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400 €

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

A. C.

Para: GOLDHIRE PORTUGAL, LDA. (GOLDCAR)

26/03/2018

Exmos. Senhores,Gostaria de dar conhecimento, para já o que me resta pelos motivos que abaixo descreverei, do que me leva a escrever .Aluguei um automóvel Fiat Panda de 2017 através de um site especializado, Rentalcars, para dois dias (21 a 23 de Fevereiro de 2018). O valor proposto de 21,03 € pelos dois dias tornou uma mera hipótese de substituição do meu automóvel, que avariou, em algo possível de concretizar. Foi o que fiz. Aluguei o automóvel. Dirigi-me, então, à empresa seleccionada – Goldcar, situada no Aeroporto Francisco de Sá Carneiro (Porto) e pelas 22:00h levantei o carro.Os procedimentos foram os habituais. Não aceitei seguros adicionais (com evidente má postura do colaborador, no sentido pétainista do termo, da empresa em causa face à minha rejeição da proposta efectuada, já que triplicava o aluguer, e fiz a franquia que habitualmente é efectuada nestas situações – foi estabelecido um valor de 1.302,00 € (?!!!) para um automóvel da classe mais baixa. De facto, o automóvel serviria somente para me deslocar de casa para o trabalho e levar o meu filho à escola e regressar a casa. Aliás, o automóvel esteve estacionado 90 % do tempo (numa garagem coberta e parque de estacionamento da empresa onde trabalho). Desloquei-me com o carro cerca de 100 km.No momento do levantamento do carro, foram efectuados todos os requisitos. Com manifesta má vontade da colaboradora, efetuamos a habitual vistoria (quase sempre, como saberão, um pró-forma) com a habitual displicência. Minha e da colaboradora. Inúmeras marcas, danos e problemas dos carros ficam habitualmente fora do registo. São considerados não relevantes. Registou-se uma ou outra marca sem que se percebesse bem por que uma é assinalada e outra não o é. Enfim, o desleixo habitual nestas empresas de automóvel (posso concretizar que sou sempre colaborante – assinalando aqui e acolá eventuais danos que me mereçam registo). Refira-se que o que se regista é uma ínfima parte do que se vai verificando nos veículos que nos propõem. Aliás, a vistoria foi efectuada sobre condições de luminosidade (22:00h) fraquíssimas e a uma velocidade suficiente para não vistoriarmos nada (demorou cerca de 1 minuto, não mais de dois). Após a “vistoria” (escrevo agora com aspas pelos motivos atrás expostos) saí com o automóvel. Os dois dias do aluguer correram sem sobressalto e preparei-me para entregar o carro (gastei 12 € de gasolina para repor o depósito, cerca de 8 litros) e, no momento da entrega do veículo, percebi que a vistoria só tinha um propósito, activar a franquia. De facto, unilateralmente, a colaboradora indicou que o vidro do pára-brisas apresentava duas ligeiríssimas “marcas” que não foram registadas na “vistoria” inicial (enorme estupefacção minha como devem imaginar) e, como tal, sentença imediata: 400,00 €. Interroguei-me sobre como é que eu e a colaboradora inicial não tínhamos assinalado tal dano dois dias antes. Achamos, então, que não eram relevantes. Interroguei-me também como formou o preço para aqueles pretensos danos – não me foi apresentado nenhum orçamento. Somente uma afirmação lapidar: “são 400 €”. Acrescente-se que era um dano que, caso tivesse sido cometido durante a utilização do veiculo – o que não foi o caso – nem me poderia ser imputado dado que aquele tipo de danos resultam de projecções de pequenas pedras por um veículo terceiro. Sem qualquer hipótese de contestação e sem qualquer prova, quer da “vistoria” inicial, quer da final (não me foi dada qualquer cópia das pretensas “vistorias”) fiquei estupefacto. Percebi pela postura dos colaboradores que se tratava de uma prática concertada pela empresa, gestor e funcionários. Para ser mais claro, percebi imediatamente que os colaboradores receberiam a respectiva comissão de eficazes profissionais como são na extorsão de dinheiro. A Máfia que se cuide!Ainda tentei questionar a Sr.ª Colaboradora “Diana Qualquer-Coisa”, que não estava devidamente identificada no seu uniforme de trabalho com o seu apelido, sobre como formou o preço para o dano. Além disso, foi-lhe pedido que facultasse uma cópia do contrato que rege as condições que estavam a ser aplicadas e a mesma funcionária afirmou que a informação estava on-line. Depois da insistência, e já com todos os funcionários dentro da loja, que a funcionária chamou disfarçadamente, quatro homens que me rodearam, literalmente, a mim e à minha mulher enquanto realizávamos o preenchimento da devida reclamação, foi imprimido e entregue o documento do contrato. Os funcionários foram ainda questionados sobre se seria possível falar com a funcionária que fez a entrega do carro. Como é evidente, mesmo que a senhora se encontrasse no local de trabalho, a resposta que foi dada, perceptivelmente concertada entre todos os “colaboradores”, foi “não se encontra”. Percebi mais tarde, a partir das denúncias no Portal da Queixa, que a situação que descrevo é um método comum e habitual de burla na empresa em causa: 2 marcas, 3 marcas – 400 €, conforme se pode confirmar no seguinte endereço, https://portaldaqueixa.com/mercado-automovel/goldcar-cobranca-indevida-7. Isto configura um “método científico” de definição de preço. Acrescente-se que efectuei uma consulta e rapidamente me disseram que esses danos são reparados por 50 € e, no limite, a substituição do vidro, em caso de dano relevante, no máximo, seriam 250 €. Claro que a resposta, se vier, dirá que o consumidor terá de contar com as famosas “despesas administrativas” – é um cliché habitual dos medíocres. Aliás, o supremo provincianismo vem das respostas dadas, em inglês, no Portal por uma tal “Vitória R”, remetendo para o contrato. É mais que evidente que estes contratos são realizados com extrema má-fé entre as partes. É absolutamente lamentável que existam empresas como a “GOLDCAR”. Quanto mais douradas por fora, mais ..... por dentro (preencham como entenderem).Não tenho, nem tive, qualquer hipótese, para já, de defesa perante uma desproporcionada medida. Vi-me sem qualquer hipótese de impedir a cobrança de algo que, tenho absoluta certeza, não me pode ser imputado. Não tenho expectativas nenhumas perante a prática da empresa em causa. É política da casa. É recorrente na empresa em questão – basta só procurar no google. E as expectativas desaparecem porque estamos em Portugal e a empresa é espanhola (não tenho nada contra os ventos e casamentos) e as autoridades portuguesas tem muita dificuldade em lidar com estas questões. Julgo, até que, nem reparam na dimensão do problema. Assim, o Instituto da Mobilidade e Transporte, IP e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica irão ser informados do ocorrido. Esta última, talvez, porque tive que comer o intragável valor que unilateralmente me colocaram na mesa. Portanto, resta-me a denúncia e activar os meios habituais. E fazer a habitual publicidade à empresa.


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