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Situação de fraude Banco CTT

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

A. C.

Para: BANCO CTT

05/02/2023

Exmos. (as) Senhores (as),Vimos ao vosso contacto devido à indiligência verificada pelo Banco CTT relativamente a uma situação de fraude, em conta com dois titulares, ocorrida a 20 de dezembro de 2022, sendo que se apresentam os factos:1. A 20/12/2022 não foi possível fazer um pagamento com o cartão multibanco, assumindo que era uma falha no cartão ou do terminal de pagamento.2. A 23/12/2022 tentámos fazer um pagamento no multibanco sem sucesso. Confirmando o saldo fomos surpreendidos com saldo insuficiente.3. A 23/12/2022 fomos ao balcão do Banco CTT em Moscavide questionar o que se passava, sendo que na sequência da conversa se destaca:a) No dia 20/12/2022 ou na véspera tentámos aceder ao Homebanking, sem sucesso.b) Foram mostradas as mensagens recebidas do Banco CTT (que ficaram agrupadas na conversação com outras mensagens recebidas anteriormente):i. 20/12/2022 às 10h52: “BCTT: Para confirmar, introduza o código xxxxxx”ii. 20/12/2022 às 20h14: “BCTT: Para redefinir a sua palavra passe do Homebanking, por favor volte a introduzir no nome de utilizador e depois insira o código xxxxxxxx”iii. Assumindo que teria sido um erro não utilizámos nem divulgámos estes códigosiv. 21/12/2022 às 12h38: “Aviso de segurança: Deve aceder sempre ao seu Homebanking através do site oficial do Banco CTT. Fique atento ao endereço obtido através de pesquisas. Recordamos que o Banco nunca pede a sua palavra passe completa para aceder ao Homebanking. Se encontrar situações suspeitas, deverá contactar a Linha de Apoio”.c) As transferências, primeiro da conta-poupança para a conta à ordem e depois da conta à ordem para uma outra conta do Banco CTT, cujo destinatário desconheço, (num total aproximado de 8 000€), ocorreram a 20/12/2022.d) Nem eu nem a minha cônjuge facultámos os códigos de acesso do homebanking a ninguém e os mesmos não poderiam ser acedidos sem o nosso conhecimento. e) Além disso, foi confirmado que o número de telemóvel associado à conta não tinha sido alterado. f) Perante este facto foram cancelados os acessos ao Homebanking, e adicionalmente foi feita uma queixa registada pela funcionária do banco, resultando num processo interno de averiguações. g) Foi emitido um documento comprovativo de movimentos de conta, com o custo de 2,00€, para efeitos de apresentação na polícia.h) Dado que estranhos acederam à minha conta, os nossos dados pessoais ficaram claramente expostos.4. A 26/12/2022 fomos à Esquadra da Polícia de Segurança Pública mais próxima da área de residência para formalizar uma denúncia do sucedido, registada com o NUIPC 000847/22.7 PILRS.5. Uma funcionária do banco informou-nos que poderia ser efetuado um pedido de devolução do dinheiro, que prontamente fizemos. Este pedido teve o custo de 25,00€, cobrado a 28/12/2022. Foi-nos ainda informado que num prazo de 30 dias seriamos contactados sobre a decisão deste pedido. 6. O Banco CTT não fez em momento algum contacto direto para mim ou para a minha cônjuge, a dar-nos o ponto de situação do pedido de reembolso nem do estado do processo. Regressámos ao Banco CTT em Moscavide em várias ocasiões, sendo que a 30/01/2022 a funcionária que nos atendeu informou-nos que foi recusada a devolução do dinheiro.O Banco CTT refere no seu site que “tem como missão disponibilizar (...), um serviço de excelência e estabelecer relações de confiança e inovação”, que deve assegurar, entre outras coisas, “A confiança como ativo da companhia e também como resultado”. Além disso, diz que se rege pelos princípios de: orientação para o cliente, confiança (“Seremos um parceiro íntegro, responsável e de confiança, que garante no dia a dia os compromissos assumidos”) e excelência (Garantir um serviço de excelência, com qualidade e eficiência”), no entanto:1. Mostra falta de profissionalismo e incoerência entre os seus princípios e as suas ações, não zelando pela integridade financeira dos seus clientes.2. Fica alheio a esta situação, gerando desconfiança, insegurança e descredibilidade na entidade.3. Está a descartar qualquer responsabilidade pelo sucedido, deixando inúmeros clientes, incluindo eu próprio, numa situação financeira delicada, tendo ficado à mercê do auxílio de familiares para não entrar em incumprimento perante as responsabilidades assumidas com outras entidades ou nas despesas básicas de alimentação. Nem assume no mínimo uma responsabilidade partilhada.4. Dado os montantes transferidos, e o histórico de cliente, o banco deveria ter feito uma validação mais minuciosa dos movimentos efetuados.5. Após ler várias denúncias reportadas no Portal da Queixa de situações em tudo semelhantes, ocorridas em data anterior a esta, parece que o Banco CTT mostrou-se impassível, não alertando nem tomando medidas para proteger os restantes clientes, e não dando uma resposta clara sobre se os valores em causa irão ser ressarcidos.6. Apenas colocou um alerta de sites falsos “escondido” no seu site, não o divulgando por outros meios onde os seus clientes o pudessem encontrar com maior facilidade e atempadamente.Em suma, peço o vosso apoio e entendimento sobre o sucedido. Qual a responsabilidade que o Banco CTT deverá de assumir, uma vez que claramente houve uma quebra na segurança, bem como na devolução integral do dinheiro movimentado sem a nossa intervenção ou autorização para conta desconhecida?Muito naturalmente, encontro-me ao dispor para qualquer esclarecimento adicional.A título informativo, o conteúdo da presente reclamação foi divulgada nos meios disponibilizados pelo Banco CTT (reclamacoes@bancoctt.pt), no Banco de Portugal, no Portal da Queixa, na Deco e na CNPD.

Mensagens (1)

A. C.

Para: BANCO CTT

04/03/2023

Exma. Senhora Mafalda Soaresda Gest&#227o de Reclama&#231&#245es Banco CTTApesar de na resposta dada por V. Exa., com o assunto: Transfer&#234ncias (Canais Digitais), datada de 10 de fevereiro de 2023, referir que no cumprimento dos deveres a que o Banco CTT se encontra vinculado encetou todas as dilig&#234ncias adequadas ao apuramento dos factos, verifica-se que a resposta em si &#233 vaga e tipificada, n&#227o apresentando ou dando conhecimento do resultado do processo interno que foi aberto diretamente no balc&#227o no seguimento do reporte de fraude. O resultado dessas dilig&#234ncias deveria ser, em parte ou no seu todo, do conhecimento do/a lesado/a, confirmando se foram ou n&#227o identificadas as contas para onde foram efetuadas as transfer&#234ncias, e qual a responsabilidade que as v&#225rias partes teriam de assumir.Acrescentam que “o Banco CTT &#233 alheio aos denominados fen&#243menos de cibercriminalidade, correspondentes aos factos aqui apurados, pese embora a ado&#231&#227o por parte desta institui&#231&#227o de um conjunto de medidas de preven&#231&#227o em mat&#233ria de ciberseguran&#231a”, no entanto &#233 o pr&#243prio banco que est&#225 melhor posicionado para interferir e impedir os efeitos de a&#231&#245es de burla. Com isto colocam a fragilidade apenas no cliente, sem querer assumir.Uma vez que os clientes utilizam os pr&#243prios para aceder ao homebaking, que &#233 um servi&#231o do pr&#243prio banco, este servi&#231o &#233 como se fosse uma extens&#227o dos seus balc&#245es f&#237sicos. Com isto, os bancos s&#227o conhecedores que os riscos n&#227o s&#227o unilaterais, sendo que n&#227o podem ser isentos de culpa nas perdas decorrentes das fraudes financeiras, devendo assumir, mesmo que em parte, a responsabilidade de precaver este tipo de fraude. Assim, n&#227o podem exclusivamente imputar a responsabilidade do sucedido no cliente, que poder&#225 apresentar falta de aptid&#227o para lidar com uma internet em constante muta&#231&#227o.V. Exas. assumem que todos os utilizadores s&#227o experientes e conhecedores dos meios de navega&#231&#227o em ambiente eletr&#243nico, e que devem conseguir detetar os riscos ou reconhecer diferen&#231as nas p&#225ginas que acedem. No entanto, enquanto utilizador leigo na navega&#231&#227o na internet, toda a navega&#231&#227o &#233 feita com confian&#231a nos meios disponibilizados, pelo que mais uma vez reitero que as transfer&#234ncias em causa n&#227o foram por mim autorizadas nem nunca houve inten&#231&#227o de as fazer.Uma das responsabilidades que o Banco CTT claramente n&#227o assumiu foi informar prontamente os seus clientes que estavam a ter conhecimento de situa&#231&#245es de burla e que estes deveriam ter aten&#231&#227o redobrada, n&#227o os protegendo. N&#227o foram difundidas quaisquer not&#237cias nos &#243rg&#227os de comunica&#231&#227o social nacionais da ocorr&#234ncia de fraudes na internet, ap&#243s den&#250ncia de clientes em meados de dezembro, s&#243 o fazendo no final de dezembro na sua p&#225gina na internet, altura em que um n&#250mero alargado de clientes foi alvo desses ataques.O estorno da comiss&#227o e imposto de selo cobrado referente ao pedido de devolu&#231&#227o de transfer&#234ncia e da comiss&#227o referente ao pedido de emiss&#227o de comprovativo de movimentos, para efeitos de apresenta&#231&#227o &#224s autoridades, &#233 uma medida insuficiente, n&#227o dando solu&#231&#245es que aproximem o cliente e o banco.


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