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Análise aos dispositivos Smart Pet da Xiaomi para alimentar animais de estimação

O dispensador de comida e o bebedouro da Xiaomi permitem automatizar a alimentação dos animais de estimação. A DECO PROTESTE faz a avaliação inicial às principais características dos equipamentos, bem como as vantagens e as desvantagens.

26 janeiro 2023
Dispensador de gatos

João Ribeiro

O Smart Pet Food Feeder e o Smart Pet Fountain da Xiaomi são soluções que visam facilitar as rotinas dos tutores de animais de estimação que procuram automatizar a programação de alimentação dos seus patudos.

O primeiro é um dispensador de comida e o segundo é um bebedouro, sendo que ambos são adequados para cães e gatos. Permitem ajustar os intervalos de alimentação e a quantidade dispensada. 

 
O Smart Pet Food Feeder (à esquerda) custa 129,99 euros e o Smart Pet Fountain (à direita) custa 79,99 euros. Mas ambos podem ser adquiridos em conjunto por 179,99 euros. (Foto: João Ribeiro)

O fabricante não recomenda a utilização para cães de grande porte, dado que a quantidade de comida e de água pode não ser suficiente para as suas necessidades. Também não é indicado para cães e gatos com menos de três meses ou seniores.

Dispensador de comida Smart Pet: características, prós e contras

O Smart Pet Food Feeder possui um recurso de controlo de porções que permite definir a quantidade de comida dispensada a cada refeição. Com a aplicação instalada no smartphone, o utilizador pode controlar o aparelho remotamente e definir os horários de alimentação. 

A aplicação é especialmente útil para quem fica longe de casa por longos períodos ou não tem hora certa para chegar a casa, pois garante que o amigo de quatro patas recebe a nutrição adequada mesmo quando não está presente.

Quais as principais características?

A instalação não é complicada, mas exige algum cuidado. O fabricante não disponibiliza muitas instruções sobre a configuração inicial, sobretudo impressas. Para a configuração inicial, o utilizador deve instalar a aplicação da Xiaomi — a Mi Home — que também controla os outros dispositivos IoT da marca. O tutor deve criar um perfil digital do animal, escolher os ciclos de alimentação e selecionar a quantidade de ração.

O depósito de comida tem sensores que monitorizam a quantidade ainda disponível e alerta para a reposição do alimento, caso esteja a terminar. O aparelho deve estar ligado a uma tomada elétrica, mas possui uma bateria de emergência para garantir a alimentação do cão ou do gato, caso falhe a energia. A bateria está integrada e é recarregada quando volta a energia, sendo que pilhas não são necessárias.

A tigela de comida é amovível para ser limpa (por exemplo, na máquina de lavar loiça) e encaixa magneticamente no aparelho, o que torna muito simples o processo de colocação e remoção. Permite armazenar até 3,6 litros (ou 1,8 quilogramas de ração seca) que devem durar entre 15 e 20 dias, mas é apenas adequado para animais de pequeno e médio porte.

O dispositivo apresenta boa qualidade de construção e robustez. A tigela é de aço inoxidável e o restante equipamento é de plástico. Não possui arestas acentuadas para evitar que o animal se magoe. O aparelho conta com pés de borracha que o mantêm estabilizado, para evitar que o mesmo se mova quando o animal se alimenta. Depois de dispensar a dose definida, o orifício de saída da comida tem uma porta que fecha automaticamente para manter a ração armazenada num ambiente seco e para evitar que os animais mais gulosos acedam a mais comida do que o suposto.

Há uma patilha na parte traseira que abre o depósito de comida e um vedante na parte interior para que a humidade não estrague a ração. A mesma tampa tem embutido um cartucho de humidade, que, de acordo com a Xiaomi, deve ser substituído regularmente. Este filtro é de carvão ativado, sendo que um pacote de três custa 12,99 euros. Cada cartucho deverá durar cerca de três meses.

Apesar de funcionar como anunciado, o equipamento apresenta algumas limitações. A principal é o facto de não aceitar todo o tipo de comida — apenas comida seca, com um determinado formato (oval ou redonda) e um diâmetro entre 5 e 12 milímetros. 

Existe uma opção na aplicação e um botão no topo do aparelho para dispensar mais uma dose a pedido do dono, para além das doses programadas. Isto pode ser útil para utilizar quando não tem o telemóvel por perto. O funcionamento do aparelho é silencioso, pelo que não vai assustar o animal.

Pontos fortes

  • Tigela amovível e magnética.
  • Qualidade de construção.
  • Acompanhamento através da aplicação.
  • Silencioso.
  • Arestas pouco acentuadas.
  • Bateria de emergência.

Pontos fracos

  • Adequado apenas para ração seca.
  • Restritivo quanto ao tipo e ao formato da ração.
  • Poucas instruções sobre a configuração inicial.
  • Custo elevado face a algumas soluções mais baratas.

Dispensador de água Smart Pet: características, prós e contras

O Smart Pet Fountain funciona de forma semelhante ao aparelho anterior, mas, em vez de dispensar comida ao animal, dispensa água. Este também pode ser controlado remotamente e programado através da aplicação. O reservatório tem capacidade para dois litros, o que se traduz em quantidade suficiente para um cão de porte pequeno para mais de uma semana.

Quais as principais características?

Assim como o dispensador de comida, a instalação do Smart Pet Fountain não é complexa. Mas exige algum cuidado, porque o bebedouro não dispõe de muitas instruções sobre a configuração inicial. A configuração também deve ser feita na aplicação da Xiaomi (Mi Home), onde deve criar o perfil digital do seu companheiro de quatro patas. Funciona ligado à corrente elétrica, mas possui uma bateria que garante o fornecimento de água ao animal, caso a energia falhe.

O equipamento também possui pés de borracha para assegurar a sua boa estabilidade. A taça tem uma ligeira inclinação, que ajuda a concentrar a água mais perto do patudo. E, apesar de ser elevada do chão, a sua altura não impede a utilização dos animais mais pequenos. Contudo, o produto não é recomendado para animais com menos de três meses, porque podem não ter altura para chegar à água.

Tem um sistema de filtragem concebido para minimizar os salpicos com filtros que devem ser substituídos mensalmente. Tem dois filtros: um na entrada da bandeja e um na bomba da água. O último filtro é de carvão ativado e faz retenção de iões de magnésio e cálcio. O kit de filtros custa 12,99 euros.

A quantidade de água que cada animal necessita depende de fatores como o peso, a temperatura ambiente e o nível de atividade física. Os animais devem ter a água sempre à disposição para beberem sempre que sentirem necessidade.

O seu custo de 79,99 euros é um valor alto e existem produtos semelhantes mais baratos. A principal vantagem é conseguir controlar o consumo de água do animal de estimação e gerar alertas quando o nível de água disponível é baixo.

Pontos fortes

  • Tigela amovível.
  • Sistema de recirculação de água.
  • Sistema de monitorização do fornecimento de água.
  • Bateria de emergência.

Pontos fracos

  • Poucas instruções sobre a configuração inicial.
  • Custos da substituição dos filtros.
  • Custo do equipamento.

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