Qual a conta à ordem para condomínio mais barata?
As contas-condomínio deveriam ser as mais indicadas para gerir as despesas do prédio, mas os produtos para empresas têm comissões, em média, 30% mais baratas. Poupe com as Escolhas Acertadas e siga a luta da DECO PROteste contra os custos bancários abusivos.

Os custos das contas à ordem têm um peso significativo nos orçamentos de cerca de metade da população que vive em condomínios. O estudo da DECO PROteste revela que é preciso contar com 150 euros por ano, em média, só para as comissões bancárias de uma conta para o condomínio. Mas as Escolhas Acertadas permitem poupar até 77 euros nos encargos do prédio.
Contas para empresas são mais baratas
A DECO PROteste fez uma ronda pelas 17 instituições bancárias a operar no País e indagou sobre contas à ordem para condomínios:
- Só seis bancos dispõem de contas específicas para este fim: Abanca, Atlântico Europa, Banco Montepio, Caixa Geral de Depósitos (CGD), Millennium bcp e Novobanco.
- Nove bancos propõem, para o mesmo efeito, a abertura de uma conta para empresas ou pessoas coletivas: BiG (com a ressalva de exigir 5000 euros para a abertura de conta), BPI, Best Bank, Crédito Agrícola e EuroBic Abanca, Bankinter, Santander, BNI Europa e BBVA.
- O ActivoBank e o Banco CTT não têm contas para condomínios.
Para comparar as 15 contas disponíveis, foram contabilizados os custos bancários cobrados (comissões de manutenção da conta, por transferência e cartão de débito) para dois cenários:
- um mais indicado para prédios compostos por poucas frações, com saldo médio de mil euros e três transferências por mês efetuadas via homebanking;
- e contas para condomínios de maior dimensão e despesas superiores, com cinco mil euros de saldo médio, cinco transferências mensais e cartão de débito.
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Compare e mude para a conta à ordem do condomínio mais barata
Analise e compare os custos de manutenção das contas e eventuais comissões por transferência e as anuidades do cartão de débito, para saber se vale a pena mudar.
A mudança de conta tem de ser aprovada na assembleia do condomínio por maioria simples (metade mais um) e registada em ata.
Abra a conta noutro banco. Terá de levar a ata da reunião com a designação da administração e a decisão de mudar, além do cartão de cidadão dos administradores e do cartão condomínio (NIPC), que pode ser requerido no Registo Nacional de Pessoas Coletivas ou, na internet, em eportugal.gov.pt.
Para fechar a conta atual, terá de apresentar os documentos do condomínio e a ata da assembleia com a decisão de mudar de conta. Transfira o saldo para a nova conta.
Informe os prestadores de serviços (água, luz, seguros, etc.) sobre a mudança de conta e atualize o IBAN para os próximos pagamentos.
DECO PROteste insta Governo a rever custos bancários das contas-condomínio
Urge diversificar a oferta de contas-condomínio (apenas disponíveis em seis dos 17 bancos a operar em Portugal) e rever os preçários cobrados pela banca.
Este estudo conclui que as poucas contas‑condomínio disponíveis não são interessantes para gerir os encargos do prédio. Há produtos para empresas mais favoráveis, como as Escolhas Acertadas, mas não são a solução ideal. Mais do que curiosa, esta conclusão gera indignação junto dos consumidores que vivem em condomínios.
Como se justifica que entidades sem fins lucrativos, como os condomínios, compostas sobretudo por particulares, sejam penalizadas com comissões superiores às que são cobradas às empresas? Quais são realmente os serviços de manutenção e de movimentação prestados pelos bancos, se considerarmos que, hoje, a maioria das operações é feita online? E como justificar a anuidade dos cartões, se estes reduzem custos às instituições financeiras?
Há mais de uma década que a DECO PROteste luta contra os custos bancários não associados a um serviço prestado (como as despesas de manutenção). Nos últimos dez anos, os cinco maiores bancos – BPI, Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp, Novobanco e Santander – cobraram mais de 21 mil milhões de euros em comissões. Estas representaram 96,7% dos seus lucros em 2022.
Desde 2014, ou seja, em dez anos, os custos bancários aumentaram 30%, muito acima dos valores da inflação. Os juros baixos e até em terreno negativo serviram de justificação durante alguns anos. Qual é, agora que a curva se inverteu em desfavor dos consumidores, o motivo para os bancos continuarem a aumentar os preçários?
Em nome dos cerca de cinco milhões de residentes em condomínios em Portugal, a DECO PROteste apela à necessidade de diversificar a oferta de contas‑condomínio e de impor limites aos custos que cobram, tal como exigido para as contas à ordem para particulares.
Desde 2023, e graças à pressão da DECO PROteste para ir ao encontro das condições das contas tradicionais, os bancos deixaram de poder cobrar pela alteração dos titulares das contas-condomínio quando mudam os administradores. Para a organização de defesa dos consumidores, a banca não pode continuar a lucrar à custa das famílias, já a braços com tantas despesas no setor da habitação, com rendas ou prestações mensais elevadas dos seus créditos à habitação, agravados desde 2023, quando os juros dispararam.
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