O voo S40120 da SATA Azores Airlines Ponta Delgada-Lisboa, das 8.25, do dia 13 de Junho foi cancelado por razões meteorológicas. Mas enquanto os restantes voos se foram realizando ao longo do dia, este terá sido dos muito poucos que não foi executado.E porquê? Porque se tratava de um voo proveniente de Toronto, que não pôde aterrar, e portanto seguiu para Lisboa sem recolher os passageiros de Ponta Delgada. Mas a companhia não dispôs de outro aparelho para garantir o voo. Ao longo do dia os passageiros foram sempre sendo iludidos com adiamentos de informação a cada meia hora. Só c. de dez horas mais tarde, pelas 18.00, foi finalmente comunicado pela SATA o cancelamento. Enquanto outras companhias, como a Ryanair, por exemplo, informaram os respetivos passageiros e distribuíram vouchers de refeição, nada aconteceu com a SATA. Quando questionada manteve-se sempre em respostas evasivas. Seguiu-se uma fila, no meu caso de duas horas e meia, para se concluir:1.que o voo só se operaria no dia 15, dois dias depois, às 3.00 horas da madrugada.2.que até lá a SATA não garantia alojamento, porque os hotéis convencionados estavam esgotados.3.que só perante reclamação posterior, devidamente documentada, a SATA reembolsaria dos custos de táxi, refeições e alojamento, este último de 80 euros, o que naturalmente é impensável perante os preços atualmente praticados em Ponta Delgada. Feita a respetiva reclamação em devido tempo, acabo de receber da empresa uma mensagem dizendo que se isentava de qualquer compensação, dada a causa meteorológica do cancelamento.Considero falso o argumento, uma vez que o movimento aéreo se foi normalizando ao longo do dia, sendo manifesta a incapacidade da empresa para fazer frente a este tipo de imprevistos. Julgo por isso ser meu direito reclamar desde logo a compensação pelas despesas de que junto documentos, e a compensação estipulada por lei para este tipo de situações lesivas dos direitos dos passageiros.Coimbra, 22 de Julho de 2023Maria de Fátima Silva