Dicas

Como ajudar o seu gato a viver mais e melhor

A esperança média de vida de um gato ronda os 14 anos. A longevidade destes animais depende de vários fatores, como a genética ou os cuidados e o estilo de vida que lhes proporciona. Saiba como pode contribuir para que o seu gato viva mais tempo.

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24 julho 2025
Gato de pelo amarelo e branco a ser examinado por uma veterinária

iStock

Alguns gatos mais sortudos podem ultrapassar os 20 anos, mas a esperança média de vida destes animais geralmente ronda os 14 anos. A alimentação do gato, os cuidados médico-veterinários, fatores genéticos e o estilo de vida influenciam a longevidade destes animais.

Nutrição. A alimentação composta por comida seca e húmida (mix feeding) e alimento com calorias adequadas ao metabolismo do seu animal são cruciais para que o seu felino seja mais saudável e, em consequência, contribuem para o aumento da esperança média de vida.

Cuidados médico-veterinários. A prestação de cuidados médicos ao seu gato permite descobrir doenças existentes e prevenir problemas de saúde que possam pôr em risco a qualidade de vida e a longevidade do animal.

Fatores genéticos (por exemplo, doenças hereditárias ou pureza da raça). Sabe-se que os animais de raça pura têm maior predisposição para certas doenças genéticas e, como tal, os que pertencem a raças indefinidas tendem a apresentar uma maior longevidade. No entanto, raças diferentes têm expectativas de vida diferentes. Os gatos siameses, por exemplo, atingem com frequência os 15-20 anos, enquanto os maine coon raramente ultrapassam a barreira dos 10-13 anos.

Estilo de vida. Apesar de alguns gatos beneficiarem, em termos comportamentais, de acesso controlado a atividades no exterior, não há dúvida de que um gato que vive dentro de casa tem uma longevidade superior à de um gato que vai à rua sem supervisão. Estes vivem cerca de metade do tempo dos primeiros, devido ao aumento de probabilidade de doenças traumáticas, infeciosas e parasitárias.

Um gato doméstico tem os seguintes estadios de vida:

  • do nascimento aos 6 meses: gatinho;
  • dos 6/7 meses aos 2 anos: júnior;
  • dos 2/3 anos aos 7 anos: adultos;
  • dos 7 aos 10 anos: maduro;
  • dos 11 aos 15 anos: sénior 
  • a partir dos 15 anos: supersénior.

Como determinar a idade do gato

Nos animais em crescimento, até cerca de um ou dois anos de idade, é possível dar uma idade aproximada baseada no crescimento ósseo e na dentição. Quando se adota ou resgata um animal adulto, atribuir-lhe uma idade estimada pode ser um verdadeiro desafio, e tem sempre uma margem de erro elevada.

Há que aceitar que a idade que o seu veterinário vai estimar é um palpite sem garantias. No entanto, há dicas que podem dar algumas pistas.

Dentição

Os primeiros dentes de leite em gatos surgem pelas duas a quatro semanas (incisivos) até às cinco a seis semanas (pré-molares). Serão substituídos pelos dentes definitivos entre os quatro e os sete meses. A partir de um ano de idade, podemos tentar observar se há desgaste dentário e deposição de tártaro. Habitualmente, quanto maior é a deposição de tártaro, mais velho é o gato. Mas há gatos ainda jovens que, por doenças de cavidade oral ou porque tiveram acesso ao exterior, têm dentes com sinais de tártaro de forma precoce. Também há gatos que, geneticamente, têm bocas em muito bom estado apesar da idade avançada.

Olhos

No gato, como nos humanos, a partir dos 6/7 anos (equivalente a 40 anos num ser humano), começa a haver esclerose do cristalino (fundo do olho), acabando por se observar alguma opacidade do olho. Numa fase inicial, esta condição só pode ser detetada pelo médico veterinário com recurso a um oftalmoscópio. Só mais tarde, geralmente após a meta dos dez anos de idade, pode ser detetável pelo tutor quando há sinais óbvios de catarata.

Esqueleto ósseo/ articular

Quando o veterinário faz uma radiografia ao seu gato e encontra sinais de degeneração de articulações, pode suspeitar de idade avançada, acima de 11/12 anos. No entanto, uma vez mais, há animais jovens que têm cedo as chamadas “artroses”. Caso a radiografia detete que as placas de crescimento ainda não estão encerradas, podemos partir do princípio de que estamos perante um animal júnior.

Hábitos de grooming

O envelhecimento traz, muitas vezes, diminuição da higiene feita pelo animal. Um animal mais jovem, geralmente, dedica mais tempo e mais energia a fazer a sua própria higiene.

Ajudar o gato a viver mais

Por muitos cuidados que tenha com o seu gato, há doenças e um envelhecimento dos órgãos que é impossível de evitar. Mesmo assim, para aumentar a longevidade do seu pequeno felino, há alguns hábitos que pode adotar.

Mantenha a vacinação em dia. Faça-o em gatos com acesso ao exterior e em gatos de interior. Os gatos que vivem exclusivamente dentro de casa também podem apanhar doenças infecto-contagiosas potencialmente fatais.

Adote cuidados profiláticos. Desparasite o seu gato interna e externamente e faça check-ups frequentes. As pulgas e os parasitas intestinais e respiratórios são causadores de doenças graves, que podem culminar com a morte do seu gato. Como os gatos são exímios a esconder sintomas de doença, o check-up anual no seu veterinário pode servir de alerta para o início de uma doença. A partir dos sete ou oito anos, deverá também submeter o seu gato a exames de diagnóstico, como RX, análises e ecografias, com a periodicidade recomendada pelo veterinário assistente.

Monitorize o peso do seu gato. Perdas de peso significativas podem esconder doenças graves. Já a obesidade aumenta consideravelmente o risco de problemas urinários, diabetes e doenças articulares. É necessário um controlo nutricional para ajustar ao metabolismo individual do seu felino.

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