Protetores solares eficazes, mas com impacto ambiental
Nos testes da DECO PROTESTE tem-se verificado que, em alguns protetores solares, o impacto ambiental é elevado, tanto ao nível da embalagem, como da incorporação de microplásticos.
- Especialista
- Fábio Aparício e Susana Santos
- Editor
- Inês Lourinho

Análise ao fator de proteção, incluindo contra raios UVA, teste de uso e verificação da rotulagem são a espinha dorsal dos estudos a protetores solares da DECO PROTESTE.
Porém, face à urgência de escolhas sustentáveis, a exigência dos consumidores é maior. Um protetor solar tem de respeitar também o ambiente. Como? Cumprindo com alguns requisitos simples, mas importantes. Esta missão começa logo por rejeitar as inúteis caixas de cartão e adequar a capacidade da embalagem à quantidade de produto. Continua com a conceção de embalagens que permitam retirar e usar todo o protetor. E termina com a rejeição dos microplásticos na lista de ingredientes. Substâncias que muito poluem o planeta e, em especial, os oceanos, os microplásticos são dispensáveis em termos de eficácia, como prova o nosso teste.
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Muitos protetores solares incluem microplásticos
Os microplásticos são partículas com não mais de cinco milímetros que contribuem para a espessura ou a aparência dos protetores, embora também possam funcionar como filtros UV mais baratos. Trata-se, contudo, de uma das mais recentes pragas poluidoras.
Ao tomarmos banho no mar, os microplásticos soltam-se do corpo e são libertados diretamente no oceano. Aqui, podem absorver outros poluentes que estejam na água e/ou ser ingeridos por pequenos peixes que confundem os microplásticos com alimento. Estes pequenos peixes servem depois de alimento para peixes maiores, passando os microplásticos e as toxinas para os predadores, até que chegam à nossa mesa.
Os seguintes ingredientes são considerados microplásticos, e a sua presença pode ser verificada na lista de ingredientes dos protetores solares: Polyethylene, Polypropylene, Polymethyl methacrylate, Nylon, Polyurethane, e Acrylates Copolymer.
Desperdício de materiais e de protetor solar
O desperdício mais evidente está relacionado com o acondicionamento da embalagem numa inútil caixa de cartão, presente cada vez menos nos protetores solares. Não contribui para a melhor conservação do produto, nem fornece mais informações ao consumidor. Tudo o que lá vem escrito pode figurar também na embalagem primária. E, mesmo que inclua informações importantes ausentes da embalagem primária, como a lista de ingredientes, a caixa é descartada. Mas, não raras vezes, segue para a reciclagem assim que chega a casa do consumidor. Na prática, é só gasto de cartão sem sentido.
O desperdício de materiais também pode ocorrer quando os protetores vêm acondicionados em embalagens demasiado grandes para a quantidade de produto. Dimensionar corretamente poupa materiais e recursos.
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