Exmos senhores,
Venho por este meio apresentar o meu desagrado com várias situações que ocorreram durante o internamento após a cesariana do meu filho.
A primeira é que tinham o serviço completamente lotado, claramente com falta de pessoal, sendo que as enfermeiras que estão a serviço, mesmo sendo todas excelentes, não conseguem dar resposta a todas as necessidades das clientes em tempo útil. Por várias vezes após chamar por ajuda estive meia hora ou mais à espera, penso que quando estamos num hospital privado isto não tem de todo justificação, há falta de planeamento e cultura de que um faz o trabalho de dois ou três.
A segunda é que após uma cesariana que teve complicações, portanto eu não estando na minha melhor condição, me vêm pedir para eu trocar de quarto e de piso porque têm o serviço cheio de clientes em trabalho de parto. Não era o que mais queria no momento em que estava, estar a arrumar tudo o que tinha no quarto e mudar de local. Mas como profissional de saúde que sou compreendi a situação e entendi que podia facilitar. Apenas fiquei preocupada se iria ter o mesmo atendimento no piso 5, tendo sido assegurada pela equipa que ainda iria ser melhor atendida porque a enfermeira que subia comigo só tinha 5 clientes a cargo dela. O que acabou por acontecer foi sobrecarregarem a enfermeira com 8 doentes e eu numa das noites esperar 40 minutos por ajuda.
No seguimento do pedido para trocar de piso a Enf. Alexandra veio ao meu quarto e informou que a administração para fazer um “agrado” às clientes que acederam ao pedido de troca, iriam ter isenção da diária de acompanhante. A Enf Maria José e a Enf Sónia também tinham conhecimento da isenção. À noite foi-nos dito pela Enf Sofia que a minha acompanhante apenas não poderia tomar o pequeno almoço no quarto pois não estava previsto nesta isenção. Portanto a minha acompanhante nem o pequeno almoço tomou no quarto, desceu ao bar e pagou o pequeno almoço à parte. Penso que nenhuma Enf ia tomar a iniciativa de isentar fosse o que fosse sem alguém superior lhe dar essas indicações.
Quando não é o meu espanto passado uns dias depois da alta recebo no e-mail a fatura para pagar as 3 noites da minha acompanhante. Como fui ao Hospital Cuf Porto retirar os pontos, dirigi-me ao apoio ao cliente do internamento, que nada sabia desta situação. No dia seguinte confirmam telefonicamente que tenho de pagar o valor pedido porque a administração não tem conhecimento de qualquer isenção. Volto a insistir que foram as enfermeiras responsáveis que me vieram falar de tal, e que inclusivamente não fui eu que pedi nada, e mais, que tinha ouvido a falarem com outra cliente que também teria isenção portanto eu não seria caso único. No dia seguinte recebo nova chamada a insistir que tenho de pagar o valor estipulado e que a equipa de obstetrícia foi contactada e não tem conhecimento de nada.
Ora parece-me que há aqui uma clara falta de comunicação interna, pois quero acreditar que não estejam a supor que estarei a inventar algo quando há várias testemunhas. Pedi para que uma das Enf que esteve comigo e me deu essa informação me contactasse e me explicasse o porquê de tudo isto, o que não aconteceu, talvez por o pedido não ter chegado a elas.
Informo que não irei pagar a fatura sem que alguém responsável entre em contacto comigo e me explique este diz que não disse. E não vale a pena a assistente do apoio ao cliente internado entrar em contacto comigo a dizer o novamente o mesmo. Há aqui uma clara falta de respeito para com o cliente e na narrativa da Cuf parece que sou eu que estou a inventar toda a situação, o que não admito de forma nenhuma.
Fico a aguardar a vossa resposta.