Seguro de saúde: Multicare ou Médis?
Na altura de contratar um seguro de saúde, muitos consumidores ponderam entre Multicare e Médis, as principais marcas do mercado. Mas, dependendo do perfil, a melhor opção pode ser uma apólice de outra seguradora.

Médis ou Multicare? A questão tem razão de ser, porque Médis e Multicare são as principais marcas de seguros de saúde e as mais reconhecidas pelos consumidores – juntas, detêm mais de 60% do mercado. A Multicare é do grupo Fidelidade, enquanto a Médis pertence à Ageas, que também inclui a Ocidental. A terceira posição deste pódio é ocupada pelo grupo Generali, que integra a Generali Tranquilidade e a LOGO. Mas estas não são as únicas opções: existem, atualmente, 24 seguradoras a comercializar este tipo de seguros. E, apesar de as principais marcas terem bons produtos, outras há que poderão ser mais vantajosas, dependendo das necessidades e do perfil de cada consumidor, bem como do orçamento disponível.
Saiba qual o melhor seguro de saúde
Os seguros são comercializados em pacotes predefinidos de coberturas e capitais. A oferta é vasta e variada: dos mais simples (e mais baratos), que oferecem a cobertura de hospitalização e pouco mais, aos mais completos, que juntam assistência ambulatória, parto, estomatologia, próteses e medicamentos. Em regra, aos pacotes mais simples estão associados capitais mais reduzidos, que aumentam gradualmente, à medida que os planos se tornam mais robustos. No processo de escolha deve, pois, começar por determinar o tipo de despesas que pretende assegurar.
Voltar ao topoAcesso a conteúdos exclusivos!
Crie uma conta grátis e explore uma seleção de conteúdos para Simpatizantes.
Não tem conta? Criar conta gratuita
O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROTeste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições. |
Exclusivo
Para continuar, deve entrar no site ou criar uma conta .Se pretende, sobretudo, acautelar a necessidade de uma cirurgia no privado, deve começar por olhar para os pacotes mais básicos. O capital de hospitalização dos planos mais simples da Médis não ultrapassa os 15 mil euros e, para um consumidor de 40 anos, custa 207,19 euros anuais. Já o da Multicare, por 156,72 euros, cobre despesas de internamento até aos 25 mil euros e dá acesso a uma rede médica e a uma rede de saúde oral. Contudo, o plano que apresenta a melhor relação entre o pacote de coberturas e o prémio é o MGEN Base. Tem um limite de 30 mil euros para cirurgias e uma franquia de 1000 euros. Permite ainda o acesso à rede de prestadores da Advancecare, à rede dentária Dentinet e a uma rede de Bem-estar. Vantagem: não tem limite de idade para adesão ou permanência e não exclui doenças já diagnosticadas. Para o consumidor de 40 anos, custa cerca de 199 euros anuais.
Para garantir o acesso a consultas de especialidade no setor privado, bem como a exames complementares de diagnóstico e a tratamentos, sem descurar a eventualidade de uma cirurgia, deverá centrar-se em apólices com capitais para internamento e ambulatório. Se planeia ter filhos num futuro próximo e quer o parto num hospital privado, são recomendadas as apólices que incluem esta cobertura na hospitalização sem limite de capital específico.
Os planos da Multicare e da Médis que melhor preenchem esta necessidade são o Multicare 2 e o Médis Opção 2. O primeiro custa 853 euros anuais a um consumidor de 40 anos, e o segundo, 918 euros. Ambos têm um capital de 50 mil euros para hospitalização, mas enquanto a Médis garante 2500 para ambulatório, a Multicare fica-se pelos 1000 euros, o que poderá ser curto para tratamentos mais prolongados.
Estas não são, contudo, as melhores opções. Para um pacote com estas características, os planos Asisa +Saúde Plus, Allianz Saúde Mais e Tranquilidade Advancecare Mais oferecem uma cobertura superior e alguns são mais acessíveis: todos preveem um capital de 75 mil euros para hospitalização, cobrem despesas de ambulatório até 2500 euros e incluem parto (com o limite 2000 euros, no caso da ASISA). Os prémios variam entre 556 euros anuais (Asisa) e 865 euros (Tranquilidade).
Coberturas como estomatologia, próteses e ortóteses ou medicamentos devem ser consideradas como complementares, não o principal motivo de subscrição de um seguro de saúde. Estas elevam substancialmente o prémio, apresentam franquias e têm limites de capital reduzidos.
Se aquilo que pretende é um produto que lhe permita fazer os tratamentos dentários de que necessita, deve subscrever um seguro dentário ou de um plano de saúde oral. Em ambos os casos, e mediante o pagamento de um valor anual, é possível aceder a uma rede de prestadores a preços convencionados. As diferenças entre os dois são sobretudo formais.
Por último, mas não menos importante, se já ultrapassou os 60 anos e/ou tem doenças diagnosticadas, dificilmente conseguirá subscrever um seguro de saúde: as seguradoras definem um limite máximo de adesão e excluem doenças preexistentes. A exceção é o seguro de MGEN, que, pelas suas características especiais associadas aos princípios do mutualismo, não exclui ninguém em função da idade ou do historial clínico. Adicionalmente, a seguradora não poderá pôr termo ao contrato, que só termina por decisão do segurado.
Mas estes produtos têm tarifas crescentes e, a partir de certa idade, poderão representar um encargo incomportável. Nesse caso, um bom plano de saúde pode ser a solução.