No dia 3 de agosto de 2025, pelas 11h10 da manhã, desloquei-me à loja El Corte Inglés de Lisboa com o objetivo de adquirir um porta-joias que tinha visualizado online. Ao não o encontrar em loja, dirigi-me ao balcão situado entre as zonas de Marroquinaria e Acessórios, junto à marca Lola Casademunt, onde aguardei pela minha vez de ser atendida.
Enquanto esperava, assisti a uma situação absolutamente inaceitável e profundamente desrespeitosa, tanto para a assistente de loja em funções como para os restantes clientes presentes.
Uma cliente pretendia devolver uns óculos de sol (aparentemente da marca Chloé), justificando que já não gostava de se ver com eles, apesar de terem sido uma compra impulsiva. A assistente, com toda a educação e profissionalismo, explicou que, tendo em conta a data da compra (25 de março ou 25 de maio — não foi possível perceber com exatidão), a devolução já não era possível por ter sido ultrapassado o prazo de 30 dias definido pela política da loja. Esta política é clara e está publicamente disponível.
No entanto, a cliente insistiu de forma insistente e, progressivamente, adotou uma postura autoritária e desrespeitosa para com a funcionária, exigindo que fossem contactados os seus superiores, com o argumento de que “sabem quem eu sou”. Após múltiplas chamadas e recusas iniciais, o gerente da área acabou por se dirigir ao balcão e, apesar de confirmar que já tinham passado cerca de três meses desde a compra, autorizou a devolução sem qualquer contestação.
Foi um momento de grande desconforto e constrangimento: a colaboradora foi desautorizada e exposta injustamente, apesar de apenas cumprir as regras da empresa, enquanto a cliente — que agiu de forma arrogante e humilhante — teve a sua exigência atendida, em claro desrespeito pela política da loja e por todos os demais clientes.
Este episódio evidencia três problemas graves:
- Falta de equidade na aplicação das políticas comerciais;
- Desrespeito e falta de apoio à colaboradora da loja, que agiu com profissionalismo;
- Tratamento desigual entre clientes, promovendo uma ideia de que há clientes “acima das regras”.
Enquanto cliente, repudio profundamente o que presenciei. Foi humilhante para a colaboradora e inadmissível por parte da gerência, que demonstrou fraqueza e incoerência na liderança. Situações como esta fazem perigar a confiança no El Corte Inglés como marca de referência em atendimento e seriedade.
Solicito uma resposta formal a esta reclamação e esclarecimento sobre as medidas que serão tomadas para evitar que comportamentos semelhantes se repitam.