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Prestação de Serviço Defeituosa

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

A. C.

Para: MSC Cruises S.A.

06/01/2016

Eu, Ismael Fernando de Carvalho Fatarelli, minha mulher, Luzia do Socorro Silva dos Santos e nossa filha de 4 anos, Maria Sofia Santos Fatarelli contratamos uma viagem de cruzeiros no navio da MSC Orquestra entre 23 de outubro a 01 de novembro. Ocorre que, durante o percurso tivemos inúmeras falhas na qualidade dos serviços, ao ponto se tornarem defeituosos, notadamente quanto à forma de tratamento discriminatório dispensado pelos funcionários da empresa, conforme passo a expor: Dos FatosItem 01No primeiro dia da viagem, a temperatura da cabine e do navio estava excessivamente fria. Tentamos desligar o ar-condicionado da cabine e não foi possível, pois não existe um sistema de isolamento para cada suíte. No segundo dia de viagem, eu estava com febre e tosse, claramente devido ao ar-refrigerado que fui obrigado a me submeter na cabine. Entrei no navio em excelente estado de saúde e, como sou alérgico, posso afirmar que a mudança em minha condição de saúde foi diretamente relacionada ao sistema de ar-condicionado da cabine.Fizemos contato com a recepção e pedimos mudança de suíte, mas explicaram que o navio estava lotado e nada era possível fazer. Também não ofereceram o médico do navio para prestar serviços.A partir de Barcelona a temperatura no navio e na cabine ficou bem mais amena, sendo que a temperatura externa não variou de forma tão considerável como a interna. Ou seja, não sabemos porque todos passageiros foram expostos a temperaturas internas totalmente diferenciadas durante a viagem. Item 02O segundo fato que, segundo nosso juízo, foi mais grave ocorreu no dia 25 à noite. Deixamos nossa filha no Mini Club (local para zelo, atendimento e diversão de crianças). Quando fomos buscá-la, já no momento em que as crianças são entregues aos pais, restavam cerca de 10 crianças. Nos deparamos com todas as crianças presenteadas por um boneco de pelúcia, que é símbolo do navio, conhecido como DoRéMi, mas nossa filha separada e longe das crianças, sem o aludido brinquedo e cabisbaixa. Perguntamos aos responsáveis porque ocorria aquela situação, em que em torno de 10 crianças brincando com o tal boneco, presenteado pelos funcionários do Miniclub e apenas a Sofia, quieta, isolada e sem o brinquedo. Responderam-nos que a prenda é dada um dia antes do desembarque das crianças que participam das atividades do miniclub.Estranhando e discordando de tal situação, pedimos um posicionamento mais claro da equipe do navio e fomos informados que o DoRéMi é dado após as crianças participarem de atividades e atingirem pontos, o que também não entendemos, pois nossa filha participou das atividades. Nos reunimos primeiramente com a responsável pelo miniclub, que manteve as explicações anteriores. Perguntamos também pela formação do pessoal do miniclub, sendo que a responsável nos informou que são pessoas contratadas pelo navio, a fim de cuidar das crianças sem necessariamente terem formação ou qualquer capacitação pedagógica. Perguntamos se ela tinha formação pedagógica, tendo respondido que não, embora tenha afirmado que os funcionários do miniclub eram muito capacitados, fato que não concordamos, por evidente.Pedimos então uma reunião com a superiora que ocorreu no dia 31/10. Esta reunião foi realizada com minha presença, a presença da Diretora de Relações do Navio e o tradutor, Sr Vitor, funcionário do corpo administrativo.Nesta reunião, a representante do navio se posicionou defendendo basicamente o pessoal do miniclub, tendo afirmado que não poderia fazer nada frente à situação relatada e que isso era função da equipe de terra e o caso já tinha sido passado para a equipe de terra. Também me esclareceu que os funcionários do miniclub são contratados por sua capacidade linguística e nada mais. Frente ao posicionamento da representante do navio, senti-me bastante desrespeitado pela evidente defesa dos funcionários do miniclub e não posicionamento frente à questão. Disse que os funcionários são adequados e a equipe muito boa e que não é responsabilidade da equipe ter condutas pedagógicas. Posicionei-me que entendíamos que é sim, pois o navio recebe as crianças e é sim responsável pelo adequado tratamento dispensado a elas por seus funcionários.Quanto ao acontecido, expliquei a ela que as crianças não podem ser entregues a um pessoal despreparado ou mal preparado para tratar com crianças, que exige conhecimento pedagógico, minimamente que seja, para lidar com crianças de forma isonômica e justa, sem gerar conflitos por não serem tratadas e prestigiadas da mesma forma que seus colegas. Expliquei também que uma criança de 4 anos não tem amadurecimento para entender uma situação como a que foi exposta a minha filha , pois isso pode lhe causar conflitos internos.Considerando que a conduta da representante permaneceu a mesma durante toda a reunião, resolvi deixar o recinto. Em nenhum momento houve um reconhecimento do erro do pessoal do MiniCLub pela diretora, que se restringiu a defender o pessoal sob a pueril alegação de que a função deles é cuidar das crianças e não ensiná-las, a demonstrar incompreensão do ocorrido.Cabe esclarecer também que esta reunião foi marcada pela direção de relacionamento para as 10:00 hs, chegando a diretora às 10:20 hs, momento em que eu já me posicionava para a desistência, pela falta de respeito em relação ao compromisso assumido.Também informamos que recebemos dois bonecos DoReMi, após nossa manifestação de desconforto e nos posicionamos pedindo uma posição da empresa sobre a conduta do grupo do Miniclub, pois entendemos que este erro se repetirá com outras crianças, se não houver mudança de estratégia e conduta.Por derradeiro, informamos que, devido ao ocorrido, minha filha se recusou a sair do navio no dia seguinte, do que decorreu que não chegamos a visitar a cidade de Marselha.Item 03Na noite do dia 28 para o dia 30, após a apresentação de teatro, muitas pessoas permaneceram no salão/bar/ conhecido como bar Savanah. Ocorre que, como o bar estava lotado, eu e Luzia, optamos em sentar nas duas banquetas restantes que ficam na frente do balcão. Logo após sentarmos uma garçonete nos pediu para não ficamos lá, pois era local dos garçons. Expliquei que não havia placas e também aquelas banquetas lá estavam a fim das pessoas se sentarem e não entendia porque eles pediam justamente para nós nos retirarmos. Na sequência, outros garçons também invadiam o espaço que tínhamos ocupado e nos forçavam a sair. Repito, nos forçavam, sem qualquer educação ou traquejo, chegando ao cúmulo do garçom masculino se manifestar grosseiramente. A garçonete chamou o metre que conversou conosco, após ser gerado um leve tumulto pelas diferenças entre as partes. Mostrei ao metre que haviam banquetas fixas naquele espaço e era nosso direito ficar lá, pois não havia uma única sinalização de que lá era espaço reservado para os garçons. O metre disse que iria conversar com os garçons e pediu desculpas pela situação. Como liberou outras banquetas, sentamos nas banquetas ao lado e esta foi a situação. Após andarmos em outros bares/restaurantes no navio, identificamos claramente que a área para os garçons trabalharem junto ao balcão são sinalizadas e cercadas por cordas e sistemas de apoio as cordas e limitadores ao acesso das pessoas, diferentemente do bar Savanah.Assim que chegamos de viagem, pedimos a manifestação da MSC e da agência de viagem que intermediou a contratação, sendo que hoje recebemos como resposta o texto abaixo, enviada pela agência Top Atlântico e não pela MSC, empresa ora reclamada:No seguimento do email enviado no passado dia 9 de Novembro voltamos ao seu contacto uma vez que obtivemos esclarecimentos por parte do Operador MSC.No que respeita à temperatura dos camarotes e consequente pedido de upgrade, a MSC confirma que os camarotes não têm regulação individual, pelo que a mudança de camarote não teria resolvido a situação, tendo no entanto tentado, o que não foi possível uma vez que o navio estava completo com todas as cabines ocupadas. A MSC reportou-nos também que tentaram contata-lo no seu camarote, para explicar a impossibilidade de aceder ao pedido, mas não havendo resposta foi deixado um cartão. Em virtude do seu agradecimento posterior à colaboradora Beatrice do serviço de clientes, a MSC supôs que teria recebido a informação e estaria esclarecido.Quanto à situação do Mini Club, também nos informa a MSC que após o incidente, o serviço a clientes fez a oferta de um peluche DOREMI.Esclarece também o operador, que o Mini-Club não é um espaço credenciado e com know how especializado em Baby ou Child sitting, mas apenas um local para diversão e convívio das crianças, algo comum em resorts turísticos, estancias de férias e cruzeiros.Cabe aos Pais avaliar se o espaço e cuidado prestado se enquadra com as suas necessidades e nível de exigência e em função disso entregar ou deixar as suas crianças.A MSC lamenta não ter correspondido às expectativas criadas, tendo tentado em todas as ocasiões proporcionar uma solução ou uma compensação possível.Mediante esta justificação do Operador, nada mais poderemos fazer a não ser lamentar mais uma vez o seu descontentamento uma vez que, na TopAtlantico, os nossos objetivos passam pela plena satisfação de todos os nossos Clientes nas viagens que realizam, primando pela qualidade dos serviços prestados quer direta, quer indiretamente.A MSC é um operador de Cruzeiros de grande qualidade e serviço, mas ainda assim preparado para prestar um serviço padronizado a todos os clientes.Nesta forma, teremos toda a atenção e cuidado numa futura viagem em aconselhar prestadores de serviços turísticos que possam prestar um serviço totalmente personalizado, de forma a que as suas expectativas possam ser integralmente correspondidas.Sem mais de momento subscrevemos os melhores cumprimentos,Vânia AlmeidaApoio ao ClienteParece-me claro que a resposta é completamente inadequada, porque a má prestação do serviço com relação à qualidade das acomodações e o tratamento sentido como discriminatório e abusivo que eu e minha família fomos submetidos é ilegal, cabendo ao fornecedor de serviço - MSC Cruzeiros, responder por suas antijurídicas ações.


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