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Telemóveis: é melhor um tradicional ou um resistente?

Os smartphones tradicionais resistem a água, quedas, salpicos. Mas, e se precisar de um telemóvel mais forte, devido ao trabalho, à prática de desporto, ou a distrações frequentes? Nesse caso, deve optar por um mais resistente, ou “rugged”.

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15 julho 2025
comparar smartphone

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Viagens, férias, desportos de grande impacto, ao ar livre, alguns trabalhos: há muitas atividades que podem pôr em risco os nossos smartphones. E, mesmo sem elas, as distrações frequentes podem levar a quedas e a danificá-los. Apesar de os smartphones tradicionais serem hoje bastante mais robustos do que no passado, quem trabalha em obras, ambientes poeirentos ou húmidos, ou pratica desportos extremos (bicicleta, alpinismo, vela...) pode beneficiar de um modelo mais robusto, antichoque — pensado para resistir a temperaturas e condições severas.

Os testes realizados pela DECO PROteste revelaram que os smartphones são resistentes a quase tudo: Apenas 5% dos modelos testados sofreram danos graves após 50 quedas de 80 centímetros sobre pedra. E, mesmo após cem quedas, a percentagem com danos graves subiu para 18%, abaixo dos 23% registados pelo teste anterior, em 2021.

No entanto, na maioria dos casos, os danos foram apenas estéticos — pequenas amolgadelas ou fissuras — e não comprometiam o funcionamento do dispositivo. Os materiais com que são feitos são mais robustos. Quase todos têm vidros reforçados (como Gorilla Glass ou Ceramic Shield)  e um design otimizado, com cantos arredondados que reduzem os danos em caso de queda. As lentes das câmaras é que continuam a ser os elementos mais vulneráveis a riscos, mesmo com a melhoria dos ecrãs.

Como escolher telemóvel

Os testes revelaram que os mais resistentes foram os Apple iPhone 16 Pro e 16 Pro Max, embora com preços bastante elevados. Porém, é possível encontrar modelos com boa proteção e desempenho aceitável na gama entre 125 e 230 euros.

Atenção às quedas na água

A maioria dos smartphones atuais resiste à chuva ou salpicos ocasionais, graças a um design mais compacto e vedado. Contudo, há diferenças importantes entre "resistente à água" e "impermeável à imersão".

A certificação IP, indicada na embalagem ou no manual do telefone, é fundamental: se for IP67 / IP68, significa resistência à imersão em água doce durante tempo e profundidade limitados. Se for, por exemplo, IP68, quer dizer que o aparelho tem proteção total contra poeiras e imersão até 1,5 metros durante 30 minutos. Mas atenção, que a água salgada (mar) ou clorada (piscinas) podem danificar o equipamento.

Em caso de queda na água, deve:

  • desligar o telefone imediatamente;
  • secar com um pano (evitar o secador de cabelo);
  • deixar repousar em ambiente seco por pelo menos 24 horas.

Há telemóveis ainda mais resistentes?

A robustez é o que define os smartphones resistentes, ou “rugged”. São dispositivos concebidos para resistir a condições extremas, com certificações de padrão militar que simula ambientes hostis, como impactos, chuva, choque térmico, vibrações, exposição solar, entre outros.

Estes modelos são especialmente indicados para quedas superiores a um metro, vibrações, poeiras, lama, temperaturas extremas e imersões prolongadas.

São ideais para uso profissional ou em contextos exigentes ao ar livre. No entanto, tendem a ser menos avançados nos aspetos tecnológicos com que se distinguem os telemóveis atuais, como a fotografia e o desempenho geral.

Como se distinguem?

  • Estrutura robusta, à prova de choques e água.
  • Ecrãs protegidos por vidro temperado ou reforçado.
  • Baterias de grande capacidade.
  • Extras como câmaras infravermelhas, endoscópios ou medidores a laser.
  • Design funcional, menos elegante e mais pesado.

Onde comprar telemóveis antichoque? Quanto custam?

Os smartphones antichoque estão disponíveis tanto em lojas online que vendem modelos tradicionais, como em lojas especializadas, onde a oferta é mais variada. Variam entre 130 e 700 euros, conforme as funcionalidades e as especificações. As marcas mais conhecidas neste segmento são a CAT, a Blackview e a Ulefone. 

Como proteger o smartphone

Mas até os smartphones “rugged” podem sofrer danos, se forem sujeitos a um uso descuidado. Há medidas simples que podem contribuir para prolongar a sua durabilidade:

  • utilize sempre uma capa de proteção resistente – idealmente do tipo “carteira”, que protege também o ecrã. Uma capa de borracha espessa também oferece boa resistência a quedas e impactos;
  • aplique um vidro protetor no ecrã, que ajuda a prevenir riscos e estilhaçamento em caso de queda;
  • evite transportar o telefone no bolso de trás das calças, onde pode cair ou partir-se ao sentar-se;
  • não o coloque sobre superfícies inclinadas nem solto dentro do carro — são cenários comuns de quedas acidentais;
  • evite o contacto com chaves ou objetos metálicos dentro da mala ou mochila, sobretudo para preservar as lentes da câmara, que continuam a ser uma das partes mais vulneráveis;
  • manuseie sempre o telefone com as mãos secas e firmes, reduzindo o risco de escorregadelas por distração.

 

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