Exmos. Senhores,
Venho por este meio informar que, a partir do dia 15 de maio de 2025, estarei a mudar de residência. Com o intuito de encerrar os contratos relacionados ao imóvel onde atualmente resido, acedi ao site da SIMAS para verificar qual seria o procedimento mais adequado para rescindir o contrato de fornecimento de água.
No vosso portal, encontrei a opção de preencher um formulário online para solicitar o cancelamento do contrato. No entanto, em momento algum foi indicado qual seria o prazo mais apropriado para o envio deste formulário, tendo em consideração a data prevista para a desocupação do imóvel.
Durante o preenchimento do referido formulário, foi-me solicitada a “data prevista para a desocupação do imóvel”, campo no qual inseri corretamente o dia 15/05/2025. Apesar disso, a água foi cortada no dia 19/04/2025, ou seja, quase um mês antes da data indicada e sem qualquer aviso prévio.
Ao contactar o apoio ao cliente, além de não obter uma solução para o problema, fui atendida com extrema falta de cordialidade. A colaboradora informou-me que, ao submeter o formulário, o contrato é automaticamente considerado rescindido, independentemente da data indicada. Essa informação, no entanto, não consta em nenhuma parte do site, o que considero uma falha grave de comunicação. Presumivelmente, se existe um campo para indicar a data de saída, seria lógico que o desligamento do serviço ocorresse nessa data, e não antes.
Adicionalmente, gostaria de manifestar a minha preocupação em relação à falta de segurança no vosso sistema. O contrato em questão está em nome do meu pai, e mesmo assim consegui proceder à rescisão sem qualquer procuração ou assinatura por parte do titular do contrato. Não foi enviado qualquer pedido de confirmação ao contratante, o que abre margem para que terceiros cancelem contratos sem o consentimento do titular, algo bastante preocupante.
Também me foi informado pela mesma colaboradora que, para efetuar o desligamento da água, o técnico responsável deveria recolher a assinatura do cliente no momento da visita. No entanto, tal não aconteceu. A água foi simplesmente cortada, sem qualquer tipo de validação ou consentimento do titular, nem da moradora do apartamento (eu).
Em suma, identifico aqui diversas falhas por parte da SIMAS:
• Ausência de informações claras no site e no formulário;
• Fragilidades no processo de segurança e validação de identidade do solicitante;
• Deficiências no atendimento ao cliente;
• Procedimentos pouco transparentes e mal comunicados.
• Entre outros.....
Diante deste cenário, a única alternativa que me foi apresentada seria a reativação do contrato, o que não é viável, considerando que:
1. O contrato está em nome do meu pai, que já não reside em Portugal;
2. Mesmo com uma procuração, a reativação levaria no mínimo uma semana.
Gostaria, portanto, de saber o que a SIMAS propõe como solução para esta situação, considerando que estarei privada de um bem essencial como a água . Não existe outra alternativa senão deslocar-me para um hotel – e questiono quem assumirá essa despesa, causada por uma falha no vosso processo.
Aguardo um posicionamento e uma resolução urgente para este caso.
Cumprimentos.