Rápidas melhoras para o SNS

Publicado a 12 junho 2025
Fatima Ramos
Fátima Ramos Editora

Os serviços de urgência são uma uma prioridade. Urge garantir equidade no acesso, mantendo-os abertos e assegurando que nenhuma triagem, incluindo a do SNS 24, funcione como barreira.

Fatima Ramos
Fátima Ramos Editora
iStock Consulta médica
Nós, os muito(s) pacientes dependentes do nosso querido SNS, exigimos medidas para que recupere a saúde e se fortaleça.

A si, cara Ministra da Saúde, devolvemos um conhecido doente com pulseira vermelha, para quem reivindicamos a maior atenção. O seu nome é Serviço Nacional de Saúde – já lhe passou pelas mãos, lembra-se? –, mas pode tratá-lo por SNS, para não perder muito tempo com o discurso. Não temos dúvidas de que conhece bem a sua ficha clínica e tem plena consciência das graves infeções que o assolam.

Contudo, não é demais alertá-la para o elevado risco de septicemia. Estamos certos de que V.a Ex.a aproveitará a nova oportunidade que tem pela frente para cumprir promessas e aplicar tratamentos consistentes, eficazes e duradouros, que sirvam as reais necessidades e interesses dos utentes. Nós, os muito(s) pacientes dependentes do nosso querido SNS, exigimos medidas para que recupere a saúde e se fortaleça.

Os serviços de urgência são uma das prioridades. Urge garantir equidade no acesso, mantendo-os abertos e assegurando que nenhuma triagem, incluindo a do SNS 24, funcione como barreira ao cuidado de quem precisa. Também a cobertura dos cuidados de saúde primários carece de reforço, não só através da atribuição de equipa de saúde familiar a mais utentes, como por via de estratégias que facilitem o acesso a quem não tem médico de família.

E a promoção da saúde requer verdadeiro investimento. Lembramos-lhe que Portugal é o quarto país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o menor gasto per capita em programas de prevenção. O alargamento dos cuidados de saúde oral e a reforma do modelo de comparticipação dos medicamentos, de modo a não deixar de fora ninguém com dificuldade em comprar fármacos essenciais, são outras das muitas prioridades. Não percamos mais tempo. Os utentes nunca admitirão que se desliguem as máquinas.

Sabia que...?

Portugal é o quarto país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o menor gasto per capita em programas de prevenção em saúde.

 

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