Protetores solares de rosto: qual é o melhor?

Os protetores solares podem ser usados em todo o corpo, incluindo o rosto. Do ponto de vista da proteção solar, não existem diferenças entre os produtos generalistas e os concebidos especificamente para o rosto. As diferenças entre ambos os tipos de produtos residem sobretudo na textura e nas fragrâncias utilizadas.

Os protetores solares de rosto, vendidos em embalagens de menor capacidade, são convenientes para levar na mala ou na mochila para o trabalho ou para a escola, e nas alturas em que o corpo ainda não está muito exposto, mas é preciso proteger a pele do rosto dos raios solares.

A DECO PROteste testou produtos para o rosto com um fator de proteção solar (FPS) 50 ou 50+. A maioria dos protetores solares analisados tem boa qualidade, embora se mantenham à venda cinco produtos que chumbaram nos testes realizados no ano passado.

Descubra os melhores protetores solares para o rosto 

Protetores FPS 50 e 50+: maioria bons, mas alguns não vão além de 30

O rosto merece um conjunto de rotinas diárias para uma pele hidratada, uniforme e luminosa. No exterior, durante o dia, o rosto fica exposto à luz solar, motivo pelo qual estes produtos deveriam fazer parte da rotina antes e durante qualquer atividade ao ar livre. 

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda protetores solares com FPS 30, no mínimo. O rosto requer particular atenção, pelo que é preferível apostar numa proteção superior, com FPS 50 ou 50+, sobretudo em pessoas de tez clara ou sensível. Além de estar mais exposta à radiação solar, a epiderme – camada superficial da pele – da cara é mais fina e vulnerável ao fotoenvelhecimento (danos causados pelos raios UV, como rugas, manchas escuras e outro tipo de pigmentação).

A Comissão Europeia recomenda que todos os protetores solares incluam também proteção contra a radiação UVA. Os testes são feitos com um novo método híbrido, na pele de voluntários, mas sem risco de queimaduras solares. Os raios UVB são responsáveis por queimaduras solares, os UVA pelo envelhecimento da pele, e ambos contribuem para o cancro de pele.

Dos 19 produtos testados, 14 cumprem o fator 50 ou 50+ anunciado. Todos estes filtram, igualmente, os raios UVA, responsáveis pelo envelhecimento da pele. Veja no comparador de protetores solares (filtre os resultados pelo segmento de produtos para o rosto) como se saíram nos testes em laboratório e o que distingue cada um deles. Se procura uma boa proteção ao mais baixo custo possível, encontra dois produtos por cerca de três euros, que foram nomeados como Escolha Acertada. Se tiver tendência para alergias ou pele sensível, é aconselhável optar pelo produto que não contém fragrâncias alergénicas.

Nem todos os protetores solares cumprem a promessa de travar as agressões do sol. A DECO PROteste encontrou à venda em lojas portuguesas cinco dos sete produtos que falharam nos testes de proteção solar realizados em 2024. Como têm a mesma formulação, os resultados mantêm-se válidos. A organização aconselha, por isso, que não os compre, até porque existem produtos melhores e mais baratos.

PROTETORES SOLARES DE ROSTO A NÃO COMPRAR

 

Os cinco produtos testados anunciam um FPS de 50 ou 50+, mas correspondem, na realidade, a um FPS 30. O da Vichy também falha na proteção contra os UVA. Por ser o parâmetro mais importante do teste, o resultado obtido na proteção solar (FPS ou UVA) é limitativo. Como tal, os cinco produtos que chumbaram neste teste em laboratório mantêm má qualidade global.

DECO PROteste exige controlo dos produtos

Muitos produtos que falham na proteção solar são de marcas internacionais, pelo que a DECO PROteste e as organizações de consumidores congéneres em Espanha, Bélgica, Itália, França e Países Baixos denunciaram, em 2024, os maus resultados às respetivas autoridades de saúde, às quais cabe fiscalizar e garantir a qualidade, a eficácia e a segurança dos produtos cosméticos.

Os produtos que anunciam um FPS de 50 ou 50+, mas que têm, na realidade, um FPS 30 são enganosos e inseguros. Podem criar uma falsa sensação de segurança em pessoas com pele mais vulnerável – clara, com sardas ou com afeções dermatológicas – que precisem de um fator de proteção elevado. Ficam, na realidade, mais expostas aos riscos das radiações: queimaduras solares, envelhecimento precoce, lesões e, mais grave, cancro de pele.

As organizações de consumidores exigem controlo, para garantir que estes protetores solares cumprem a lei e são corretamente rotulados como FPS 30. Enquanto tal não acontecer, a venda deve ser suspensa, cabendo sanções aos fabricantes, por não respeitarem os consumidores nem a regulamentação.

Aproveite o sol, mas sem riscos

Fonte de vitamina D, o sol é fundamental para a saúde dos ossos e dos dentes, mas também para o estado de espírito. A exposição aos raios ultravioleta do Sol, sob supervisão médica, até pode ser benéfica para algumas doenças de pele, como psoríase ou eczema. Mas, como quase tudo na vida, moderação é a palavra de ordem. Este astro maravilhoso, sem o qual não haveria vida na Terra, é também uma fonte de agressão para a pele.

Procure seguir um conjunto de rotinas diárias para manter a pele bem hidratada, uniforme e luminosa. De manhã, aplique os produtos de rosto por esta ordem: primeiro o sérum, depois o creme hidratante habitual e, em seguida, o protetor solar. Este deve cobrir toda a área exposta, e na dose certa, equivalente a uma colher de chá. Evite o contorno dos olhos. Não é perigoso, mas causa irritação, se derramar.

Se tiver a pele sensível, evite produtos com fragrâncias alergénicas. Saiba quais são no comparador, usando o filtro "sem fragrâncias alergénicas". Neste, constam os resultados completos e preços de todos os protetores solares testados pela DECO PROteste. No final de maio, será atualizado com os resultados dos testes mais recentes a protetores solares ditos de corpo.