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Preço da eletricidade: tarifas do mercado regulado vão aumentar em janeiro

A partir de janeiro, os preços das tarifas de eletricidade para os clientes do mercado regulado vão aumentar em cerca de 1 por cento. De acordo com as contas da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, esta subida representará um acréscimo na fatura mensal entre os 18 e os 28 cêntimos. Mas no mercado liberalizado também pode haver aumentos. Saiba porquê.

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18 dezembro 2025
Mulher com laptop analisando fatura de eletricidade

iStock

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou um aumento médio de 1% no preço da eletricidade do mercado regulado já a partir de 1 de janeiro de 2026. De acordo com as contas do regulador, os consumidores com os perfis de consumo mais comuns, com tarifas simples e potências contratadas de 3,45 kVA e 6,9 kVA, deverão, assim, ter um aumento na fatura mensal de eletricidade entre os 18 e os 28 cêntimos.

Atualmente, são cerca de 817 mil os consumidores que estão no mercado regulado, impactados diretamente pelos preços que são fixados anualmente pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

Subida das tarifas de acesso à rede também pode impactar mercado liberalizado

Além do aumento das tarifas do mercado regulado, a ERSE anunciou ainda um aumento de 3,5% nas tarifas de acesso à rede, um valor que entra nas contas finais do preço da eletricidade paga pelos consumidores e que é cobrado em todas as faturas para financiar a infraestrutura e os serviços de transporte e distribuição de energia.

Como tanto o preço final da eletricidade no mercado regulado como o preço do mercado liberalizado incluem estas tarifas, também os clientes do mercado liberalizado de eletricidade poderão ver o preço final da sua fatura aumentar no próximo ano. Ainda assim, como no mercado liberalizado o preço cobrado pela energia depende de cada comercializador, não se sabe, para já, de quanto poderá ser a subida na fatura ou sequer se será significativa. Ao contrário do que acontece no mercado regulado, no mercado liberalizado o preço final pago pelo consumidor depende de outros componentes associados à estrutura e às decisões de cada empresa, como os custos de aquisição ou até a margem comercial.

Preço por kWh pode descer

No mercado grossista, por exemplo, onde cada comercializador negoceia a aquisição de eletricidade, é expectável que os preços por kWh caiam em 2026. Isto significa que pode existir margem para que os diferentes comercializadores do mercado liberalizado reduzam o valor desta componente no preço final da eletricidade para o consumidor. Galp e EDP Comercial, dois dos maiores fornecedores de eletricidade do mercado liberalizado, já comunicaram que as suas tarifas de comercialização vão diminuir. Contudo, essa é apenas uma parte dos valores que compõem o preço final pago pelo consumidor. Como tal, resta saber como se vão conjugar estes dois fatores — os que dependem dos comercializadores e os que são determinados pelas tarifas de acesso — em cada um dos milhares de tarifários contratados pelos consumidores.

Atualmente, cerca de 5,8 milhões de consumidores têm tarifas de eletricidade no mercado liberalizado.

Compare e analise a fatura para saber se pode poupar

Para saber se vale a pena mudar a sua tarifa de eletricidade, use o simulador da DECO PROteste e compare as opções dos diferentes comercializadores. Mas, antes, olhe para a sua fatura mensal.

Se é um dos 5,8 milhões de consumidores que já estão no mercado liberalizado, encontra na fatura uma frase que lhe indica se está a pagar mais ou menos do que pagaria no mercado regulado. Esta é uma das melhores formas de saber se está na altura de mudar de fornecedor de energia. Se paga mais do que pagaria com uma tarifa do mercado regulado, é mesmo hora de mudar.

 

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