Trabalhar no estrangeiro: guia antes de partir

Emigrar tem custos ao nível pessoal, mas também envolve dificuldades e riscos que é preciso acautelar. Veja as nossas dicas para embarcar numa aventura mais segura.
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Antes de aceitar a oferta de uma empresa estrangeira que não conhece, procure informações sobre a mesma. Verifique junto da embaixada ou do consulado do respetivo país em Portugal se está legalmente constituída. Pode consultar alguns portais, como o FakeCheks.Org, que fornece dicas para se proteger de esquemas maliciosos de oferta de emprego, ou o Anti-Fraud International, onde são divulgadas tentativas de burla.
Junto da empresa, as perguntas a fazer são as mesmas que em território nacional:
- local de trabalho;
- carga horária diária e semanal;
- horário de trabalho;
- regras do trabalho suplementar;
- existência de seguro de acidentes de trabalho e valor;
- periodicidade e forma de pagamento da retribuição.
Peça que o contrato seja celebrado por escrito, mesmo que isso não seja obrigatório. O documento deverá conter, de forma clara, todos os elementos descritos anteriormente. Também é conveniente que mencione as condições de alojamento e quem suporta as despesas, bem como eventuais referências ao pagamento de viagens a Portugal.
Caso consiga emprego no estrangeiro através de uma agência privada de colocação, tem direito às mesmas condições de trabalho dos nacionais do país de acolhimento. O serviço prestado pelas agências tem de ser gratuito e deve assegurar que terá no país de destino alojamento adequado e acesso a cuidados médicos, medicamentos e tratamentos hospitalares nas mesmas condições que teria em Portugal. Se a empresa estrangeira não cumprir as suas obrigações, a agência privada tem de assegurar o repatriamento do trabalhador nos 6 meses que se seguem à colocação.
Antes de assumir um compromisso, procure informações sobre a agência:
- no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP);
- através dos serviços públicos de emprego do país em causa;
- junto da rede EURES, que congrega mais de 30 estados europeus. Pode até criar uma conta nesta rede e inserir o seu curriculum vitae.
Não dê nem envie dinheiro para suportar quaisquer despesas. Não forneça dados pessoais que não sejam imprescindíveis para a candidatura. Nunca apresente dados de cartões de crédito ou de contas bancárias.