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Telemóveis à prova de quase tudo

O teste à resistência dos telemóveis mostrou que sobrevivem aos mais diversos azares. As grandes marcas destacam-se, mas a robustez é característica de quase todos.

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05 março 2025
Grande plano de alguém a apanhar um telemóvel que caiu ao chão

iStock

A DECO PROteste submeteu 316 telemóveis a vários testes de resistência a quedas, choques, riscos e exposição à água. Para avaliar a resistência às quedas, e garantir que funcionam com perfeição após os impactos que podem ocorrer no dia-a-dia, foi-lhes aplicado o "tumble", ou seja, o teste de tambor rotativo. Durante este procedimento, o dispositivo é colocado num tambor especial que gira continuamente, simulando uma centena de quedas.

Este método imita as situações reais de utilização diária, como quedas acidentais da altura de bolsos ou mesas. Em cada um dos dois ciclos de 50 quedas, verificou-se se haveria danos no ecrã, câmaras, ou estrutura e o estado de funcionamento. E apenas 28 deles (9%) sofreram danos consideráveis que afetaram o seu funcionamento, ao ponto de terem de ser enviados para reparação. Quase 90% do total, ou seja, cerca de nove em dez telemóveis testados, ultrapassaram este teste sem danos ou com maleitas pouco expressivas.

Telemóveis resistentes a riscos

Estes resultados devem-se à maior resistência dos materiais. Neste caso, em especial, dos vidros usados no ecrã, molduras e parte traseira dos aparelhos (que também podem ser de vidro). Mas também o design, que eliminou ângulos retos e se arredondou, confere maior capacidade de absorção aos choques.

A robustez também se manifestou quando, no teste, os telemóveis foram supliciados com riscos. Cerca de 91% dos smartphones obtêm bons resultados, e apenas 7% chumbam neste critério, sendo quase todos aparelhos dobráveis.

O teste avalia a capacidade de um telemóvel resistir ao desgaste causado pelo contacto com objetos pontiagudos ou abrasivos. Neste ensaio, utilizou-se um conjunto de ferramentas com pontas de dureza variada para riscar o ecrã, as câmaras e o corpo do aparelho, aplicando dureza crescente até o material mostrar riscos visíveis. A capacidade de resistência impressionou, mais uma vez. Estes resultados comprovam que os novos ecrãs e materiais são ainda mais resistentes aos riscos.

Mas atenção aos ecrãs dobráveis, menos resistentes, já que são feitos de plástico flexível e tendem a riscar com muita facilidade. As lentes das câmaras continuam a ter alguma vulnerabilidade aos riscos, embora na maior parte dos modelos os danos sejam ligeiros.

Resistentes também à água

E o que dizer da água? No teste, fez-se, literalmente, chover sobre os telemóveis, durante largos minutos. E os dispositivos ainda foram submersos em água. A resistência à chuva é praticamente total. Há anos, aliás, que a DECO PROteste não deteta smartphones indefesos perante este tipo de ameaça. O teste é um verdadeiro tira-teimas a este nível: os smartphones foram colocados horizontalmente numa plataforma rotativa e sujeitos a chuva simulada durante cinco minutos. Depois, tira-se a prova dos nove: verifica-se, diariamente, se o aparelho está a funcionar, nos três dias seguintes ao teste.

Muitos smartphones também declaram ser à prova de água (índice de proteção IPx7 e IPx8), estando preparados para ficar imersos em água doce a um metro ou mais de profundidade e, pelo menos, durante 30 minutos. Nos testes, todos estes aparelhos provaram cumprir as suas alegações. Ainda estamos longe da época balnear, mas nunca é demais dizer que o mais sensato é evitarem-se os mergulhos, na piscina ou no mar. Não é pela água, mas devido à ação do cloro ou do sal.

Quais os telemóveis mais resistentes?

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