centros de vacinação internacional um pouco por todo o País, incluindo Açores e Madeira. Pode também encontrar a consulta do viajante em clínicas e hospitais privados. Caso procure uma solução mais cómoda, existem clínicas que disponibilizam a consulta do viajante online. Conheça a seguir os resultados do estudo da DECO PROteste.

Qual é a melhor consulta do viajante privada?

Para a experiência geral, é importante a informação transmitida no ato da marcação ou a pontualidade do médico. No entanto, o parâmetro mais relevante na avaliação destas consultas é, sem dúvida, a consulta em si. Conta para esta análise, por exemplo, a atenção dada à história clínica do viajante.

É importante também a recolha de informações gerais sobre a viagem. Cada deslocação tem riscos diferenciados associados ao destino, à altura do ano, à duração, ao tipo de atividades (mergulho, por exemplo) e às condições de alojamento. A avaliação prévia e personalizada permite ao profissional identificar riscos sanitários específicos (por exemplo, malária em zonas rurais, riscos associados ao consumo de água ou alimentos contaminados) e avaliar a necessidade de vacinação preventiva ou tratamento com medicamentos para doenças como a febre tifoide, a hepatite A ou a malária.

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Para que serve a consulta do viajante?

A consulta do viajante existe para minimizar os riscos com a saúde durante deslocações para fora do País. Nestas consultas é fornecida informação destinada a promover comportamentos preventivos no local de destino. Por exemplo, quanto à alimentação, à proteção contra insetos, ao vestuário, etc. Se necessário, são também administradas vacinas e/ou prescritos medicamentos com vista a reduzir o risco de doença durante a estada, ou até após o regresso.

Trata-se também de um importante meio de proteger a saúde pública. Ao regressar com uma doença erradicada ou sem histórico em Portugal, mesmo que sem sintomas, poderá propagar a mesma pelo seu círculo de contactos e, daí, para a comunidade.

Como marcar consulta do viajante pelo SNS?

Pode consultar no portal do SNS a lista dos serviços existentes. Verifique os contactos do serviço que pretende utilizar e faça a marcação, por e-mail, preferencialmente, ou por telefone.

Se preferir fazer a consulta num serviço privado, contacte as unidades de saúde mais próximas de si para saber se oferecem o serviço, ou procure na internet sites que ofereçam a consulta do viajante online. 

Quanto custa a consulta do viajante no SNS?

As consultas do viajante no SNS são gratuitas. No privado, os preços diferem muito.

Conte ainda, se necessário, com o valor das vacinas, cobrado à parte tanto no privado como no SNS, e dos medicamentos.

Se tem um seguro de saúde, verifique se tem a cobertura de consulta do viajante (pode estar integrada na medicina online). Compare preços e veja se consegue poupar.

Seguros de viagem podem também oferecer esta consulta; informe-se antes de subscrever. Muitas vezes, o seguro de viagem não é abordado nas consultas do viajante, mas pode ser importante na deslocação para certos destinos.

Quando marcar a consulta?

A consulta do viajante deve ser realizada quatro a oito semanas antes da viagem. No SNS, o tempo de espera pela consulta pode chegar a dois meses. Para evitar contratempos, agende com bastante antecedência.

Seja no SNS ou em clínicas e hospitais privados, incluindo online, o mais seguro é marcar a consulta assim que tenha a data da sua viagem confirmada.

 

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