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Preços da polpa de tomate e da alface subiram mais de 16% na última semana

Na última semana, os preços da polpa de tomate e da alface frisada foram os que mais aumentaram. O cabaz alimentar monitorizado pela DECO PROteste está agora 7,35 euros mais caro do que na primeira semana do ano.

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20 novembro 2025
pai com a filha num corredor de supermercado

iStock

A polpa de tomate e a alface frisada foram os produtos cujo preço mais aumentou percentualmente na última semana. Na polpa de tomate, a subida chegou aos 23 cêntimos (mais 18%), com uma embalagem de 500 gramas deste produto a custar agora 1,48 euros. A alface frisada, por sua vez, viu o seu preço subir 37 cêntimos por quilo (mais 17%), e custa agora 2,51 euros.

O cabaz alimentar, por outro lado, ficou ligeiramente mais barato na última semana. Entre 12 e 19 de novembro, viu o seu preço descer 1,44 euros (mais 0,59%), passando a custar 243,52 euros. Apesar da descida da última semana, o preço do cabaz alimentar está, ainda assim, 7,35 euros (mais 3,11%) mais caro face à primeira semana deste ano. Por outro lado, desde que a DECO PROteste iniciou a monitorização do preço dos bens alimentares, em janeiro de 2022, este cabaz aumentou 55,82 euros (mais 29,74 por vento).

Como é calculado o preço do cabaz?

Desde janeiro de 2022 que a DECO PROteste acompanha a evolução dos preços dos bens alimentares essenciais, analisando, todas as quartas-feiras, o custo total de um cabaz, com base nos preços recolhidos no dia anterior nos principais supermercados com loja online.

Começa-se por calcular o preço médio por produto em todas as lojas online do simuladorem que se encontra disponível. Depois, somando o preço médio de todos os produtos, obtém-se o custo do cabaz para um determinado dia. 

Veja a lista de 63 produtos que compõem o cabaz de bens essenciais

Carne

  • Lombo de porco
  • Frango inteiro
  • Febras de porco
  • Costeletas de porco
  • Bife de peru
  • Carne de novilho para cozer
  • Perna de peru

Peixe

  • Bacalhau graúdo
  • Dourada
  • Salmão
  • Pescada fresca
  • Carapau
  • Peixe-espada-preto
  • Robalo
  • Perca

Congelados

  • Douradinhos de peixe
  • Ervilhas ultracongeladas
  • Medalhões de pescada

Frutas e legumes

  • Laranja
  • Maçã gala
  • Maçã golden
  • Banana
  • Tomate
  • Couve-flor
  • Alface
  • Brócolos
  • Cenoura
  • Batata-vermelha
  • Curgete
  • Alho
  • Cebola
  • Couve-coração

Laticínios

  • Queijo curado fatiado embalado
  • Queijo flamengo fatiado embalado
  • Leite UHT meio-gordo
  • Manteiga com sal
  • Iogurte de aroma (pack de oito)
  • Iogurte líquido de morango (pack de quatro)
  • Ovos

Mercearia

  • Grão cozido
  • Feijão cozido
  • Óleo alimentar 100% vegetal
  • Azeite virgem extra
  • Sal grosso
  • Arroz carolino
  • Arroz agulha
  • Salsichas Frankfurt
  • Atum posta em azeite
  • Atum posta em óleo
  • Açúcar branco
  • Massa espirais
  • Esparguete
  • Polpa de tomate
  • Farinha para bolos
  • Cereais de trigo, arroz e aveia integrais
  • Flocos de cereais de mel
  • Cereais de fibra
  • Carcaça tradicional
  • Peito de peru fatiado
  • Fiambre da perna fatiado
  • Bolacha maria
  • Pão de forma sem côdea
  • Café torrado moído

Quais os produtos que mais aumentaram? 

Na última semana, entre 12 e 19 de novembro, os produtos cujo preço mais aumentou percentualmente foram, além da polpa de tomate e da alface frisada, os cereais integrais (mais 14%), o atum posta em azeite (mais 13%) e o carapau (mais 11 por cento).

Se compararmos os preços desta semana com os da primeira semana do ano, a 1 de janeiro de 2025, a maior subida percentual de preço verificou-se em produtos como os ovos (mais 32%), o esparguete (mais 22%) e os brócolos (mais 18 por cento).

Já desde que a DECO PROteste iniciou esta análise, a 5 de janeiro de 2022, os maiores aumentos percentuais foram os da carne de novilho para cozer (mais 97%), dos ovos (mais 86%) e dos cereais integrais (mais 72 por cento).

Porque aumentaram os preços dos alimentos nos últimos três anos?

A invasão da Rússia à Ucrânia, de onde eram provenientes grande parte dos cereais consumidos na União Europeia (e em Portugal) veio pressionar, em 2022, o setor agroalimentar, que estava há já vários meses a braços com as consequências da pandemia de covid-19 e da seca. A limitação da oferta de matérias-primas e o aumento dos custos de produção, nomeadamente dos fertilizantes e da energia, necessários à produção agroalimentar, refletiu-se, por isso, num incremento dos preços nos mercados internacionais e, consequentemente, nos preços ao consumidor de produtos como a carne, os hortofrutícolas, os cereais de pequeno-almoço ou o óleo vegetal em 2022.

A subida dos preços na alimentação levou o Governo a adotar, em abril de 2023, a isenção de IVA num cabaz com mais de 40 alimentos. E se inicialmente a medida até ajudou a controlar a subida dos preços, poucos meses depois o impacto deixou de se fazer sentir na carteira dos consumidores, com o preço do cabaz alimentar novamente a disparar.

Já em 2024, e após a reposição deste imposto, os preços de alguns produtos continuaram a subir, como é o caso do azeite virgem extra, que atingiu o seu preço mais elevado em abril do ano passado. O ano de 2025, por outro lado, tem sido marcado, sobretudo, por subidas nos preços dos ovos, do café torrado moído ou até do chocolate.

Taxa de inflação abranda em outubro

Os consecutivos aumentos dos preços ao consumidor contribuíram para o aumento da taxa de inflação para níveis históricos em 2022. No entanto, de acordo como Instituto Nacional de Estatística (INE), no final do ano passado, a taxa de inflação média anual terá ficado nos 2,4%, um valor bastante abaixo dos 4,3% de 2023 e dos 7,8% de 2022. Em abril de 2025, contudo, a taxa de inflação do País voltou às subidas. Já em outubro, abrandou pelo segundo mês consecutivo, para 2,3%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística.

Para poupar nas compras semanais, pesquise os supermercados mais baratos e compare o índice diário das várias cadeias de distribuição para o mesmo cabaz de produtos, no simulador da DECO PROteste, disponível na plataforma Saber Poupar, em www.saberpoupar.pt. Pode pesquisar por distrito ou concelho e até selecionar o tipo de alimentos que costuma comprar.

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