No dia 26 de Março de 2024, fiz uma compra de um Iphone 15 Pro pela NOS, onde o meu pai é cliente há bastante tempo. O pagamento do telemóvel será feito em prestações. Tive de dar entrada de 229,99€ mais os custos de abertura de processo. A compra está em nome do pai, que é o titular da fatura NOS. As prestações serão de 24 meses, no valor de 37,50€. O telemóvel tem garantia, mas não tem seguro, uma vez que a colaboradora que me atendeu no dia da compra não nos informou de seguro nenhum, fazendo-me pensar que este estava ativado automaticamente, por também se tratar de uma compra às prestações.
Este fim de semana estava em Madrid, e fui vítima de um assalto. O assaltante tentou roubar a minha bolsa, mas sem sucesso, mas devido à força que ele fez, eu caí de frente no chão. Com isto, o telemóvel também se partiu, mais especificamente a tela que deixou de transmitir imagem. Porém ainda consigo ouvir o vibrar das notificações, o que me faz crer que o telemóvel ainda funciona, embora não tenha imagem. No dia seguinte, contactei a Linha de Apoio ao Cliente, e informei a colaboradora que me atendeu do sucedido. Até lhe questionei se tinha ou não seguro, dúvida essa que não me foi esclarecida na chamada. A colaboradora apenas me informou que, uma vez que o telemóvel se encontra na garantia que teria de me deslocar a uma loja física NOS para fazer a substituição do equipamento sem quaisquer custos adicionais. Fiquei surpreendida e acreditei na veracidade destas informações, uma vez que estava a contactar a linha oficial do Apoio ao Cliente NOS e estava a falar com uma pessoa, supostamente certificada e qualificada para me dar determinada informação. Cheguei a Portugal no dia seguinte e dirigi-me a uma loja NOS para fazer a substituição do equipamento. Os colaboradores negaram-me sem qualquer tipo de educação e gentileza. Informaram-me que só fariam a substituição se a Linha de Apoio ao Cliente lhes enviasse para a loja uma autorização para tal. Voltei a ligar para o Apoio ao Cliente, e expliquei-lhes a situação. Informei-lhes também que a chamada que fiz em Madrid está gravada, sob a minha autorização e que comprova as informações que me foram dadas. Os colaboradores que estavam em chamada comigo disseram-me que não poderiam aceder à gravação para confirmar as informações, e que só iriam fazer uso da gravação para penalizar a colaboradora que me transmitiu estas informações falsas. Mas relativamente à minha situação só me poderão enviar a gravação da chamada para eu fazer o que bem entender.
Conclusão, não se responsabilizarão por nada, sendo que a transmissão de informações falsas mancham a imagem da NOS.
Pelo simples facto de que autorizei a gravação da chamada e a mesma foi gravada, tudo o que foi dito em chamada pode ser considerado um acordo verbal.
De acordo com a Lei n.º 24/96 de Defesa do Consumidor, artigo 8º, se a informação que me deram por chamada foi gravada e registada, serve como prova de um acordo verbal.
De acordo com os direitos de Garantia , Decreto-Lei n.º 84/2021, de 18 de outubro, artigo 5º e seguintes, se o vendedor prometeu reparar ou substituir um bem sem custos adicionais dentro da garantia, ele tem o dever de cumprir o que foi dito. Neste mesmo decreto-lei, artigo 9º, se houver um compromisso explícito de que o equipamento seria substituído dentro do período de garantia, e essa substituição foi negada, isso pode ser considerado uma quebra de conformidade com o contrato de garantia.