Em novembro de 2015 adquirimos uma viatura usada no stand Ângulo de Ignição, em Estarreja. No ato da compra, o stand deu-nos uma garantia, válida por um ano a contar do momento da compra, que assegurava qualquer avaria mecânica ou da componente elétrica. Desde a aquisição da viatura, tudo corria bem, sempre fomos cuidadosos com o carro verificando constantemente a pressão do óleo, da água, entre outros. A dada altura por considerarmos que o nível do óleo estaria um pouco baixo, acrescentamos óleo de marca e recomendado pelo fabricante. Como pode perceber nunca fomos negligentes em relação ao veículo. Há cerca de um mês a luz do óleo começou a piscar. Dirigimo-nos a uma oficina Bosh Car Service, tal como no stand nos tinham dito, e informamos do nosso problema, verificamos o nível do óleo e tudo estava normal, não existia vestígios de qualquer fuga de óleo e fomos informados de que poderia ser o sensor que estivesse avariado. Aconselharam-nos a seguir viagem, pois normalmente as garantias deste género não cobrem avarias que não obriguem à imobilização da viatura, ou seja, a viatura deve chegar à oficina por meio de reboque. Nesse mesmo dia, saímos da oficina, andamos alguns quilómetros ainda sem sair da cidade, acendeu no painel de instrumentos a luz do mecânico e ouvimos um barulho esquisito. Encostamos o carro de imediato, pedimos para chamar o reboque e aí enviamos novamente o carro para oficina, deste vez já em cima do reboque, muito embora o carro estivesse a trabalhar e continuasse a andar. Ainda assim, preferimos não ser negligentes e chamar o reboque. Mais tarde tomamos consciência de que se não o tivéssemos feito os prejuízos podiam ter atingido as peças do motor, incluindo o motor podia ter agarrado por falta de lubrificação. Felizmente, não fomos negligentes. Preenchemos o cupão da garantia, acreditados que nos fosse útil e na oficina trataram de enviar e comunicar com a empresa. Entretanto, solicitamos veículo de substituição por meio do seguro para podermos voltar para casa, caso contrário não teríamos outro meio de regresso a casa. A verdade é que depois de vários contatos por nossa parte e por parte da oficina, passaram-se duas semanas sem obter qualquer resposta, entretanto continuavamos sem carro, vendo-nos obrigados a pedir carro à família, alternando de carro em carro pois eles também precisavam da sua viatura. Chegamos ainda a pedir carro de substituição do seguro a que tivemos direito cinco dias (tempo que teria sido mais que suficiente para efetuar a reparação) e tivemos que devolver o carro ainda sem ter o nosso pronto. Após vários contatos, a empresa deu ordem para desmontar o carro e verificar efetivamente a dimensão dos estragos. Assim foi feito, a oficina procedeu conforme a empresa deu ordem, foi verificada a avaria e enviado o orçamento. Mais vários dias passados e obtivemos então a resposta que a avaria não seria coberta pela garantia alegadamente por negligência: avarias que surjam depois de circular com os indicadores de pressão de óleo e avaria no caso de não ter sido respeitada a manutenção periódica do veículo. Contra estes dois argumentos tenho a dizer em minha defesa: 1° Assim que a luz do óleo começou a piscar, lembro que nunca foi uma luz constante e que não piscava sempre que o carro trabalhava, dirigimo-nos à oficina como já expliquei. 2°Passaram apenas meros quilómetros da suposta manutenção periódica, que não fizemos porque acrescentamos óleo indicado e teria obrigação de fazer, no mínimo mais 2000km. Ainda assim, a peritagem pode confirmar que nada teve a ver com filtros, e confirma a oficina que o óleo que lhe metemos, por ser de qualidade não permitiu que o motor ficasse sem lubrificação. A empresa tinha, no mínimo por respeito ao cliente, a obrigação de uma resposta rápida. Estes argumentos que alegam em defesa já eram conhecidos na primeira análise, logo que foi contatada a empresa, então no máximo em dois ou três dias podiam fazer a comunicação de que a garantia não cobria a avaria. Estivemos três semanas sem o carro, nunca nos ofereceram carro de substituição (e sim tinhamos direito: imobilização do veículo mais que 24h e 5h para reparação após ordem de desmontagem), e até o reboque chamamos do seguro. Nunca se preocuparam se tinhamos meios para trabalhar nem sequer no próprio dia para voltar a casa, como clientes não tivemos qualquer apoio da parte deles. Concluindo, deram ordem de desmontagem, a oficina cobrou 6h de mão de obra e agora, nós clientes é que a vamos pagar.