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CPCV - Desonestidade na Palavra

No dia 29 de Maio fomos visitar uma casa em Martim Afonso, Sobral de Monte Agraço, imóvel que fazia parte da Imobiliária Team AG – Consultoria e Mediação Imobiliária Unip, Lda. No dia 10 de Junho fizemos a proposta do valor que gostaríamos adquirir o imóvel, era um imóvel que precisaria de bastantes obras, mas não se encontrava em ruínas. Perguntei várias vezes por email se seria necessário ter licenças camararias para as obras e disseram-me sempre que não, a licença que seria necessária seria para a colocação de uma placa. Voltei a perguntar se isso não levantaria questões e disseram que noutras obras nunca tinha sido impeditivo de nada.Avançámos com tudo, eu, cliente sabia que tinha condições para obter um crédito e avançámos. Os proprietários do imóvel são pessoas mais velhas e são três irmãos que nunca estão em concordância e por isso de forma a que fosse tudo escrito e clarificado entre a imobiliária e os proprietários tinham um grupo de whatsapp (pois dois moram em Portugal e um no estrangeiro). Qualquer tipo de decisão demorava sempre dias ou semanas.Esta imobiliária para além de nos vender o imóvel, ia também fazer-nos as obras do mesmo, por isso criámos logo um bom elo de confiança, visto que o Dono da empresa AG trabalhou anos a fio em Alcochete, terra de onde é o meu companheiro desde que nasceu.No dia 23 de Junho de 2021 às 9h38 recebemos um email com o CPCV para leitura. No dia 25 de Junho ás 16h01 respondi a solicitar a colocação de uma clausula resolutiva, apesar de eu saber que o banco não deveria de levantar questões sobre mim. Às 17h36 contactou-me e tivemos 8 minutos ao telefone, onde tenho como testemunhas o que a agência indicou ao telefone: Disse que caso avaliação ou o banco levanta-se alguma questão que ela devolveria a sua comissão. Mas que alterar o CPCV seria complicado, porque os proprietários são mais velhos e não se dão e por essa razão seria confuso mudar. Para ficarmos combinadas assim.Ficámos assim e assinámos o CPCV sem clausula. A comissão da Imobiliária foi de 3100€.No dia 13 de Julho tive o “okay” do banco quanto avaliação de risco (compra do imóvel e obras) e no dia 4 de Agosto tenho avaliação do banco. Portanto, a avaliação veio a indicar que teria de colocar um projeto na camara para aprovação das obras e não somente para a colocação da placa e tinha de atualizar a caderneta predial porque tinha áreas ilegais (algo que nunca nos foi mencionado).Contactei a agência, disseram que isto muitas vezes é manhas dos bancos para não darem dinheiro às pessoas. Contudo, achavam ridículo que eu tivesse de fazer um projecto antes da casa ser minha e os proprietários na altura acharam o mesmo.A imobiliária ajudou-nos a criar um texto para “convencer” o banco a libertar o valor para recuperar o imóvel.No entanto, nós não desistimos à primeira, procurei mais dois outros bancos e pedi que avaliassem a situação e a resposta de ambos foi a mesma que o BPI – a cliente reúne condições, o que não reúne condições é o imóvel e sem os condicionalismos serem levantados não adianta. Houve uma reapreciação da avaliação feita pelo BPI e a resposta veio igual a primeira.Quando tivemos a certeza que não havia volta a dar, é que decididamente não íamos avançar com o projecto de uma casa que nem sequer seria minha, enviei email a desistir do imóvel e a pedir que fosse ressarcida na comissão da Imobiliária, como combinado por telefone, visto que o problema não foi meu, mas sim do imóvel.Quando esse dia chegou no dia 8 de Setembro, o obvio aconteceu, a Imobiliária protegeu-se com as clausulas do contrato e tudo o que tinha combinado telefonicamente e o email que nunca foi respondido a 25 de junho morreu na praia.Até aos dias de hoje aguardamos que haja algum valor moral para que seja cumprida a palavra deles.Sei que errei que devia de ter solicitado essa clausula no contrato, que tenho por direito tê-la.

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