Computadores até 500 euros que dão conta do recado
Não quer gastar mais de 400 ou 500 euros num portátil? Sem problema, desde que não tenha especiais exigências. Há máquinas com especificações mais modestas, mas que bastam para navegar, gerir e-mails, reproduzir vídeos, fazer videoconferências e trabalhar em folhas de cálculo e texto.
O orçamento não estica muito para lá dos 400 euros? No máximo, consegue uma margem de 100 euros para lhe somar? Os preços dos computadores têm subido, mas não é por isso que está condenado a ficar sem máquina para trabalhar, sobretudo se não tiver especiais necessidades – por exemplo, processador ou placa gráfica de última geração, para se dedicar à edição de fotografia ou vídeo ou a sessões de jogos.
Se não tem especiais exigências, a DECO PROteste revela a quantidade de memória RAM e o processador que lhe convêm para trabalhar de modo fluido com os seus programas, assim como o armazenamento mínimo para guardar os seus ficheiros sem grandes constrangimentos de espaço, e manter o investimento na faixa de preços desejada.
Prós e contras de computadores baratos
- Boa portabilidade e autonomia que vai até dez horas em alguns modelos.
- Preço acessível para utilizadores pouco exigentes, que executem tarefas como navegar na net, gerir e-mails e trabalhar com aplicações de escritório.
- Desempenho limitado quando estão muitas aplicações abertas ao mesmo tempo ou são usados programas exigentes.
- A qualidade do ecrã e a solidez da construção variam muito de modelo para modelo.
- O armazenamento pode ser insuficiente (alguns modelos oferecem apenas 64 GB). A solução passa por apostar num disco rígido externo.
Processador Intel Core i3 ou AMD Ryzen 3
O processador é um dos elementos que mais influenciam o desempenho de um computador.
- A família de processadores Intel Atom, mais antiga, aparece em equipamentos bastante limitados.
- As linhas Intel Celeron e Pentium, também já descontinuadas, mas disponíveis em alguns computadores lançados há mais tempo, permitem um desempenho um pouco superior e vêm instaladas em modelos com preço ainda acessível. Todos estes processadores são de evitar.
- Os mais potentes e comuns são os Intel Core. A concorrência direta vem por via dos AMD Ryzen, também de desempenho elevado, embora a Intel mantenha o domínio do mercado.
Se o computador se destina a navegar na internet, consultar e enviar e-mails, reproduzir vídeos, fazer videoconferências e usar folhas de cálculo ou documentos de texto sem grandes complexidades, não precisa de mais do que um processador Intel Core i3 ou AMD Ryzen 3, que lhe permitirá manter o orçamento abaixo da linha dos 500 euros.
Mínimo de 8 GB de memória RAM
Quanto mais gigabytes oferecer, maior será a possibilidade de usar programas e aplicações em simultâneo. Abrir muitos separadores do navegador da net, reproduzir um vídeo e usar um documento de texto ou uma folha de cálculo, tudo ao mesmo tempo, são tarefas que não irão bloquear o computador.
- Uma marca de 16 GB garantirá mais fluidez, mas a metade deste valor já permite um uso confortável.
- Os 16 GB irão encarecer o preço, enquanto o mínimo de 8 GB mantém o gasto na desejável faixa até aos 500 euros.
Disco rígido com armazenamento de 256 GB
O armazenamento dita a quantidade de informação que o computador pode guardar, entre ficheiros de documentos, fotos, músicas, filmes ou programas.
- Um valor de 256 GB conserva o investimento no patamar dos 400 a 500 euros.
- Os computadores com discos rígidos SSD, mais rápidos, são cada vez mais frequentes, e já equipam alguns modelos até 500 euros. Se puder, opte por um computador com disco SSD.
Pelo menos, seis horas a navegar na net
Seis horas de navegação na net é quanto um portátil deve resistir, para ter verdadeira utilidade fora de casa. Mas as informações dos fabricantes são poucos realistas, o que invalida uma fiável comparação entre equipamentos.
Os resultados dos testes laboratoriais da DECO PROteste fornecem dados rigorosos. Nada como explorar o comparador, o qual lhe mostrará que mesmo computadores mais em conta cumprem, pelo menos, as seis horas de autonomia ideal.
Peso de dois quilos e diagonal de 15,6 polegadas
Mas nem só a autonomia influencia o trabalho fora de portas. O peso e o volume do computador sobre os ombros são também de considerar, ainda que, nesta ordem de preços, não haja muita volta a dar.
A diagonal típica destes computadores é de 15,6 polegadas, o que pouco falta para perfazer 40 centímetros, medida suficiente para conforto na visualização, mas que pode tornar o computador mais volumoso e pesado.
Deverá contar com, pelo menos, um quilo e meio, a que se junta o fardo representado pelo carregador. Em cálculos redondos, estamos a falar de dois quilos.
Portas USB e HDMI para ligar periféricos
Um computador é uma central digital onde se ligam equipamentos como rato, auscultadores e monitor externo, para dar alguns exemplos. Portas USB em número suficiente, incluindo com o protocolo USB-C, é o que se fará necessário para ligar os periféricos que lhe fazem falta no dia-a-dia. O USB pode, contudo, não servir para conectar ecrãs. Uma saída HDMI ou Display Port será a opção indicada.
Computadores destas diagonais, no geral, que oferecem opções bastante razoáveis ao nível das ligações.
São mais limitados quanto aos protocolos de rede sem fios, garantindo compatibilidade com o W-Fi 6 ou 6E, mas não com o mais recente Wi-Fi 7. Mesmo assim, as diferenças podem não passar de teoria, uma vez que dependem muito da velocidade da rede. Se o router não for também compatível com o Wi-Fi 7 e a net for lenta, de nada servirá um protocolo mais rápido.
Computador barato: características mínimas a garantir
- Processador Intel Core i3 ou AMD Ryzen 3.
- Memória RAM de 8 GB.
- Armazenamento de 256 GB (de preferência, SSD).
- Seis horas de autonomia a navegar na internet.
- Portas USB e HDMI para ligar periféricos
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