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Fim do ADSL: quem vai perder o acesso à internet?

A internet fixa conhecida por ADSL vai em breve ser totalmente substituída por conexões mais modernas como a fibra ótica e as redes 4G ou 5G. Saiba o que isto significa para os consumidores que ainda dependem do ADSL para aceder à net.

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20 novembro 2024
Cabo de internet

iStock

As telecomunicações em Portugal estão em transformação. Tecnologias como o 3G deram lugar a soluções mais modernas como o 4G ou o 5G e, em breve, também o ADSL, a internet fixa a partir da antiga rede de cobre, deverá ser descontinuada para dar lugar a conexões de internet mais avançadas e com maior velocidade e estabilidade, como a fibra ótica. O objetivo é modernizar a infraestrutura de internet do País. Contudo, em vários locais de Portugal, ainda há muitos consumidores que dependem do ADSL para aceder à internet.

De acordo com os dados mais recentes da entidade reguladora do setor, a Anacom, no segundo trimestre de 2024, dos 4,7 milhões de acessos à internet fixa contabilizados no País, 68% usavam fibra ótica, ou seja, cerca de 3,1 milhões de acessos. Já 24,9% dos acessos à internet eram feitos a partir do cabo, o que corresponde a 1,2 milhões de acessos, e 5,1%, ou 237 mil acessos, dependiam de redes móveis em local fixo. Da velhinha rede telefónica de cobre, o ADSL, dependem ainda cerca de 2,5% das pessoas com acesso à internet, o que corresponde a cerca de 100 mil consumidores. 

A DECO PROteste questionou os três maiores operadores de telecomunicações — MEO, NOS e Vodafone — sobre as alternativas que existem para os consumidores que, em breve, deixarão de ter acesso às conexões de internet por ADSL, mas, até à data de publicação deste artigo, não obteve resposta. 

Saiba o que está, afinal, em causa com o fim da internet por ADSL.

Porque vai acabar o ADSL em Portugal?

Nos últimos 20 anos, o ADSL foi uma das principais tecnologias de acesso à internet. No entanto, nos últimos anos, esta tecnologia tornou-se obsoleta para as necessidades de velocidade e estabilidade da internet atuais. A internet fixa a partir do ADSL permite velocidades de até 24 Mbps, o que é insuficiente para suportar as necessidades de utilização atuais, nomeadamente streaming de vídeo em HD, videoconferências ou vários dispositivos conectados numa única casa. 

A fibra ótica, tecnologia mais moderna e que tem vindo a substituir o ADSL, oferece velocidades que podem ultrapassar 1 Gbps e uma maior estabilidade de conexão. Já o 4G permite velocidades de até 100 Mbps ou mais, dependendo das condições da rede, e o 5G oferece velocidades que, em alguns casos, excedem os 300 Mbps.

Quantas pessoas ainda acedem à internet a partir do ADSL em Portugal?

Segundo dados da Anacom, cerca de 2,5% das conexões de internet fixa em Portugal ainda utilizam ADSL, ou seja, cerca de 100 mil pessoas.

Embora este número possa parecer reduzido, o ADSL é uma alternativa em áreas territoriais onde a expansão da fibra ótica ou das redes móveis de última geração ainda não chegou por motivos logísticos ou pelos custos elevados. Estas são, frequentemente, zonas onde também existe carência de redes móveis de qualidade, o que pode deixar muitas pessoas sem forma de aceder à internet caso o ADSL acabe. 

A DECO PROteste lembra que a desativação gradual do ADSL impacta diretamente estas residências e alguns consumidores podem ficar com o satélite como única opção para acesso à internet fixa até que alternativas mais viáveis sejam implementadas. 

Que alternativas existem para quem perder o acesso ao ADSL?

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