10 erros a evitar se quer mesmo poupar dinheiro
Não ter um fundo de emergência, poupar somente o dinheiro que sobra ao fim do mês ou investir em produtos desadequados são erros que comprometem a segurança das suas finanças. A DECO PROteste explica-lhe como corrigir esses erros financeiros e melhorar os seus hábitos de poupança.
 
    A falta de literacia financeira, aliada aos baixos salários auferidos pelos portugueses ajudam a explicar o porquê de as poupanças das famílias se manterem abaixo do desejável.
Conheça, neste artigo, 10 erros financeiros comuns e saiba como corrigi-los para poupar dinheiro e ver as suas poupanças crescer.
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Erros financeiros comuns
1. Não ter um fundo de emergência
Poupar dinheiro e pô-lo a render deve ser o seu objetivo, mas nunca antes de garantir que tem uma poupança com um montante correspondente a cerca de seis salários (conforme as despesas mensais), para fazer face a situações extraordinárias, como desemprego ou uma doença súbita, por exemplo.
Esse dinheiro deve estar aplicado em produtos com capital garantido, como depósitos a prazo, totalmente mobilizáveis, ou certificados de aforro. Se tiver de recorrer ao fundo de emergência, logo que a sua situação financeira estabilize, deve reforçá-lo mensalmente, até atingir novamente o valor inicial.
2. Não saber onde gasta o dinheiro
Se chega ao fim do mês sem saber, ao certo, onde foi parar o seu dinheiro, então, está na hora de criar um orçamento familiar. Conhecer ao detalhe as suas finanças é a melhor forma de as manter controladas e de incrementar as suas poupanças. Comece por registar todos os seus movimentos financeiros ao longo do mês e classifique as despesas e as receitas em diferentes categorias para que seja mais fácil identificá‑las e organizá‑las.
Olhando para as várias rubricas, perceberá que despesas podem ser reduzidas ou otimizadas. Reduzir a percentagem de poupança deve ser uma decisão de último recurso.
3. Poupar o dinheiro que sobra ao final do mês
Poupar somente "o que sobra" não é uma estratégia eficaz. Tal como não falha os pagamentos da renda da casa ou das contas da eletricidade e da água, também não deve deixar de pagar a si próprio, todos os meses, em primeiro lugar.
O ideal é ter um plano de poupança consistente e disciplinado (não abra exceções!). Se possível, defina uma percentagem fixa do seu rendimento mensal e automatize essa poupança.
4. Investir somente em produtos com capital garantido
Outro erro financeiro consiste em investir somente em produtos como depósitos a prazo (ou, pior, manter o dinheiro na conta à ordem), o que pode ser prejudicial para as suas poupanças. Apesar da segurança que garantem, estes produtos oferecem, normalmente, rendimentos abaixo da taxa de inflação, o que faz com que o seu dinheiro vá perdendo valor ao longo do tempo.
Para combater este problema, deve diversificar os seus investimentos. Considere produtos que, apesar de terem algum risco, oferecem um potencial de rendimento superior, como fundos PPR, ETF ou, até, ações. Só deve, no entanto, aplicar nestes produtos dinheiro de que não vá precisar nos próximos cinco anos.
5. Subestimar o efeito dos juros compostos
Investir no curto prazo dificilmente irá traduzir-se num grande retorno. Se poupar numa perspetiva de longo prazo, beneficiará do efeito multiplicador dos juros compostos, ou "efeito de capitalização".
Neste caso, o rendimento gerado resulta não só do dinheiro que aplica num determinado produto, mas também dos juros obtidos com essa poupança, o que faz com que o seu dinheiro cresça de forma exponencial ao longo dos anos, mesmo que aplique pequenos montantes.
6. Contrair novas dívidas enquanto tenta poupar
As dívidas - sejam de cartão de crédito, créditos ao consumo ou crédito automóvel, por exemplo - atrasam, e muito, a criação de uma almofada financeira. Por isso (e com exceção do crédito à habitação, cujo capital em dívida é, normalmente, elevado), deve evitar contrair novas dívidas e amortizar as que, eventualmente, tenha o mais rápido possível.
Para evitar o sobreendividamento, reveja as condições contratuais e tente renegociar os seus créditos com regularidade.
7. Investir sem conhecer o produto
Nem sempre o produto recomendado pelo gestor de conta é o mais adequado para si - e confiar cegamente nessas sugestões pode sair-lhe caro. Antes de aplicar o seu dinheiro, precisa de compreender no que está a investir, quais os riscos envolvidos e se o produto se ajusta ao seu perfil. Por isso, faça todas as perguntas.
- Como é que o produto gera rendimento?
- Quais as comissões e penalizações por resgate antecipado?
- Existe risco de perda do capital investido?
- A rentabilidade passada é garantida ou apenas indicativa?
8. Ignorar incentivos fiscais à poupança
A tributação dos produtos de poupança não deve ser encarada como um mero detalhe. Compreender e usar os benefícios fiscais é crucial para maximizar a rentabilidade líquida das suas poupanças.
O caso mais paradigmático de produtos que proporcionam benefícios fiscais são os planos de poupança reforma (PPR). Mas não são os únicos: a taxa de IRS sobre as mais-valias de ações, fundos, ETF ou seguros de capitalização varia consoante o período de detenção destes produtos.
9. Procurar ganhos rápidos e garantidos
Acreditar em promessas de ganhos fáceis e rápidos é um grande erro financeiro e meio caminho andado para perder dinheiro. Muitas vezes, trata-se de esquemas fraudulentos, mas, mesmo quando não é esse o caso, seguir conselhos de investimento de pessoas não habilitadas e sem a certificação necessária pode pôr em risco o seu dinheiro.
Procure fontes de informação credíveis e entidades fiáveis, com histórico no mercado, para contratar os seus produtos de poupança e investimento.
10. Manter a mesma estratégia de poupança ao longo da vida
Seja por inércia ou algum receio em investir, muitas pessoas não ajustam a sua estratégia de poupança ao momento da vida em que se encontram. Uma estratégia adequada aos 25 anos, em que o foco é a acumulação de capital e a exposição ao risco pode ser maior, pode ser desajustada aos 55, quando a segurança e a liquidez ganham importância.
Reveja o seu plano de poupança com regularidade, ajuste montantes e produtos conforme o rendimento, os objetivos e o seu perfil de risco, para manter a rentabilidade da sua carteira de investimentos e reduzir a exposição a perdas.
Dicas para poupar mais
| Erro | Solução | 
|---|---|
| Não ter um fundo de emergência | Junte o correspondente a seis salários para situações extraordinárias. | 
| Não saber onde gasta o dinheiro | Crie um orçamento familiar e registe todas as receitas e despesas mensais. | 
| Poupar só o que sobra | Destine uma percentagem fixa do seu salário para a poupança. | 
| Investir apenas em produtos de capital garantido | Diversifique os investimentos por produtos com diferentes níveis de risco. | 
| Subestimar o efeito dos juros compostos | Poupe no longo prazo em produtos de capitalização. | 
| Contrair novas dívidas enquanto tenta poupar | Amortize os créditos existentes e evite contrair novas dívidas. | 
| Investir sem conhecer o produto | Faça todas as perguntas: sobre a rentabilidade, o risco e eventuais encargos. | 
| Ignorar incentivos fiscais à poupança | Invista em produtos que estejam sujeitos a condições mais vantajosas de tributação. | 
| Acreditar em promessas de ganhos rápidos | Procure informação especializada junto de profissionais credíveis. | 
| Manter a mesma estratégia de poupança ao longo da vida | Reveja o seu plano de poupança, ajustando montantes e produtos. | 
Cursos de finanças pessoais gratuitos
Se quer melhorar os seus conhecimentos financeiros e a sua relação com o dinheiro, saber como criar um orçamento familiar e um fundo de emergência, a DECO PROteste acaba de lançar uma plataforma que dá acesso a um conjunto de cursos gratuitos com os seus especialistas em finanças e investimento.
A plataforma Cursos Investe convida-o a fazer um quiz para avaliar o seu nível de literacia financeira. Depois disso, poderá assistir a cursos em vídeo, com temas que variam consoante o seu nível de conhecimentos: os iniciantes têm acesso a conteúdos sobre finanças pessoais; os intermédios, a cursos com conselhos sobre como fazer investimentos, e, por fim, os utilizadores no nível avançado podem aceder a quatro cursos sobre fundos e ETF, ações, reforma e criptomoedas.
Perguntas frequentes
Esclareça as suas dúvidas.
Por onde devo começar a poupar dinheiro?
Comece por definir um valor fixo do seu salário e ponha-o de parte todos os meses. Seja consistente nas entregas desse montante mensal e verá que a disciplina começará a dar frutos.
Qual o melhor produto para criar o fundo de emergência?
É fundamental que este dinheiro esteja sempre disponível, por isso, deve estar aplicado em produtos facilmente mobilizáveis, como depósitos a prazo ou certificados de aforro.
Como posso melhorar a minha literacia financeira?
Procure obter informação junto de entidades credíveis e isentas. Aceda ainda aos cursos de literacia financeira que a DECO PROteste disponibiliza gratuitamente em www.cursosinveste.pt.
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