Proc nº 062/17 DAIQuebra de Sigilo Bancário(reclamações nº 01917003384, 01918008241 e 01818008397)Venho por este meio expor a seguinte situação:Eu a 17 de Fevereiro de 2017 dirigi-me ao balcão da CGD Monte dos Burgos a pedir que me fosse realizada uma auditoria à minha conta, por suspeita de terem acedido a mesma sem meu consentimento.Tudo isto veio no desenrolar de um processo de violência doméstica: a 31 de Agosto de 2016 abandonei o meu domicílio da altura (Odemira), com os meus dois filhos e vim para a casa dos meus pais na Senhora da Hora – Matosinhos. No dia seguinte apresentei queixa na PSP. Quando vim, encontrava-me numa situação de particular fragilidade (violência doméstica psicológica desde a gravidez – de gémeos – até à data), o meu ex-companheiro tinha ameaçada a minha vida e a dos nossos filhos no dia anterior. O medo era tanto que nesses primeiros dias nem ficamos na casa dos meus pais, fomos para casa de familiares que o meu ex-companheiro não conhecia. Tive todos os cuidados para não ser localizada: encerrei todas e quaisquer contas de redes sociais que pudesse ter, cancelei cartão crédito e conta de Novo Banco que era em conjunto. Só fiquei com a conta da CGD da qual era a única titular e conta que já tinha há mais de 30 anos.Processo de violência doméstica à parte, fui tentando reconstruir a minha vida e reerguer-me. Em Fevereiro falei com amigas que deixei em Odemira, que já não falava desde que vim, e qual é o meu espanto quando uma me diz para ter cuidado com a minha conta pois “eles” (ex-companheiro e família) sabiam onde anda a gastar dinheiro, quanto recebia da Segurança Social do Abono dos miúdos e até sabiam que andava no ginásio Solinca. Fiquei atónita com a descoberta. Para mim não havia duvida que tinham acedido a minha conta (e até sei quem foi – só não posso provar). Foi nesse dia que elaborei o documento entregue a 17/02/2017 no CGD. A CGD esteve um ano a enrolar entre cartas e telefonemas realizados por uma Dr.ª Débora que dava a entender que já tinham confirmado a minha suspeita, mas “são processos morosos, com muitas diligências por isso ainda não temos resposta”. Aguardei mas como a resposta era sempre a mesma fiz nova reclamação no Balcão a 27 de Abril 2018. A 30 de Abril de 2018, e porque não gostei da postura do gerente aquando da minha segunda reclamação, fui novamente a CGD e pedi o Livro de Reclamações e fiz nova reclamação.O Departamento de Auditoria Interna da CGD respondeu-me finalmente a 23-05-2018 e apuraram ter havido consultas à minha conta de qual sou a única titular, sem terem encontrado explicação para tais acessos e informaram-me que foram tomadas providências no sentido de evitar repetição de situações idênticas.Como lesada gostaria de saber onde e quem acedeu à minha conta sem a minha autorização, quais foram as providencias tomadas e as sanções impostas ao infrator em relação ao Crime de Quebra de Sigilo Bancário (muito mais sendo para saber a minha localização num processo de violência doméstica que estava a decorrer).Devido a todo o sofrimento, dor e medo que me fizeram sentir por mim e pelos meus filhos quero saber se acham mesmo que um pedimos desculpas e uma palmadinha nas costas é forma de terminarem este processo??Como lesada tenho e quero saber o desfecho deste processo passo a passo e quero se ressarcida por todos os danos morais e psicológicos a que fui sujeita.Aguardo uma resposta V/,AtentamenteRaquel Pereira