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Jovens sentem dificuldade em identificar fake news

Os jovens portugueses seguem influenciadores, estão conscientes da influência dos algoritmos, mas sentem alguma dificuldade em identificar notícias falsas, conclui o inquérito da DECO PROteste.

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09 outubro 2025
jovens ao telemovel

iStock

Muitos dos jovens portugueses inquiridos pela DECO PROteste sobre hábitos online assumem não conseguir distinguir bem o que é verdadeiro do que é falso na net: 45% desvendam às vezes o que é uma notícia falsa; 38% um texto; 36% uma imagem e 39% um vídeo. Entre os que não conseguem, de todo, inferir sobre a veracidade de uma notícia – se se trata de “fake news” – estão 18% dos participantes com respostas válidas.

O inquérito, realizado entre 3 e 9 de julho passado a jovens entre os 12 e os 17 anos em Portugal, Espanha, Itália, Bélgica e Polónia, revela, ainda, que uma parte significativa deles não consegue detetar, de todo, quando uma notícia, um texto, uma imagem ou um vídeo são falsos. E essa percentagem aumenta quando se trata destes mesmos conteúdos gerados por inteligência artificial.

O poder dos influencers

E como está o poder de influência sobre os jovens? Dois terços afirmam já terem comprado algo por sugestão de influenciadores online (os chamados “influencers”): destes, quase 30% dos que responderam afirmativamente assumem terem feito compras dessa forma às vezes.

 

Os inquiridos também parecem ter uma consciência moderada a fraca do uso de algoritmos como forma de condicionamento do consumo online. Mais de 30% concordam com a afirmação “Ao usar as redes sociais, não sinto que haja um algoritmo a regular o meu feed”. Outros pouco mais de 30% não concordam nem discordam com a afirmação e apenas 35% não concordam. O que revela, à partida, que só estes últimos estão cientes de que as escolhas que fazem online são determinadas por algoritmos que “conhecem” os nossos dados pessoais.

 

Jovens divididos quanto a anúncios personalizados

Ainda na complexa relação com os algoritmos, pouco mais de metade reconhece ser útil o conteúdo que proporcionam. Mas 67% dos jovens inquiridos, aparentemente mais conscientes desse condicionamento, dizem que gostariam de ter uma influência mais direta no seu feed de redes sociais.

Mais de 60% reconhecem que os algoritmos os fazem passar mais tempo do que gostariam na aplicação ou na plataforma que estão a visitar e quase outros tantos estão preocupados com a influência exercida sobre eles pelos algoritmos. 

Quanto a anúncios personalizados, impera a divisão: enquanto 41% dos jovens os considera úteis e apropriados, 47% constatam que acabam por comprar mais bens ou serviços de que necessitam, devido a este tipo de anúncios.

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