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Computador para estudantes: como escolher o portátil ideal

Procura uma nova máquina para o ano letivo que se avizinha? A DECO PROteste ajuda a fazer contas às suas necessidades e ao orçamento disponível, para encontrar a boa solução.

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27 agosto 2025
Grupo de três estudantes, numas escadas, com um portátil

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Português, matemática, ciências, história ou desenho... todas as disciplinas devem acomodar‑se no computador ao longo do ano letivo que se aproxima. Ponderar características e analisar preços são os exercícios que se impõem, para que nada fique de fora. Um ecrã com mais polegadas será incontornável para a área das artes, ainda que possa ter impacto na portabilidade. Já um equipamento mais fino e leve, com ecrã mais exíguo, aliviará as costas nas viagens entre casa e a escola. Mas será uma boa opção para grandes folhas de cálculo? E terá músculo para executar vários programas e apps ao mesmo tempo sem bloquear? Mais: quaisquer que sejam o tamanho e o peso, durante quantas horas deverá a bateria suster a respiração até voltar ao carregador?

As interrogações desdobram‑se à medida das circunstâncias de cada aluno. A DECO PROteste preparou um guia de compras e completou‑o com recomendações consoante o uso e o preço. Para os mais jovens, selecionou os portáteis com o melhor desempenho e preço mínimo até 600 euros, combinação encontrada entre os modelos ditos essenciais, perfeitos para tarefas como navegar, gerir e‑mails, ver vídeos e criar textos e folhas de cálculo.

Depois, para quem dispõe de um orçamento mais alargado ou tem necessidades específicas, como estudantes de engenharia, arquitetura e design, que trabalham com desenho, fotografia e vídeo, pesquisou a melhor qualidade nas categorias de portáteis ultrafinos, híbridos e macbooks. Mas pode explorar outras opções no comparador de computadores da DECO PROteste.

Tamanho e peso do computador para estudantes

Equilíbrio entre diagonal, peso e uso confortável é o que se pretende. Na maioria dos casos, este ideal é alcançado com ecrãs de 13 a 14 polegadas e peso entre 1 e 1,7 quilos. Deve somar‑se o peso do carregador, que anda pelos 140 a 340 gramas.

 

Mas há exceções. Quem trafega no meio das artes ou aprecia jogos precisa de mais polegadas, mas também de resolução apurada – sabendo que, face a estas características, a gravidade exercerá a sua influência sobre a mochila...

E diagonais mais pequenas, digamos, de 12 polegadas? Ainda que sejam práticas e mais favoráveis ao esqueleto, podem implicar um uso menos confortável em certas tarefas, como trabalhar em grandes folhas de Excel. Uma forma de contornar o problema é, no local de trabalho ou de estudo, conectar o portátil a um monitor externo.

Como escolher o processador e a memória RAM

Processador e memória RAM são dos fatores que mais influenciam o desempenho. Como escolher? Depende do tipo de utilização. Se o computador se destinar a tarefas básicas, um Intel Core i3, um AMD Ryzen 3 ou mesmo um Pentium Gold será de bom tamanho.

Tarefas de escritório avançadas ou o uso simultâneo de várias apps já requerem um processador Intel Core i5 ou AMD Ryzen 5 de uma geração recente.

Mais exigentes ainda são as tarefas avançadas de edição de vídeo ou de fotografias e, claro, o gaming. Nestes cenários, impõe‑se um processador de alto desempenho, como o Intel Core i7 (sufixo H ou G7). No caso dos jogos, é ainda indispensável uma placa gráfica externa potente, com memória dedicada. Os portáteis testados não são específicos para gaming, pelo que não correm jogos exigentes sem perda de detalhes.

E a memória RAM, que impacto tem no desempenho do computador? Imaginemos que a RAM é uma secretária de trabalho e o disco rígido, um armário para guardar ficheiros. Retirar os ficheiros do armário demora algum tempo, mas, quando estes chegam à secretária, podem ser lidos de imediato. Ora, quanto maior for a secretária, a mais itens é possível aceder rapidamente.

Traduzindo, quanto mais gigabytes tiver a memória RAM, maior será a possibilidade de usar programas e apps em simultâneo. Abrir muitos separadores no navegador da net, ver um vídeo e usar um processador de texto ou uma folha de cálculo, tudo ao mesmo tempo, requer cerca de 16 GB, ainda que 8 GB já permitam um uso confortável. Portáteis mais baratos tendem a oferecer 4 GB, o que pode implicar a limitação de páginas web e programas abertos, para evitar lentidão e bloqueios.

Autonomia de seis horas é o mínimo

Tem planos para usar o portátil fora de casa durante muitas horas, sem acesso a tomadas? Autonomia é a resposta. Nos testes, oito horas a navegar na net e dez a reproduzir vídeos classificam a bateria com boa autonomia. Dir‑se‑ia, pois, que o mínimo é de seis horas.

Mas, como as indicações dos fabricantes são, em regra, pouco realistas, como saber se a bateria consegue lá chegar? Os testes sugerem que baterias com, pelo menos, 65 Wh obtêm boa autonomia, enquanto abaixo de 40 Wh tendem a proporcionar resultados fracos.

Outro dado dos testes: os portáteis maiores, de 17 polegadas ou mais, e os mais pequenos, de 12 polegadas ou menos, raramente têm autonomia acima do razoável. Os primeiros, pelo consumo excessivo. Os segundos, pela falta de espaço para uma bateria maior.

Portáteis para vários perfis de utilização

Como traduzir a matéria dada em recomendações? Diagonal de 14 a 15 polegadas, processadores menos potentes, memória RAM inferior, autonomia de quatro a seis horas e peso para lá de dois quilos são os atributos dos portáteis essenciais. Estas especificações mais modestas são, porém, suficientes para tarefas básicas, além de justificarem um preço mais baixo. A recomendação da DECO PROteste alia bom desempenho a um preço mínimo de 580 euros.

A partir daqui, o preço é sempre a subir. Quem privilegia a portabilidade e tem orçamento para tanto – de 1150 euros para cima – pode considerar os ultrafinos (ultrabooks). Muito finos e leves, têm diagonal entre as 13 e as 14 polegadas, bateria de longa duração e processadores potentes.

Já quem precisa de desenhar, tirar apontamentos à mão ou fazer trabalho criativo tem interesse na versatilidade dos híbridos. A meio caminho entre portátil e tablet, trazem ecrã tátil, teclado destacável ou convertível e, muitas vezes, caneta digital. Quase todos os modelos indicados têm teclado convertível. Se for a sua escolha, teste a dobradiça. Gire o ecrã, vire‑o para trás e sinta o peso no modo tablet, para perceber se o uso é confortável. Se procurar bem, consegue uma máquina um pouco abaixo dos 1000 euros.

Bastante mais caros, mas de qualidade quase irrepreensível, os macbooks são elegantes e leves. Embora recomendados para quem trabalha com design, fotografia ou vídeo, podem ser usados por qualquer pessoa, desde que tenha em conta dois fatores: o preço, que pode atingir alguns milhares de euros, e o sistema operativo, bastante diferente do Windows. Deverá conhecer o macOS, ou estar disposto a aprender. Mais uma lição para este ano letivo.

Portáteis essenciais

62 Qualidade
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Testado
Computadores portáteis
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Portáteis ultrafinos

86 Muito boa
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Computadores portáteis
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86 Muito boa
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Melhor
do teste
Testado
Computadores portáteis
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Portáteis híbridos

81 Muito boa
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Computadores portáteis
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81 Muito boa
qualidade
Testado
Computadores portáteis
a partir de  1 349,90
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66 Boa
qualidade
Testado
Computadores portáteis
a partir de  799,99
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Macbooks

86 Muito boa
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Melhor
do teste
Testado
Computadores portáteis
a partir de  2 699,00
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86 Muito boa
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Melhor
do teste
Testado
Computadores portáteis
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