Samsung Galaxy Tab S10 vs S11: o que muda na nova geração?
A nova série Galaxy Tab S11 promete melhorar o que a Samsung já tinha afinado nos seus tablets topo de gama. Mantém dois modelos, ajusta o design e reforça o ecrã e a autonomia. Mas será que esta nova geração traz mudanças relevantes face aos Galaxy Tab S10 e justifica o investimento? A DECO PROteste analisou as mudanças para perceber o que realmente evoluiu e o que ficou praticamente igual.
A Samsung renovou a sua linha de tablets topo de gama com o lançamento do Galaxy Tab S11. Tal como na geração S10, a marca volta a apostar apenas em dois modelos, ao contrário das séries S8 e S9, que incluíam três versões. Nesta atualização, mantém-se a dupla composta pelo modelo standard, com um ecrã de 11 polegadas, e pelo Galaxy Tab S11 Ultra, que preserva o painel de 14,6 polegadas que já caracterizava o seu antecessor.
Design, construção e resistência
Começando pelo design e pela construção, a qualidade mantém-se exemplar. O S11 é ligeiramente mais fino do que o S10, mas, na prática, não há diferenças significativas em robustez. A certificação IP68, mantém-se e é uma vantagem real para quem utiliza o tablet ao ar livre ou perto de água: a série Galaxy Tab S11 consegue resistir a imersão em água até 1,5 metros. Essa é uma característica de que não convém abrir mão, especialmente quando é utilizado (mesmo que eventualmente) por crianças.
Ecrã e qualidade de imagem
O Galaxy Tab S11 vem com um ecrã de 11 polegadas e resolução de 1600 x 2560 píxeis, enquanto o S11 Ultra mantém o painel de 14,6 polegadas com 1848 x 2960 píxeis. Ambos funcionam a 120 Hz e recorrem a uma solução baseada numa tecnologia AMOLED dupla.
A qualidade visual deu um salto face ao S10 Ultra. Os dois modelos usam agora painéis Dynamic AMOLED, a mesma tecnologia presente na geração anterior, mas com resultados melhores. As cores surgem mais intensas, o texto apresenta maior definição e o brilho global é superior. A Samsung anuncia 1000 nits de luminosidade máxima, ainda que as medições reais fiquem ligeiramente abaixo desse valor.
Mesmo com estas melhorias, continua a notar-se um leve tom esverdeado quando o ecrã é observado de lado, o que é pouco aceitável para um dispositivo topo de gama. Este efeito torna-se particularmente evidente no S11 Ultra, cuja dimensão maior facilita a visualização em ângulo.
Qualidade de som
Tanto o Galaxy Tab S11 como o S11 Ultra incluem quatro altifalantes integrados, embora continuem sem entrada para jack, apostando numa evolução do mercado para opções com USB-C ou Bluetooth. No caso do S11 Ultra, o som revela uma pequena evolução face ao S10 Ultra. Os graves estão mais presentes e a distribuição sonora mostra-se mais ampla e equilibrada do que na geração anterior. No conjunto, o áudio dos altifalantes integrados mantém o nível elevado a que a série já habituou: é mais dinâmico, claro e envolvente, oferecendo uma experiência auditiva muito agradável.
Qualidade da câmara
A série Galaxy Tab S11 integra uma câmara frontal de 12,78 megapíxeis e um sistema traseiro com duas câmaras de 12 megapíxeis. A qualidade fotográfica surpreendeu pela positiva: as imagens revelam mais profundidade, maior nível de detalhe e cores mais corretas, criando um efeito visual mais natural e tridimensional. No caso do S11 Ultra, o desempenho mostrou-se claramente melhor do que no S10 Ultra, tanto em fotografia como em vídeo, graças a uma reprodução cromática mais fiel. A limitação surge na gravação de vídeo, já que a câmara traseira está restringida a 30 fps, algo pouco comum num equipamento deste segmento, sobretudo quando os dispositivos concorrentes já oferecem 60 fps ou mais.
Embora o S11 Ultra tenha passado de duas câmaras frontais para apenas uma, esta alteração não teve impacto negativo na qualidade da imagem. O Tab S11 inclui também um flash na câmara.
Desempenho e memória
A série Galaxy Tab S11 recorre ao processador MediaTek Dimensity 9400+, uma versão renovada do chip utilizado na geração anterior. Este processador integra oito núcleos (dois a 3,73 GHz, dois a 3,3 GHz e quatro a 2,4 GHz), o que se traduz numa melhoria moderada de velocidade e desempenho face ao Dimensity 9300+ dos S10. A componente gráfica está a cargo da Mali-G925-Immortalis MC12.
No que toca à memória, o S11 combina RAM física com armazenamento UFS. A UFS (Universal Flash Storage) é uma das tecnologias de memória flash mais rápidas atualmente disponíveis, embora não atinja a velocidade da RAM tradicional. A Samsung oferece diferentes configurações de base: o S11 vem equipado com 4 GB de RAM e o S11 Ultra com 8 GB. Além disso, ambos permitem expansão através de cartões microSD até 2 TB, o que aumenta significativamente a capacidade de armazenamento e possibilita expansão de memória sem obrigar à troca do dispositivo.
Autonomia e carregamento
A autonomia da bateria é outro ponto onde a série S11 supera a S10. Em reprodução de vídeo, o S11 Ultra ultrapassa as 14 horas e o S11 chega a mais de 15,5 horas, valores superiores aos dos modelos anteriores. Nas chamadas, a duração é menor: quase 11 horas para o S11 Ultra e mais de 11 horas para o S11. O maior problema mantém-se: tal como no S10, a Samsung continua a não incluir carregador na caixa. Para um carregamento rápido é necessário adquirir um carregador de 45 W que custa mais 54 euros, o que é difícil de justificar num produto de gama alta.
Desempenho do Wi-FI
Na conectividade, não há grandes surpresas. O S11 Ultra mantém o Wi-Fi 7BE, igual ao do S10 Ultra, e o S11 continua a usar Wi-Fi 6E, que já existia em modelos anteriores. As velocidades são muito boas em ambos, mas também aqui as diferenças face à geração anterior são mínimas.
Caneta Stylus
A S Pen, que continua incluída de série, foi redesenhada e tornou-se mais ergonómica. O novo formato hexagonal aproxima a sensação de escrita à de um lápis real, suportando ângulos de inclinação maiores, com a ponta em forma de cone, o que permite maior precisão, sobretudo no sombreamento e desenho. A caneta fixa-se agora na parte superior direita do tablet, em vez de ficar presa na traseira como acontecia no S10 Ultra. Há também novas ferramentas assistidas por inteligência artificial, como o Writing Assist, o Drawing Assist e a integração com o Gemini Live, que podem ser úteis para utilizadores que fazem desenho ou escrita intensiva.
Vale a pena fazer o investimento?
No conjunto, o Galaxy Tab S11 é uma evolução sólida, mas longe de ser revolucionária. O salto mais evidente está no ecrã, na S Pen melhorada e na autonomia. O desempenho também melhorou. Contudo, a Samsung insiste em não incluir carregador. Além disso, é estranho que a marca continue sem lançar um modelo Plus na gama, já que era precisamente essa versão intermédia que nas versões anteriores oferecia o melhor compromisso entre portabilidade e espaço de ecrã.
Para quem já tem um S10, a troca pode não compensar para todos, a menos que o ecrã mais luminoso faça realmente diferença ou queira aproveitar as melhorias de performance, que é ligeiramente superior.
Para novos compradores, a escolha depende sobretudo do tamanho e das prioridades: o Tab S11 é uma excelente opção premium para quem prefere um formato 16:10 num corpo mais compacto, mas quem valoriza mais um ecrã maior do que o desempenho, pode continuar a considerar o Galaxy Tab S10+, que ainda está à venda e oferece mais área útil.
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