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Nintendo Switch 2: o que esperar da consola de que todos falam

O dia 5 de junho de 2025 é a data já marcada na agenda dos aficionados da Nintendo Switch. Com preço recomendado desde 469,99 euros, a nova versão da consola encontra-se em pré-venda. A DECO PROteste analisou todas as novidades e diz-lhe o que pode esperar.

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17 abril 2025
nintendo switch 2

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Miúdos e não tão miúdos assim esperam ansiosamente a nova Nintendo Switch. Com lançamento anunciado para 5 de junho, a versão 2 da icónica consola traz novidades, que começam no óbvio: ecrã alargado às 7,9 polegadas, resolução full-HD, compatibilidade com a tecnologia HDR para otimização de contrastes e taxa de atualização de até 120 fotogramas por segundo (fps). Este conjunto de especificações formula a promessa de imagens com maior detalhe e fluidez, argumentos que falam diretamente ao coração dos jogadores.

Cereja em cima de um bolo, já de si, recheado de sabores, a nova consola está preparada para devolver imagens 4K, quando ancorada na docking station e ligada a um televisor por cabo HDMI. Não significa que seja compatível, de forma nativa, com todos os jogos em resolução 4K. Ao invés, inclui um processador que recorre a inteligência artificial para fazer um upscalling mais convincente das imagens. O que quer isto dizer? O upscalling é uma técnica que permite aumentar a resolução de forma artificial. Na prática, a consola processa a maioria dos jogos em resolução inferior e depois reprodu-los em modo 4K. A estratégia permite imagem com grande definição e, em simultâneo, uma mobilização menor de recursos de processamento gráfico. A reprodução 4K de raiz, isto é, sem upscalling, é deixada para jogos mais simples, vídeos e navegação na interface da consola.

A DECO PROteste passou em revista as características da Switch 2, que terá um preço recomendado a partir de 469,99 euros. Os jogos serão também mais caros do que os que corriam na versão anterior: 10 a 15 euros de diferença de base. Apesar do investimento mais elevado, a organização de consumidores ficou impressionada com muitas das novas especificações técnicas. Caberá a cada um decidir se está ou não na hora de reformar a velha Switch.

Processamento gráfico a rivalizar com PS4 e Xbox One

A placa gráfica da Switch 2 é bastante inferior às que habitualmente equipam os computadores de entrada de gama para jogos. Usa a mesma base das placas Geforce RTX da série 30, com preços a partir dos 200 euros, e que já permitem correr a esmagadora maioria dos jogos sem problemas de fluidez. No entanto, a placa da Switch 2 tem um desempenho mais limitado do que o observado na sua prima para computador (RTX 30): desde logo, por consumir apenas cerca de 15 W, ao invés dos cerca de 170 W das RTX 30, mas também por incluir muito menos unidades de processamento gráfico. Mesmo assim, aquilo que a Switch 2 oferece traduz-se num salto quântico face ao que proporcionava a Nintendo original.

Comparando agora com as anteriores gerações das populares consolas de mesa, a nova Switch supera ligeiramente a Xbox One e fica no patamar da PS4, no que tange a processamento gráfico. Ainda assim, a otimização da imagem por upscalling transmite uma perceção de qualidade superior.

Também ao nível da rapidez de processamento, a Nintendo Switch 2 entrega um melhor desempenho do que a dupla formada por PS4 e Xbox One. A memória RAM, essa, é de 8 GB em todos os equipamentos, com idêntica largura de banda.

No cômputo geral, pode esperar da Switch 2 uma performance gráfica de qualidade idêntica à devolvida pela PS4, talvez um pouco superior em certos jogos.

Jogos físicos, armazenamento e modo offline

A Switch 2, tal como a sua antecessora, aceita jogos físicos e permite a expansão do armazenamento por meio de microSD. Mas, agora, trata-se de cartões microSD Express, com memória até 2 TB, mais rápidos do que os anteriores

O cartão continua, pois, a ser a estratégia a adotar para jogar títulos mais pesados do que a disponibilidade em termos de memória interna. Aliás, a Nintendo já anunciou que alguns jogos digitais só podem ser usados com cartão microSD Express. E certos títulos comprados sob a forma física exigem um download, pelo menos, parcial.

Não significa que a consola tenha de estar permanentemente ligada à net. O modo offline permite iniciar o equipamento, jogar títulos físicos ou digitais que não exijam autenticação online e aceder a definições guardadas. Ficam inacessíveis apenas eventuais atualizações, a possibilidade de jogar com amigos (multiplayer), o armazenamento na cloud e a gestão da conta Nintendo.

Autonomia da bateria ainda sem dados concretos

A Nintendo ainda não confirmou números exatos sobre a autonomia. Contudo, a combinação de características da nova consola é desafiante para a bateria. Por exemplo, o ecrã é maior e mais brilhante, e o processamento gráfico mais potente. Já o recurso ao upscalling para melhoramento das imagens, em vez da sua reprodução direta em resolução 4K, pode ser uma forma de poupar a bateria.

Os dois comandos, por sua vez, trazem uma bateria de 500 mAh cada um, o que a marca alega ser suficiente para 20 horas de jogo até se impor a necessidade do carregador, uma característica que partilham com os dispositivos que equipam a Switch anterior.

O que retirar daqui? Raciocinemos por comparação. Se tivermos em conta o desempenho da bateria que equipava o modelo original, de 2017, o cenário deverá ser agora mais favorável. Mas, cotejando com a versão melhorada que saiu em 2019 ou mesmo com o modelo dotado de painel OLED, a performance da bateria deve ser semelhante ou talvez até ligeiramente inferior.

Comandos com novo design: fim dos deslizes?

Os novos comandos são maiores e incluem encaixes magnéticos para fixação à consola, um sistema que, segundo a marca, foi desenhado para ser mais durável e permitir melhor experiência de utilização. Integram ainda um novo botão, marcado com a letra “C”, que ativa a conversação durante o jogo (game chat), permitindo a comunicação por voz e vídeo.

A Nintendo alega também ter resolvido o problema que afetava bastantes comandos, e que lhe valeu críticas em anos recentes, de movimentos no jogo, mesmo quando o utilizador não os ordenava. A ver vamos. A alegação terá de ser confirmada, visto que a marca já clarificou que os novos comandos não usam sensores de hall effect, uma tecnologia que permite, justamente, detetar se um comando está a atuar sem que o utilizador aplique força. E não se trata de uma nova tecnologia, visto que a velhinha Sega Dreamcast, com mais de 25 anos, já contava com os seus serviços.

Assegurada a compatibilidade com jogos antigos

A Nintendo anunciou que a Switch 2 é compatível com a maioria dos jogos que corriam na sua antecessora, tanto físicos como digitais. Contudo, alguns títulos poderão exigir os comandos originais para que todas as funcionalidades se mantenham. Ainda assim, a conexão destes dispositivos mais antigos à Switch 2 não se fará de modo magnético, mas sem fios.

Garantido está também o acesso à antiga conta Nintendo, e à respetiva biblioteca de jogos, para que todos os títulos continuem a ser usados. Alguns podem, inclusive, receber atualizações gratuitas, para tirar o máximo partido do novo equipamento. Outros terão de ser descarregados de novo. Ainda não existe uma regra única: ficará ao critério de cada produtor de jogos a gestão das atualizações.

A Switch 2 vai continuar a recorrer ao serviço Nintendo Switch Online, sendo que o fabricante nada anunciou quanto à possibilidade de a Switch original vir a perder o acesso à plataforma. Mas pode ser uma questão de tempo. Nada garante que, mais tarde ou mais cedo, a Nintendo não seja tentada a encerrar o serviço de apoio à versão mais antiga, como forma de forçar a comunidade de jogadores a migrar para a Switch 2.

Consola e jogos mais caros

5 de junho é a data anunciada para o lançamento da Switch 2. O preço de base está apontado para os 469,99 euros, mas será também disponibilizado um kit composto pela consola e por um código para descarregar o jogo Mario Kart World, que custará 509,99 euros. Algumas lojas, em pré-venda, podem baixar ou aumentar um pouco estes valores – é uma questão de pesquisar online.

Espera-se que os jogos para a Switch 2 sejam mais caros do que os usados na antiga Nintendo. Por exemplo, títulos originais, como o Mario Kart World, terão preço a oscilar entre 69,99 e 74,99 euros, quando o mais comum era custarem à volta de 59,99 euros. Prepare-se, pois, para flexibilizar o orçamento…

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