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Sinto-me enganada e fui ameaçada verbalmente e quase fisicamente.

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

A. M.

Para: Centro Ortopédico da Parede

23/08/2023

Venho por este meio pedir que me peçam desculpa e que me paguem o dinheiro que gastei,ao ir da Covilhã até Parede,supostamente para mandar fazer calçado ortopédico por medida,o que não aconteceu porque fui enganada.Pretendo 284,57 euros,alimentação,portagens,estacionamento,combustível,subsidio alimentação 6 euros meus e 6 euros do marido que é descontado no ordenado.Só peço o que gastei,tenho recibos de tudo.Este ano a fábrica que faz o meu calçado ortopédico desde que nasci,não me pode fazer calçado para o verão,então tentei encontrar outra solução.O único sitio onde me faziam as botas,supostamente a um preço acessível,era no Centro Ortopédico da Parede.Em todos os lados pediam 400 euros ou muito mais.A primeira vez que falei com a clinica foi através do telefone,falei com o Senhor Francisco.Contei-lhe o que precisava e porque estava a contacta-lo.Ele disse que sabia o que eu necessitava e que faziam as botas.Falei 2 vezes ao telefone com ele,dia 25 e 26 Maio.Desde este dia, até 30 Junho trocamos 25 mails.Saber cores, formatos das botas, o que eles já tinham feito,preços.O Senhor Francisco lá foi respondendo e num desses mails disse preços de botas que eu fui perguntando,umas 350 euros,acho um absurdo!Descartei logo essas!Até que ele falou nisto: enquanto que as castanhas como são um modelo mais “standarizado” custariam por volta dos 150,00€(tudo isto caso as mesmas não sejam feitas por molde de gesso como falamos via telefone).Fiquei contente,finalmente um preço mais parecido com o que eu gastava nas minhas botas,por volta dos 150 euros,se for até 200 euros,não ficam muito caras.Eu disse ao senhor Francisco ao telefone que nunca paguei 200 euros por umas botas e nunca precisei dos tais moldes de gesso.Podia escolher a cor,tecido,tinha finalmente encontrado umas botas que até já tinha tido umas iguais,demoravam 3 a 4 semanas a serem feitas,já sabia mais ou menos o preço,porque o valor certo,só no dia da avaliação/tiragem de medidas,é que iria saber.Marquei um dia para ir à clinica,dia 30 Junho às 11H.Tive que pedir ao meu cunhado e irmã que é enfermeira, que fossem comigo e com o meu marido.É uma grande viagem para eu ir a conduzir e o marido não conduz mas acompanha-me sempre.Quando lá chegamos,não era bem o que esperávamos.Começou logo mal,porque a senhora que estava atender,não era muito simpática,começou a dizer que já ia atrasada porque a consulta era às 10h,respondi que não e que tinha no mail a marcação,que fosse confirmar no mail ou com o senhor Francisco.Lá confirmaram e esperamos.Eu desde que entrei na clinica identifiquei-me Alexandra da Covilhã.Ninguém se identificou.Era uma loja pequena.O meu cunhado e o meu marido foram estacionar o carro e ficaram à porta.Ao fim de não sei quanto tempo,fui chamada para ir avaliação com o técnico.A avaliação era no andar de baixo,sem elevador,umas escadas muito inclinadas,para quem tem deficiências,que é o meu caso,custa a descer.Uma clinica Ortopédica sem condições para pessoas com deficiência.O senhor que nos acompanhou ao técnico não se identificou,perguntou se era a primeira vez e que vinhamos de longe.Ficamos numa sala à espera do técnico.Lá aparece o técnico que também não se identificou,perguntei se era o senhor Francisco disse que não.O senhor Francisco anda lá para cima.Lá começamos avaliação,no inicio o Senhor não parecia muito simpático,mas digo já que foi o mais simpático,educado,compreensivo,sensível com a minha situação.Não sei o nome dele,mas Obrigada.Também perguntei a este senhor se o valor das botas eram os 150 euros,em principio sim.Terminada avaliação,indicou-nos uma saída para não ter que subir escadas.Entramos na clinica outra vez,pergunto o que é preciso e a mesma senhora que não era simpática,diz que não sabe...O técnico é que nos disse para virmos aqui.Lá foi perguntar e esperamos.Ao fim de mais não sei quanto tempo à espera,vem outra senhora com o orçamento.Então o valor das botas era de 400 e não sei quantos euros,porque sinceramente nem ouvi mais nada,fiquei nos 400...Eu disse que devia haver um engano,respondendo que não havia engano nenhum.Não foi esse valor que foi falado,perguntei se o senhor Francisco estava,pode chamá-lo.O senhor Francisco lá apareceu,confirmou o valor.Não foi isto que falamos. Eu é que não percebi,leio mal e oiço mal,segundo a opinião deles.Ao fim de trocarmos 27 mails,2 chamadas,penso que não percebi mal.O Senhor Francisco teve muito tempo para me dizer que o minimo era os 150 euros,mas devia ter dito o máximo que as botas poderiam custar.Esqueceu-se ou foi de proposito,se precisa delas,ao fim de virem e da avaliação feita,não vai dizer que não quer as botas.Enganou-se.Claro que já não quis as botas,falto ao trabalho eu e o marido,descontam-nos o subsidio de alimentação aos 2,vamos da Covilhã para Parede,gastar combustível,portagens,alimentação.Qualquer um se enervava!O outro senhor que nos acompanhou ao técnico, começa a ser muito desagradável e mal educado.Eu nem sabia quem ele era e pedi-lhe que não se metesse na conversa,visto que eu só tinha falado com o senhor Francisco.Ele admitiu que não leu os mails mas de certeza que fui eu que percebi mal.Então se não leu, não se meta.Disse que era um dos donos, nunca se identificou como tal.Ele gritava,insultou-me,chegou a sair de traz do balcão na minha direção,só não chegou a mim porque o seguraram.O senhor Francisco penso que é dono da clinica também,assistiu aquilo tudo e nunca disse nada,nem acabou com aquela falta de educação.Sempre ouvi dizer que o cliente tem sempre razão,naquela clinica não.Os 2 donos,têm idade para serem meus filhos.Cheguei a ter medo,nunca ninguém me faltou ao respeito como aquele senhor.Se estivesse na minha terra,tinha chamado a policia e apresentava queixa na policia.Não o fiz por medo,estava num sitio estranho.Só queria sair dali o mais rápido possível.Ninguém merece ser tratado assim, muito menos uma pessoa com deficiência.

Mensagens (4)

Centro Ortopédico da Parede

Para: A. M.

04/09/2023

DATA NOT AVAILABLE

Centro Ortopédico da Parede

Para: A. M.

04/09/2023

Exma. Sra.,Relativamente à reclamação em causa, gostaria inicialmente de referir que em momento algum lhe foi dado um orçamento por mim ou por qualquer outro colaborador do Centro Ortopédico da Parede, em relação à prestação de serviço que a senhora reclama e tendo isso em conta, em momento algum podemos oferecer-lhe a compensação que procura e/ou o valor do calçado que reclama.Passamos a justificar e clarificar a situação, já que em loja em todos os momentos se recusou sequer em ouvir a mesma dizendo que 'não queria saber de nada ou sequer ouvir/olhar para mim ou para a minha cara', palavras suas sem que eu lhe tenha por um segundo faltado ao respeito ou recusado ouvir o que tinha para dizer.'A primeira vez que falei com a clinica foi através do telefone, falei com o Senhor Francisco. Contei-lhe o que precisava e porque estava a contacta-lo. Ele disse que sabia o que eu necessitava e que faziam as botas. Falei 2 vezes ao telefone com ele, dia 25 e 26 Maio.' - Fazíamos e fazemos. De qualquer modo durante as chamadas telefónicas que foram efetuadas onde falámos mais de 25 minutos disse e repeti por diversas vezes que o valor do calçado variava desde os 60,00Eur (calçado de prateleira) até aos 900,00Eur (calçado feito por molde de gesso) e que tinha de ser sempre avaliado pelo técnico presencialmente e que sem essa avaliação não lhe poderia garantir qualquer tipo de valor. O valor do calçado que reclama (150,00Eur) como lhe disse no e-mail que apresentou são um modelo mais standarizado. Em nada se adequa com as necessidades do seu pé, informação esta que só lhe posso confirmar desde o dia que efetuou a avaliação. O modelo de sapatos que lhe apresentei com aquele valor continua a existir, apenas não dá para si e para as necessidades que o seu pé apresenta (conclusão que foi retirada após fazer a avaliação), não é nossa prática no Centro Ortopédico da Parede vender calçado ao utente que nunca irá conseguir utilizar.'A avaliação era no andar de baixo, sem elevador, umas escadas muito inclinadas, para quem tem deficiencias, que é o meu caso, custa a descer' - Como mencionou mais à frente, por diversas vezes lhe foi dada a opção de ir à volta pela nossa rampa por onde costumam entrar todos os utentes amputados muitas vezes sem um ou mais membros.Em momento algum procurámos forçá-la a fazer a viagem para garantir que faria as botas. Se em algum momento eu lhe pudesse garantir que faríamos as botas àquele valor, algo que mencionei várias vezes que não lhe poderia dar qualquer garantia sem a avaliação do técnico, teria enviado um orçamento como fazemos com todos os outros utentes com quem trabalhamos diariamente à mais de 25 anos.Para terminar gostaria apenas de mencionar, que como bem sabe, foi um funcionário do estabelecimento que mencionou a chamada da polícia quando faltou repetidamente ao respeito a todos os funcionários presentes nesta discussão e se recusou por diversas vezes em sair das nossas instalações quando o mesmo lhe foi requisitado. No Centro Ortopédico da Parede todos os clientes com quem trabalhamos de norte a sul do país (ilhas inclusive) são tratados de igual forma, quer tenham ou não qualquer deficiencia motora ou mental. E os únicos clientes que tem sempre razão, são aqueles que o demonstram através de argumentos fundamentados e válidos enquanto respeitam, tal como nós, todos os intervenientes durante as interações que tem connosco.Esperamos ter sido esclarecedores com V.Exas., estando ao dispor para responder a qualquer outra questão que o reclamante tenha.Melhores Cumprimentos,Francisco QuintinoCentro Ortopédico da Parede.

A. M.

Para: Centro Ortopédico da Parede

04/09/2023

DATA NOT AVAILABLE

A. M.

Para: Centro Ortopédico da Parede

04/09/2023

Conforme conseguem perceber pela minha exposição, não pedi valor nenhum de botas.Nunca disse que não queria ouvir ninguém, se não, não tinha chamado o Sr. Francisco.Depois de o Sr. Francisco ter explicado só queria vir embora, só lá estive o tempo necessário até me passarem a justificação para entregar no trabalho. O Senhor que disse que era "dono" é que não se calava.Em nenhuma das 2 chamadas, nem por email foi falado esse valor de 900€!Se não, não tinha havido mais conversa, nem por telefone, nem tinha havido troca de 25 mails, nem mais uma chamada, muito menos a ida à loja. Eu falei que não dava mais de 200€ pelas botas. Se não houvesse maldade, o Sr. Francisco dizia o valor das botas, pode ir de 150€ ( como foi referido no email) até 900€ (que nunca foi referido ao telefone e por email) , nunca disse. Enviei as fotos das botas e nunca precisei de moldes de gesso. Pensei que sabiam o que estavam a fazer. Se não sabiam falavam com o técnico que está habituado a estas situações. No que diz respeito às escadas, só o técnico me falou que havia uma saída para a rua onde não havia escadas, falou nisto no final da avaliação. O "dono" ficou à espera que eu descesse as escadas. Nunca referiu que havia uma entrada na parte de baixo da loja. Nem ele nem ninguém. Só o técnico falou e indicou o caminho. Foi o único que foi educado. Pensei em chamar a polícia, enquanto aquela situação toda acontecia. E quando saímos de lá, falei nisso com os meus familiares. Mas como referi na minha exposição, tive medo por estar num sitio estranho. E depois daquela situação toda só queria sair dali o mais rápido possível. Não sai mais depressa por causa da justificação, o "dono" não parava de falar e a funcionária deixava de escrever, para lhe agarrar no braço, quando ele estava "mais entusiasmado". Os clientes não são todos iguais. E quem tem uma porta aberta ao público, tem que ser educado e adaptar-se a cada cliente. Acredito, pela resposta que o centro ortopédico me deu, conseguem imaginar o que passei naquele dia, medo, falta de educação, humilhação... Peço um pedido de desculpa e que me paguem o que gastei na deslocação. Alexandra Mota.


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