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5 dicas para afastar alergias e treinar ao ar livre

Em Portugal, entre janeiro e maio, são geralmente árvores como o pinheiro, a oliveira e o ulmeiro, que dispersam pólen. Mas a rinite alérgica sazonal não tem de ser uma desculpa para não treinar. O exercício físico pode até ser benéfico na prevenção de doenças, nomeadamente as respiratórias. Saiba como minimizar os sintomas.

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02 maio 2024
Homem assoa-se durante o treino devido a alergia

iStock

Estima-se que, pelo menos, 400 milhões de pessoas sofram de rinite alérgica e que 300 milhões sofram de asma. Os números são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e têm vindo a aumentar nas últimas décadas, com as estatísticas a indicarem que as alergias respiratórias afetam cerca de 20% a 30% da população europeia.

Esta prevalência tem um elevado peso económico, afetando não só a qualidade de vida de quem sofre destes problemas, mas contribuindo também para uma redução da produtividade no trabalho.

Sintomas são mais frequentes na primavera

No caso da rinite alérgica sazonal, em que os alergénios são normalmente os pólenes, os sintomas surgem de forma intermitente, mas têm especial incidência na primavera. Quando há exposição a estes alergénios, o sistema imunitário reage, e podem surgir sintomas como espirros, nariz entupido, comichão no nariz, corrimento ou pingo no nariz e olhos inflamados e lacrimejantes.

Em Portugal, no período entre janeiro e maio, são geralmente as árvores, como o pinheiro, a oliveira e o ulmeiro, que dispersam pólen. Já entre maio e fins de junho, as gramíneas (trigo, cevada, etc.) são responsáveis pelas maiores concentrações de pólen no ar. Por outro lado, as condições meteorológicas podem contribuir ainda mais para a dispersão dos pólenes. O tempo quente, seco e ventoso pode contribuir para uma maior dispersão do pólen, ao contrário do tempo chuvoso e frio. No entanto, há medicação que ajuda a minimizar os sintomas.

Exercício físico tem benefícios para quem sofre de doenças respiratórias

A atividade física tem um impacto positivo na saúde, de uma forma geral. Bastam até alguns passos diários para colher benefícios. Os efeitos positivos podem ser visíveis na prevenção de várias doenças crónicas, como doenças cardiovasculares, diabetes, cancro, hipertensão, obesidade, depressão e osteoporose. Além disso, a atividade física pode contribuir para a prevenção de doenças respiratórias, como a asma. Um estudo científico conseguiu, inclusive, demonstrar que o exercício físico pode melhorar a aptidão cardiopulmonar e ter efeitos positivos na qualidade de vida de doentes com asma. O estudo revelou, ainda, que o treino físico é bem tolerado por pessoas com asma, e, por isso, as pessoas com asma estável devem ser encorajadas a praticar exercício físico regular, sem medo de exacerbação dos sintomas.

Demonstrado está também que a atividade física pode contribuir para o bem-estar geral, por exemplo, impactando positivamente a qualidade do sono, assim como para o tratamento e a reabilitação de doenças transmissíveis e não transmissíveis.

5 dicas para minimizar os sintomas de alergias durante os treinos

Se sofre de asma ou rinite alérgica sazonal e evita treinar ao ar livre para afastar os sintomas indesejados, há cinco dicas que podem ajudar a minimizar esses efeitos.

1. Confirme as previsões polínicas

Consulte o calendário polínico para saber quando são libertados os diversos tipos de pólenes e em que zonas do País se registam as concentrações mais elevadas. Deve também prestar atenção aos níveis de ozono e outros poluentes, uma vez que são irritantes comuns para as pessoas com alergias. Os fumos libertados pelos escapes de carros e camiões podem causar problemas às pessoas com alergias. Isto acontece especialmente nas cidades ou se fizer exercício perto de uma estrada muito movimentada.

2. Escolha a hora certa para treinar

Regra geral, durante a noite, os níveis de pólenes estão mais baixos. Por isso, treinar ao final do dia ou à noite pode ser uma opção. Os níveis mais elevados de pólen são atingidos por volta do meio-dia ou no início da tarde.

3. Opte pela praia em vez do parque

A concentração dos pólenes no ar é menor junto ao mar. Se vive perto de alguma praia, este pode ser um melhor local para treinar do que num parque ou noutras zonas com relva.

4. Proteja os olhos

Use óculos de sol quando treinar no exterior. Os óculos protegem de alguma forma os olhos do contacto direto com os pólenes e podem ajudar a limitar o lacrimejar e a irritação ocular.

5. Tome anti-histamínicos se necessário

Como medida preventiva, pode tomar anti-histamínicos antes dos treinos ao ar livre e da exposição ao pólen. Também pode fazê-lo depois dos treinos, em doses regulares. Estes medicamentos previnem e ajudam a aliviar os sintomas de uma reação alérgica, como a comichão, os espirros e os olhos inflamados. Para saber qual o medicamento que deve tomar, e a posologia mais indicada, consulte o seu médico assistente.

Se os níveis de pólen ou de ozono forem muito elevados, o exercício dentro de casa pode ser uma boa solução temporária. O mais importante é manter a atividade física.

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