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Revista pública e ilegal feita pela segurança privada

Resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

J. M.

Para: Auchan Portugal Hipermercados, S.A.

17/08/2019

No dia 14 de Agosto do presente ano, dirigi-me à loja Jumbo na Maia, algo que faço quase diariamente. Ao entrar na área do hipermercado os portais acionaram um alarme, algo que já me tinha acontecido nos dias anteriores mas que me foi dito poder ser provocado pelos bilhetes Andante. Apesar dos alarmes terem tocado nos dois dias anteriores, na saída com compras eu conversei com a funcionária que me alertou educadamente acerca de certas etiquetas de roupa e do Andante. Assim sendo, para não me ver em situações embaraçosas, eu cortei etiquetas e deixei o Andante no meu carro. No entanto, no dia de hoje - 14/08/2019 - assim que entrei o alarme voltou a tocar mas eu continuei o meu percurso, fiz umas compras e tomei um café. À saída, após pagar as compras nas caixas automáticas, os portais accionaram o alarme novamente. Desta vez a funcionária de serviço chamou dois seguranças que me conduziram a uma zona que ladeia a entrada principal do hipermercado, sem qualquer tipo de privacidade, e começaram a pedir que fosse tirando os objectos pessoais que trazia numa bolsa a tiracolo. Ou seja, ladeado por dois seguranças, na maior entrada do supermercado por onde quase toda a gente entra, numa hora de bastante movimento, fui delicadamente forçado a colocar à vista de todos, os meus objectos pessoais ao mesmo tempo que era tratado como um suspeito de ter roubado. Quem passasse e visse a cena não poderia deixar de pensar outra coisa. Isto é um ataque grosseiro à dignidade de uma pessoa e é um acto ilegal pois os seguranças internos não podem revistar uma pessoa publicamente, sem razão aparente ou suspeita de ilegalidade, humilhando-a, deixando-a numa situação de impotência perante um acto que põe em causa a imagem e o bom-nome de quem nele se vê envolvido.Fiquei profundamente ofendido com o que me foi feito e tudo farei ao meu alcance para levar esta situação ao conhecimento das entidades competentes nestas áreas. Ninguém põe em causa a minha integridade moral! Esta queixa vai encontrar o caminho para os sítios certos. Este tipo de conduta por parte da segurança interna do hipermercado não tem qualquer tipo de respeito pelos clientes. Se têm prazer em ver o que outros trazem nos bolsos ou bolsas ou malas, então criem uma sala apropriada para o efeito ou criem um canal no YouTube para fetichistas de bolsas.Após a revista e de tudo que era objecto pessoal ter ficado espalhado em cima de uma pequena mesa, ficou decidido pelos dois seguranças que deveria ser um selo de segurança dentro do forro da bolsa e que nunca foi encontrado. O segurança passou um aparelho e disse-me que estaria desactivado. Mandaram-me à minha vida e ponto final.Nem um Desculpe!, nem um Estas coisas acontecem! Tenha lá paciência!. O que se passa com as pessoas hoje em dia? Já não há respeito pela dignidade de uma pessoa e ainda para mais de um cliente que lá vai há 9 anos? Mas mesmo que não fosse! Qualquer pessoa tem o direito ao respeito pela sua privacidade, integridade e bom-nome. É importante dizer que, apesar de ter ido a várias lojas com sistemas de alarme nestes mesmos dias, em nenhuma delas o alarme foi accionado.Se alguém envolvido na situação contestar o que eu acabei de escrever aqui, eu vou exigir que as gravações das câmaras de vigilância me sejam disponibilizadas. Eu não vou admitir mais nenhum ataque à minha dignidade e à minha imagem pessoal. O Jumbo preocupa-se imenso com a sua imagem pública mas a minha imagem vale tanto como a desta empresa, assim como a de todos os clientes que por lá passam e não pode estar sujeita a situações humilhantes como esta que acabei de viver.E é necessário reflectir sobre as metodologias da segurança privada nestes hipermercados. Eu não coloco em causa a legitimidade da empresa em proteger os seus bens mas tenho sérios problemas com a forma como o fazem. Até onde pode ir a segurança privada neste tipo de situações? Onde acaba a função da segurança privada e começa a privacidade e o direito à boa imagem e ao bom-nome do cliente? Se a Polícia pode revistar alguém apenas com um mandado de um juíz ou se existirem fortes evidências da prática de crime, então até onde pode ir a segurança privada? Um segurança privado pode estar num hipermercado com a mesma atitude com que se está numa discoteca, num campo de futebol ou num concerto de música? Estas perguntas precisam de ser respondidas.Termino a dizer que não há maus exércitos, o que há é maus generais. Se os funcionários se portam assim é porque a autorização vem de cima, da Gerência, todos muito doutos, muito orgulhosos da gaita-de-foles que engoliram. Os italianos têm um ditado: O peixe apodrece sempre da cabeça para baixo.Muito Obrigado!Joaquim Veiga

Mensagens (1)

J. M.

Para: Auchan Portugal Hipermercados, S.A.

21/08/2019

Hoje, dia 21 de Agosto de 2019, recebi um telefonema da Auchan Portugal pedindo-me desculpa pelo sucedido. Foi uma conversa honesta, feita com boa-fé e respeito pela má experiência a que fui sujeito. Agradeço ao grupo Auchan a rapidez com que me contactaram e a hombridade que tiveram na resolução desta situação.Muito Obrigado!Joaquim Martins


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