Ovolactovegetarianismo: o que é e quais são os benefícios?
A dieta ovolactovegetariana inclui, além dos vegetais, ovos e laticínios. Conheça os benefícios deste tipo de alimentação e os cuidados a ter para evitar carências nutricionais.

Em 2021, de acordo com um estudo da Lantern, uma consultora especializada na área da alimentação, 180 mil portugueses com idade superior a 18 anos eram vegetarianos. Um estudo anterior da mesma empresa, de 2019, dava conta de 76 mil vegetarianos.
Os consumidores a praticar uma dieta vegetariana aumentaram, assim, 137% nestes dois anos. Entre estes encontram-se os ovolactovegetarianos.
O que é o ovolactovegetarianismo?
Os ovolactovegetarianos são vegetarianos que excluem da sua alimentação todos os produtos de origem animal à exceção dos derivados (ovos e laticínios). Segundo o estudo da Lantern, este grupo representava 2,1% dos portugueses com mais de 18 anos em 2021.
Existem dois subgrupos de ovolactovegetarianos:
- ovovegetarianos: incluem ovos, mas excluem os laticínios;
- lactovegetarianos: eliminam os ovos, mas consomem leite e derivados (iogurte, queijo, manteiga e natas).
O que pode um ovolactovegetariano comer?
Tal como o vegetariano estrito, pode comer todo o tipo de alimentos de origem vegetal:
- vegetais: abóbora, acelga, batata, beringela, brócolos, cebola, cenoura, chuchu, couves verdes, couve-flor, curgete, espinafre, feijão-verde, nabo, etc.;
- leguminosas: amendoim, ervilha, fava, feijão, grão-de-bico, lentilha, tremoço, lentilha, soja, etc.;
- grãos: arroz, aveia, centeio, cevada, milho, trigo, etc.;
- frutos: ameixa, amora, banana, cereja, framboesa, maçã, melancia, melão, meloa, morango, pera, etc.
O ovolactovegetariano complementa a dieta com ovos e/ou leite e derivados.
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Benefícios do ovolactovegetarianismo
De acordo com o estudo já referido, as principais motivações dos vegetarianos (e veganos) para seguir esta dieta são a preocupação com o ambiente (73%) e com o bem-estar e os direitos dos animais (69%). Motivação diferente tem a maioria dos flexitarianos (74%), que aponta a própria saúde como a principal preocupação.
Uma dieta essencialmente vegetariana traz benefícios tanto ao nível da saúde, como da sustentabilidade dos recursos naturais. A redução do consumo de produtos de origem animal permite diminuir a pegada ecológica dos consumidores.
Só a pecuária e a aquicultura contribuem com 30% das emissões de gases de efeitos de estufa devidas à produção de alimentos. Juntam-se a exploração do solo para criação de gado (16%) e as plantações para alimentação dos animais (6%). A pesca representa 1% das emissões deste setor.
Ao nível da saúde, é benéfica a redução da ingestão de gorduras saturadas da carne (ligadas a um risco acrescido de doenças cardíacas, obesidade, diabetes e hipertensão, entre outras) e o aumento do aporte de fibras, minerais e vitaminas presentes na fruta e nos vegetais.
Cuidados a ter na dieta ovolactovegetariana
Ao seguir um regime vegetariano, é essencial combinar bem os alimentos, para evitar carências de nutrientes que estão mais presentes na carne ou no peixe. Falamos da proteína, mas também de cálcio, zinco e vitaminas B12 e D.
A dieta ovolactovegetariana tem a vantagem de não excluir totalmente os produtos de origem animal. Mas reforçando o consumo dos vegetais certos também é possível obter todos os nutrientes necessários.
Vejamos o caso da ervilha. Esta leguminosa tem um valor proteico que se destaca, a par do ferro, do fósforo, do potássio e das vitaminas C, B1 (tiamina) e B9 (ácido fólico). Para garantir o aporte de proteína, as ervilhas devem ser confecionadas com cereais (arroz de ervilhas é um bom exemplo).
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