Cabaz de Natal: chocolate, ovos, peru e bacalhau mais caros em 2025
O cabaz de Natal está mais caro do que em 2024, com o maior aumento de preços a fazer-se sentir na carne e no peixe. Mas, além do peru e do bacalhau, é no chocolate para culinária e nos ovos que residem as maiores subidas. Ainda assim, na última semana, há vários produtos que não sofreram alterações de preço.
Más notícias para quem não dispensa o doce tronco de Natal ou a mousse de chocolate caseira na mesa da Consoada. O preço da tablete de chocolate para culinária subiu 77% e está 2,21 euros mais alto face ao mesmo período no ano passado; custa agora 4,07 euros. E para comprar apenas seis ovos o consumidor tem de gastar mais 58 cêntimos do que na primeira semana de dezembro de 2024. O preço da meia dúzia está nos 2,12 euros – uma subida de 35% num ano.
Um pequeno cabaz alimentar com 16 produtos essenciais na mesa de Natal dos portugueses, como bacalhau, peru, vinho ou azeite, pode este ano custar 54,35 euros, mais 8,04 euros do que a 7 de dezembro de 2022 (mais 17,37%), mais 3,54 euros do que a 6 de dezembro de 2023 (mais 6,98%) e mais 1,46 euros do que a 4 de dezembro de 2024 (mais 2,75 por cento).
Os dados recolhidos pela DECO PROteste revelam que, embora este cabaz esteja mais caro do que em 2024 no período homólogo, o seu preço desceu 32 cêntimos na última semana, entre 26 de novembro e 3 de dezembro (menos 0,59%), e o preço da maioria dos produtos inclusivamente desceu alguns cêntimos nos últimos sete dias.
A organização de defesa do consumidor alerta, contudo, que o peso dos produtos para a ceia de Natal na fatura de supermercado pode ser mais expressivo. Nas contas do preço total deste cabaz foram considerados apenas uma unidade de cada produto ou um quilo, no caso dos produtos vendidos a peso (bacalhau, perna de peru, batata, couve e abacaxi).
Para perceber se este Natal pode representar um maior esforço financeiro para os consumidores portugueses, a DECO PROteste escolheu 16 produtos tipicamente usados na confeção da Consoada. Depois, calculou o preço médio por produto em todas as lojas online do seu simulador. Posteriormente, foi somado o preço médio de todos os produtos e obtido o custo total do cabaz para um determinado dia.
- Açúcar branco
- Farinha para bolos
- Batata-vermelha
- Leite meio-gordo
- Meia dúzia de ovos
- Couve
- Óleo alimentar
- Carcaça tradicional
- Perna de peru
- Bacalhau graúdo
- Arroz carolino
- Azeite virgem extra
- Tablete de chocolate para culinária
- Abacaxi
- Vinho branco DOC Alentejo
- Vinho tinto DOC Douro
Preço do chocolate de cozinha a subir desde o início do ano
A subida do preço do chocolate para culinária é evidente desde o início de 2025. Comparando com o dia 1 de janeiro, custa agora mais 1,24 euros por tablete (mais 44 por cento). Apesar disso, na última semana, entre 26 de novembro e 3 de dezembro, o seu preço não sofreu alterações. O mesmo aconteceu com a carcaça, o azeite virgem extra, os ovos e o açúcar branco, que mantiveram os preços com a chegada do mês do Natal. Houve inclusivamente sete produtos do cabaz de Natal analisado pela DECO PROteste que viram os seus preços descer. Na última semana, as maiores descidas de preço tocaram produtos como o vinho tinto DOC Douro (que custa menos 48 cêntimos do que a 26 de novembro), o abacaxi (menos 15 cêntimos), o óleo alimentar (menos 12 cêntimos) e a couve (menos 9 cêntimos do que há uma semana). Já o "rei" da Consoada teve um aumento que anula estas pequenas benesses: o bacalhau graúdo ficou 49 cêntimos mais caro entre 26 de novembro e 3 de dezembro (uma subida de 3 por cento).
Perna de peru e bacalhau mais caros do que em 2024
Embora não se registem oscilações de preços consideráveis nos produtos do cabaz de Natal na última semana, a comparação com os preços de 2024 mostra que há vários produtos que estão a contribuir para que esta ceia de Natal possa ser mais cara do que a do ano passado.
Além da tablete de chocolate para culinária e dos ovos, a perna de peru e o bacalhau registam os maiores aumentos de preço no espaço de um ano. A 4 de dezembro de 2024, um quilo de perna de peru custava 4,33 euros. O seu preço chega agora aos 5,70 euros – uma subida de 1,36 euros o quilo (mais 27 por cento). Já o preço do bacalhau graúdo subiu, num ano, de 12,84 euros para 16,71 euros, o que representa um aumento de 3,88 euros o quilo (mais 27%) para o "fiel amigo". A carne e o peixe são, aliás, as categorias cujo preço mais subiu no último ano, com aumentos acima dos 30 por cento.
O açúcar branco, por outro lado, ficou 57 cêntimos mais barato em comparação com o período homólogo. O preço do quilo desceu de 1,73 euros para 1,17 euros. Também o preço do azeite virgem extra desceu no mesmo período. Há um ano, uma garrafa com 75 centilitros de azeite custava 10,17 euros, mais 3,51 cêntimos (mais 37 por cento) do que custa esta semana: 6,65 euros. Ainda assim, no início de 2022, era possível comprar a mesma garrafa de azeite por apenas 4,46 euros.
É possível poupar nas idas ao supermercado. Compare os preços por litro, quilo ou unidade entre os produtos de várias marcas. Para obter uma poupança ainda maior, aceda ao simulador de preços dos supermercados online e saiba qual o mais barato no seu concelho.
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