Amamentação: dicas para o aleitamento materno
A amamentação materna, quando possível, deve ser exclusiva até aos seis meses e pode prolongar-se até aos dois anos junto com o consumo de alimentos adequados. No início, o bebé pode ter dificuldade em pegar no mamilo. Veja as dicas para melhorar a amamentação ou posicionar o bebé corretamente.
- Especialista
- Susana Santos
- Editor
- Filipa Rendo , Sofia Frazoa e Alda Mota

A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses e, depois, se possível, mantido em simultâneo com a diversificação alimentar até aos dois anos.
O leite materno adapta-se às exigências nutricionais do bebé, alterando a sua composição ao longo do tempo, do dia e durante a mamada. Varia de acordo com as necessidades do bebé e adapta-se ao seu ritmo de crescimento. O leite no começo da amamentação é sempre mais aquoso, mas à medida que a mamada prossegue, o leite vai tendo cada vez mais gordura. O leite materno é mais digerível do que o leite artificial, ajuda o bebé a defender-se de infeções, porque recebe anticorpos da mãe, e não contribui para a obstipação.
Se o recém-nascido pegar no peito logo após o parto ou, no máximo, uma a duas horas depois, a probabilidade de a amamentação ser bem-sucedida aumenta. Inicialmente, o bebé pode ter dificuldade em pegar no mamilo. No hospital, peça ajuda à equipa de saúde. Se já estiver em casa e tiver dúvidas, solicite ajuda do seu centro de saúde, em particular a área de enfermagem de saúde materna.
Subida do leite dois a três dias após o parto
O colostro é um fluido denso e amarelado produzido pela mama nos primeiros dias e logo após o parto. Tem mais anticorpos, proteínas e nutrientes que o leite que se desenvolverá a seguir e é um alimento fundamental para o desenvolvimento do bebé. Contém vitaminas e sais minerais que o protegem de infeções. Visto ser muito nutritivo, ajuda o bebé a dormir durante mais tempo e a recuperar forças após o stresse do parto.
A subida do leite ocorre dois a três dias após o parto e é influenciada por três fatores:
- contacto físico entre mãe e filho. O facto de o bebé poder mamar sempre que quiser estimula a secreção da hormona prolactina e consequentemente a produção de leite;
- tipo de parto – numa cesariana é provável que a subida ocorra mais tarde;
- condições físicas e psicológicas da mãe.
Com a subida do leite, os seios ficam turgidos, congestionados, quentes e frequentemente doridos. Estas sensações desaparecem ao fim de alguns dias se o bebé puder mamar sempre que quiser. Deste modo, a produção do leite ajusta-se às exigências dele.
Posicionar o bebé corretamente
É importante dar de mamar numa posição cómoda. As mais indicadas são sentada ou deitada.
No primeiro caso, a cadeira ou poltrona deve permitir apoiar os pés no chão e manter as costas direitas. Se os pontos de sutura ou as eventuais hemorroidas pós-parto causarem dor, é aconselhável usar uma almofada redonda em látex (tipo boia). Para evitar dores ou tensão nas costas, deve-se deitar o bebé sobre uma almofada colocada no colo, para a mãe ficar direita. Para facilitar a respiração do bebé, a mãe pode encostar a sua barriga à dele e apoiar-lhe a cabeça no seu braço, de modo que a mama fique um pouco afastada do nariz da criança.
Se optar pela posição deitada, coloque-se de lado, com o corpo ligeiramente inclinado. O bebé também deve ser deitado de lado, de frente para a mãe e com a boca ao nível do mamilo. Os pés dele devem estar encostados ao corpo da mãe e o queixo convém estar mais próximo da mama, em relação ao nariz.

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