Revolut abre banco em Portugal: o que muda para os clientes?

O Revolut Bank abriu uma sucursal em Portugal, no final de julho. Na prática, as novas contas criadas na aplicação de pagamentos passam a ter IBAN nacional (iniciado por PT50), o que torna mais fácil domiciliar salários, ativar débitos diretos, fazer a integração com o MB Way, entre outras operações. Além disso, deixa de haver limites aos levantamentos em caixas automáticas. Para quem já tinha conta Revolut, a migração para o IBAN português decorrerá ao longo das próximas semanas, segundo o banco, e será comunicada aos clientes à medida que for ocorrendo.

Espera-se que, com a abertura da sucursal em Portugal, as respostas às reclamações dirigidas ao Revolut e a resolução de conflitos se tornem tendencialmente mais céleres.

Revolut com IBAN português permite domiciliar ordenado e integração no MB Way

Desde 24 de julho, as novas contas abertas na aplicação passaram, assim, a ter IBAN nacional, facilitando operações como a domiciliação de ordenado, débitos diretos, pagamentos de serviços ou a integração na rede multibanco e no MB Way.

Os levantamentos em numerário deixaram também de ter qualquer limite ou custo associados, em Portugal e nos restantes países do Espaço Económico Europeu. Até aqui, os levantamentos sem custos estavam limitados a 200 euros ou cinco operações mensais.

Conta com juros diários

Entre as novidades na oferta de produtos e serviços, o Revolut Bank lançará uma conta de depósitos com juros diários, não sendo ainda certo se se trata de uma conta à ordem ou de um depósito a prazo. Estes produtos continuam protegidos pelo Fundo de Garantias de Depósitos lituano, já que a sucursal em Portugal se mantém dependente da casa-mãe, sedeada nesse país.

Para já, não está previsto o lançamento em Portugal de outros produtos, como crédito à habitação, já disponível na Irlanda e na Lituânia, embora a instituição pondere criar caixas automáticas próprias, a partir de 2026, como está já a fazer em Espanha.

Declarar as contas Revolut no IRS: Finanças devem esclarecer

Com a chegada desta fintech ao sistema bancário português, a partir de 2026, em princípio, deixa de ser necessário incluir as contas Revolut na declaração de IRS.

No entanto, como a adoção do IBAN nacional vai ser gradual, a DECO PROteste considera que a Autoridade Tributária deve esclarecer de que forma os clientes que já tinham conta antes de 24 de julho de 2025 deverão proceder aquando da entrega da declaração de IRS, no próximo ano.