Cereais de pequeno-almoço: como testamos

As sete categorias de cereais de pequeno-almoço - flocos de trigo, flocos de arroz e trigo, flocos de aveia, flocos de milho, granola, farelo de trigo e muesli - são avaliados recorrendo ao algoritmo do Nutri-Score. É uma avaliação nutricional global, cuja escala vai de A a E e tem em consideração, entre outros aspetos, a quantidade de calorias, sal, fibra, ácidos gordos saturados e açúcares, por 100 gramas. A letra A num fundo verde indica os produtos com as pontuações mais altas em termos de qualidade nutricional global. A letra E num fundo vermelho não significa que não pode comê-lo, mas que deve fazê-lo com moderação.

Para avaliar a composição nutricional dos cereais de pequeno-almoço, considera-se os valores da declaração nutricional e aplica-se o algoritmo do Nutri-Score. Os nutrientes a limitar e que, por isso, são considerados pontos negativos, são: o valor energético, os ácidos gordos saturados, os açúcares e o sal, enquanto o teor em fruta, legumes, leguminosas, azeite, óleos de noz e colza, bem como o teor em fibra e proteína, são considerados pontos positivos.

Considera-se igualmente a lista de ingredientes, onde consta a presença de aditivos e a partir da qual se consegue ter uma ideia do grau de transformação do produto (número de ingredientes ultraprocessados). Ponderando cada um desses aspetos, obtém-se a qualidade global. A pontuação vai de 0 a 100 e permite determinar quais os melhores cereais dentro de uma mesma categoria. Em conjunto com os preços, indica-se aqueles que têm a melhor relação entre a qualidade e o preço.

Apesar de a presença de edulcorantes permitir substituir a adição de açúcares nos alimentos, os fabricantes deveriam abreviar a proporção destes, ao invés de os trocar por edulcorantes ou por outros ingredientes doces. Educar o paladar, adaptando-o a alimentos menos adocicados justifica os ganhos em saúde. Quando se lê “sem açúcares” ou “sem açúcares adicionados”, em geral, são os edulcorantes que fazem as honras.