Creme de mãos: como testamos

O teste aos cremes de mãos inclui uma seleção de algumas das marcas mais vendidas e a avaliação considera quatro domínios principais: eficácia, experiência de utilização, impacto ambiental da embalagem e rotulagem.

O teste da eficácia no que diz respeito à capacidade de hidratação é determinado em laboratório e constitui a análise mais relevante. Trata-se de um ensaio cego, no qual cada produto foi utilizado por um grupo de 20 participantes do sexo feminino, com idades entre os 24 e os 70 anos e com pele saudável.

A aplicação do creme é efetuada no antebraço, duas vezes por dia, durante duas semanas. São feitas medições laboratoriais antes e depois deste período, tanto na zona do teste como numa onde não foi aplicado o creme, aferindo-se o nível de hidratação e a capacidade de retenção de humidade proporcionada. 

Para o teste de utilização, também realizado em laboratório, conta-se com a participação de 30 consumidoras, com idades entre os 22 e os 65 anos. As voluntárias experimentam os produtos sem saber qual é a marca.

A facilidade de remoção da embalagem, a facilidade em espalhar, a consistência, a capacidade de absorção, o perfume e a suavidade após aplicação e a sensação de hidratação da pele são alguns dos critérios avaliados através de um questionário.

Avaliação das embalagens

O impacto ambiental das embalagens foi determinado considerando critérios como a quantidade de produto residual, a relação entre o tamanho da embalagem e a quantidade de produto, os materiais utilizados na embalagem primária e a presença de embalagem secundária. 

Por fim, a rotulagem é analisada quanto ao cumprimento dos requisitos legais. São verificadas certas alegações sem valor (como “24/48 horas de hidratação”) e proibidas (como “sem parabenos”). A análise inclui também a verificação de certas substâncias cuja segurança ainda levanta algumas dúvidas (disruptores endócrinos), bem como fragrâncias alergénicas.