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Pastas de dentes com flúor: quais os benefícios

10 março 2023
Menina de pijama cor de rosa a pôr dentífrico numa escova azul para lavar os dentes.

O flúor é essencial para a remineralização dos dentes e a prevenção das cáries. As crianças também devem usar pasta de dentes com flúor, mas deve haver moderação na quantidade de dentífrico. Veja as recomendações.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que a utilização de pasta de dentes com flúor é a forma mais eficaz de reduzir as cáries dentárias. Apesar de ser recomendado o seu uso desde o primeiro dente, a quantidade de pasta deve ser menor nas crianças e, mesmo nos adultos, o seu uso deve ser moderado. O objetivo é evitar a fluorose, hipomineralização permanente do esmalte dos dentes. Esta consiste na deterioração e desmineralização do esmalte e no aparecimento de manchas.

Estudos epidemiológicos feitos pela OMS sobre os efeitos do flúor na saúde humana referem que pastas fluoretadas (1000 a 1500 partes por milhão ou ppm) não representam risco acrescido para a saúde. Esta informação tem de constar obrigatoriamente do rótulo.

Como o flúor fortalece os dentes

A presença de certas bactérias e açúcares produz o aparecimento de ácidos que causam a desmineralização do esmalte dos dentes. No entanto, quando a saliva está menos ácida, são repostos minerais que tornam os dentes mais resistentes. A presença de flúor durante este processo – chamado remineralização – contribui para fixar os minerais de forma mais eficaz e evitar que se dissolvam na próxima fase de desmineralização. É desta forma que o flúor ajuda a fortalecer os dentes.

Menos pasta até aos 6 anos

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda o uso de pasta de dentes com flúor nas crianças assim que nasça o primeiro dente.

Do nascimento aos 3 anos

A higiene oral da criança deve iniciar-se com o rompimento do primeiro dente, utilizando uma pequena quantidade de dentífrico fluoretado. A lavagem dos dentes deve começar por ser feita pelos pais, duas vezes por dia, com uma gaze, uma dedeira ou uma escova macia. É obrigatório que uma das lavagens seja depois da última refeição.

A quantidade de dentífrico a utilizar deve ser idêntica ao tamanho da unha do dedo mindinho da criança. Nesta fase, pode permitir-se que, progressivamente, e sob vigilância, a criança comece a iniciar-se na escovagem dos dentes.

Dos 3 aos 6 anos

A escovagem dos dentes, com um dentífrico fluoretado com 1000-1500 ppm, deve continuar a ser realizada ou supervisionada pelos pais, dependendo da destreza manual da criança, pelo menos duas vezes por dia, sendo uma delas, obrigatoriamente, antes de deitar e utilizando uma escova macia de tamanho adequado. É obrigatório que uma das lavagens seja depois da última refeição. A quantidade de dentífrico a utilizar deve corresponder ao tamanho da unha do dedo mindinho da própria criança.

Neste período é importante fomentar a progressiva autonomia da criança.

A partir dos 6 anos já deve ser a criança a escovar os dentes, com uma pasta idêntica à dos adultos, numa quantidade aproximada a um centímetro.

Riscos do flúor

Uma intoxicação aguda pelo flúor é uma possibilidade rara. As crianças pequenas têm um risco acrescido de engolir doses de fluoretos através dos produtos de higiene oral. O sabor a pastilha elástica ou a morango pode levar a criança a engolir de forma voluntária, o que é de evitar.

Segundo a DGS, a ingestão acidental de um quarto de um tubo com dentífrico de 125 mg (1500 ppm) põe em risco a vida de uma criança de um ano. Lembre-se de que as embalagens não têm tampa de segurança: supervisione a escovagem dos dentes das crianças.

Outro dos riscos do excesso de flúor é que pode danificar o esmalte dos dentes, que fica com manchas brancas ou acastanhadas irreversíveis (fluorose). É mais frequente verificar-se esta situação em crianças até aos 8 anos. Para tal, é necessário um consumo elevado e crónico de flúor, que só se consegue com a ingestão em excesso de pasta de dentes, consumo de água fluoretada e suplementos de flúor.

Em Portugal Continental, os valores de fluoretos são normalmente baixos, e as águas não estão sujeitas a fluoretação artificial. Por isso, fica reduzido o risco de ingerir flúor através da água.

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