Exmos. (as) Senhores (as),Vimos ao vosso contacto devido à indiligência verificada pelo Banco CTT relativamente a uma situação de fraude, em conta com dois titulares, ocorrida a 20 de dezembro de 2022, sendo que se apresentam os factos:1. A 20/12/2022 não foi possível fazer um pagamento com o cartão multibanco, assumindo que era uma falha no cartão ou do terminal de pagamento.2. A 23/12/2022 tentámos fazer um pagamento no multibanco sem sucesso. Confirmando o saldo fomos surpreendidos com saldo insuficiente.3. A 23/12/2022 fomos ao balcão do Banco CTT em Moscavide questionar o que se passava, sendo que na sequência da conversa se destaca:a) No dia 20/12/2022 ou na véspera tentámos aceder ao Homebanking, sem sucesso.b) Foram mostradas as mensagens recebidas do Banco CTT (que ficaram agrupadas na conversação com outras mensagens recebidas anteriormente):i. 20/12/2022 às 10h52: “BCTT: Para confirmar, introduza o código xxxxxx”ii. 20/12/2022 às 20h14: “BCTT: Para redefinir a sua palavra passe do Homebanking, por favor volte a introduzir no nome de utilizador e depois insira o código xxxxxxxx”iii. Assumindo que teria sido um erro não utilizámos nem divulgámos estes códigosiv. 21/12/2022 às 12h38: “Aviso de segurança: Deve aceder sempre ao seu Homebanking através do site oficial do Banco CTT. Fique atento ao endereço obtido através de pesquisas. Recordamos que o Banco nunca pede a sua palavra passe completa para aceder ao Homebanking. Se encontrar situações suspeitas, deverá contactar a Linha de Apoio”.c) As transferências, primeiro da conta-poupança para a conta à ordem e depois da conta à ordem para uma outra conta do Banco CTT, cujo destinatário desconheço, (num total aproximado de 8 000€), ocorreram a 20/12/2022.d) Nem eu nem a minha cônjuge facultámos os códigos de acesso do homebanking a ninguém e os mesmos não poderiam ser acedidos sem o nosso conhecimento. e) Além disso, foi confirmado que o número de telemóvel associado à conta não tinha sido alterado. f) Perante este facto foram cancelados os acessos ao Homebanking, e adicionalmente foi feita uma queixa registada pela funcionária do banco, resultando num processo interno de averiguações. g) Foi emitido um documento comprovativo de movimentos de conta, com o custo de 2,00€, para efeitos de apresentação na polícia.h) Dado que estranhos acederam à minha conta, os nossos dados pessoais ficaram claramente expostos.4. A 26/12/2022 fomos à Esquadra da Polícia de Segurança Pública mais próxima da área de residência para formalizar uma denúncia do sucedido, registada com o NUIPC 000847/22.7 PILRS.5. Uma funcionária do banco informou-nos que poderia ser efetuado um pedido de devolução do dinheiro, que prontamente fizemos. Este pedido teve o custo de 25,00€, cobrado a 28/12/2022. Foi-nos ainda informado que num prazo de 30 dias seriamos contactados sobre a decisão deste pedido. 6. O Banco CTT não fez em momento algum contacto direto para mim ou para a minha cônjuge, a dar-nos o ponto de situação do pedido de reembolso nem do estado do processo. Regressámos ao Banco CTT em Moscavide em várias ocasiões, sendo que a 30/01/2022 a funcionária que nos atendeu informou-nos que foi recusada a devolução do dinheiro.O Banco CTT refere no seu site que “tem como missão disponibilizar (...), um serviço de excelência e estabelecer relações de confiança e inovação”, que deve assegurar, entre outras coisas, “A confiança como ativo da companhia e também como resultado”. Além disso, diz que se rege pelos princípios de: orientação para o cliente, confiança (“Seremos um parceiro íntegro, responsável e de confiança, que garante no dia a dia os compromissos assumidos”) e excelência (Garantir um serviço de excelência, com qualidade e eficiência”), no entanto:1. Mostra falta de profissionalismo e incoerência entre os seus princípios e as suas ações, não zelando pela integridade financeira dos seus clientes.2. Fica alheio a esta situação, gerando desconfiança, insegurança e descredibilidade na entidade.3. Está a descartar qualquer responsabilidade pelo sucedido, deixando inúmeros clientes, incluindo eu próprio, numa situação financeira delicada, tendo ficado à mercê do auxílio de familiares para não entrar em incumprimento perante as responsabilidades assumidas com outras entidades ou nas despesas básicas de alimentação. Nem assume no mínimo uma responsabilidade partilhada.4. Dado os montantes transferidos, e o histórico de cliente, o banco deveria ter feito uma validação mais minuciosa dos movimentos efetuados.5. Após ler várias denúncias reportadas no Portal da Queixa de situações em tudo semelhantes, ocorridas em data anterior a esta, parece que o Banco CTT mostrou-se impassível, não alertando nem tomando medidas para proteger os restantes clientes, e não dando uma resposta clara sobre se os valores em causa irão ser ressarcidos.6. Apenas colocou um alerta de sites falsos “escondido” no seu site, não o divulgando por outros meios onde os seus clientes o pudessem encontrar com maior facilidade e atempadamente.Em suma, peço o vosso apoio e entendimento sobre o sucedido. Qual a responsabilidade que o Banco CTT deverá de assumir, uma vez que claramente houve uma quebra na segurança, bem como na devolução integral do dinheiro movimentado sem a nossa intervenção ou autorização para conta desconhecida?Muito naturalmente, encontro-me ao dispor para qualquer esclarecimento adicional.A título informativo, o conteúdo da presente reclamação foi divulgada nos meios disponibilizados pelo Banco CTT (reclamacoes@bancoctt.pt), no Banco de Portugal, no Portal da Queixa, na Deco e na CNPD.