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Oficina incompetente

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

R. J.

Para: Santogal

20/10/2025

Em julho de 2025, levei o Volvo V60 à Santogal Volvo de Loures para resolver um problema simples — o ar condicionado tinha deixado de funcionar corretamente. Era uma avaria desconfortável, mas nada de grave. Entreguei o carro confiando plenamente que, sendo um concessionário oficial Volvo, estaria em boas mãos. O que eu não imaginava é que, a partir desse dia, a oficina da Santogal iria transformar um problema menor num pesadelo que dura até hoje, deixando o carro em pior estado do que quando entrou e, pior ainda, sem qualquer assunção de responsabilidade da parte deles. Disseram-me que o problema estava no compressor do ar condicionado e que bastava substituí-lo para tudo ficar resolvido. Pareceu-me uma explicação lógica, e autorizei o serviço. Paguei o valor pedido, 2771,73€, confiante de que estava a lidar com técnicos competentes e que o carro sairia dali em perfeitas condições, como seria de esperar de uma oficina Volvo. Depois de alguns dias, ligaram-me a dizer que o carro estava pronto. Quando cheguei, fui recebido pela chefe de oficina, que me disse literalmente: “Está pronto a circular.” Foi com essa frase que me entregou o carro, dando-me a entender que o problema estava completamente resolvido. Cerca de cinco minutos depois de sair da Santogal, o painel de instrumentos acendeu um erro vermelho grave — um aviso de alta tensão, acompanhado da instrução para imobilizar o veículo de imediato. Um erro que nunca tinha aparecido antes e que, segundo o próprio sistema, podia indicar risco elétrico sério. Imediatamente parei o carro e entrei em contacto com a oficina, ainda incrédulo com o que estava a acontecer. O que se seguiu foi um misto de desorganização, contradições e desculpas vagas. Não assumiram em momento algum que algo pudesse ter corrido mal durante a reparação. A verdade é que o carro, a partir desse momento, deixou de funcionar como deve ser: deixou de carregar em casa e nas estações públicas, passou a gastar muito mais combustível, perdeu completamente o modo elétrico e híbrido, e apresentava constantemente a mensagem de imobilização ativa. O carro, que antes funcionava perfeitamente em termos elétricos, saiu de lá transformado num veículo inseguro, ineficiente e cheio de erros graves. Voltei de imediato à oficina, que momentos antes me tinha garantido que o carro estava “pronto a circular”, passou a dizer que “não sabia ao certo se o erro estava relacionado com o compressor” e que a substituição “poderia ter resolvido ou não” — o que demonstra que, afinal, o diagnóstico inicial era uma tentativa, não uma certeza. Mais tarde, quando questionei o superior hierárquico, chefe de centro —, este afirmou categoricamente que “o erro já existia antes”. Uma afirmação completamente falsa, contraditória com o que a própria chefe de oficina tinha dito, e que demonstra uma total falta de rigor e coerência entre os próprios responsáveis da Santogal. Ao longo das semanas seguintes, o carro foi ficando retido várias vezes na oficina. Chegaram a dizer-me que estavam “em contacto com o departamento técnico da Volvo”, mas o tempo passava e não havia qualquer solução concreta. O diagnóstico andava em círculos, sempre com promessas de que “iam testar mais umas coisas”, “iam ver com a marca”, ou “iam atualizar o software”. No final, nada. O carro continuava com os mesmos erros graves e eu, sem carro para me deslocar, a arcar com os prejuízos e o stress de lidar com uma oficina que claramente não sabia o que estava a fazer — ou, pior ainda, não queria assumir o que tinha feito de mal. Durante este processo, surgiram ainda mais situações revoltantes. Na última entrega o carro veio com a bateria de 12V quase descarregada. Quando confrontei a oficina, disseram-me, com total leviandade, que “bastava andar com o carro que a bateria carregava”. Isto, quando o carro apresentava alertas graves de imobilização elétrica e não devia sequer circular nessas condições. Foi uma instrução irresponsável e perigosa, que demonstrou total falta de conhecimento técnico e cuidado com a segurança do cliente. Mais tarde, reparei também que as peles do volante estavam danificadas — algo que não existia antes. Questionei a oficina, e a resposta foi uma desculpa absurda: disseram que devia ser “devido a fatores ambientais”. É difícil descrever o nível de desrespeito que senti nesse momento. Um carro entregue impecável, devolvido com danos visíveis, e ainda tentam culpar o ambiente, como se o carro tivesse envelhecido dez anos parado na oficina. O que mais me indignou foi a forma como a Santogal se demitiu de qualquer responsabilidade. Em momento algum admitiram que algo pudesse ter corrido mal na reparação. Nem sequer mostraram preocupação genuína em resolver o problema. Tudo o que faziam era passar o assunto de um lado para o outro, como se o cliente fosse um incómodo e não uma prioridade. Ao longo de mais de dois meses, vivi um verdadeiro calvário. O carro esteve parado mais tempo do que em utilização, perdi tempo, dinheiro e paciência. Fiquei privado da minha mobilidade, com prejuízos evidentes e uma sensação constante de impotência perante a arrogância e o desprezo com que fui tratado. Cada visita à oficina era uma repetição da mesma história: promessas vagas, ausência de respostas e uma falta gritante de responsabilidade. É revoltante pensar que uma marca que se apresenta como símbolo de segurança e confiança permite que o seu concessionário entregue um carro em condições perigosas, sem sequer verificar se está seguro para circular. A oficina falhou em tudo: falhou no diagnóstico, falhou na execução, falhou na comunicação e falhou na honestidade. E o mais grave de tudo é que, mesmo perante provas claras de que o problema surgiu após a intervenção deles, recusam-se a assumir o erro e corrigir o que estragaram. Não se trata apenas de um carro, trata-se de confiança. Eu confiei na Santogal por ser um representante oficial da Volvo. Confiei que iam tratar do carro com o mesmo rigor com que a marca se promove. Em vez disso, recebi desculpas, contradições e um veículo em pior estado. Ainda hoje, continuo à espera de uma solução definitiva.

Mensagens (2)

Santogal

Para: R. J.

23/10/2025

Boa Tarde, Após contacto com o concessionário, temos indicação que o mesmo já entrou em contacto direto via email com o cliente, de forma a prestar todos os esclarecimentos relativos à situação reportada. Obrigada Cumprimentos Carmo Gama Depto. Marketing Tel. 21 043 05 83 www.santogal.pt www.facebook.com/santogal www.instagram.com/santogal_omundoautomovel/ Geral Renault e Dacia marketing1.ch@santogal.pt escreveu (terça, 21/10/2025 à(s) 09:34):

R. J.

Para: Santogal

27/10/2025

O problema mantém-se! A resposta apresentada pela Santogal é, no mínimo, enganadora e revela uma tentativa clara de manipular os factos. Desde logo, é completamente falso que eu tenha sido informado de qualquer erro no sistema híbrido “durante os testes de estrada”. O veículo foi-me entregue pela chefe de oficina, que afirmou expressamente que estava pronto a circular. Apenas cinco minutos depois de sair da Santogal, surgiu o erro vermelho de alta tensão, instruindo a paragem imediata do carro ,situação que nunca tinha ocorrido antes da intervenção. Mais grave ainda, a própria oficina reconheceu posteriormente, por escrito, que já tinha detetado esse mesmo erro antes da entrega, mas optou por ignorá-lo porque “tinha desaparecido momentaneamente”. Portanto, não só sabiam que havia um problema grave, como decidiram entregar o carro ao cliente na mesma, o que é tecnicamente inaceitável e coloca em risco a segurança do condutor. O email agora enviado tenta também dar a entender que “nada faria prever outros componentes afetados”, quando a própria Santogal admitiu, em mensagens anteriores, que o compressor faz parte do sistema de Alta Tensão, precisamente o sistema que ficou inutilizado após a substituição. É uma contradição evidente: se o compressor integra o circuito de alta tensão, e se a avaria surgiu logo após a intervenção nesse circuito, não há como negar a ligação direta entre o serviço prestado e o problema atual. Além disso, a alegação de que “o diagnóstico foi acompanhado pela Volvo Cars Portugal” não altera o essencial: a Santogal fez uma reparação dispendiosa, entregou um carro com uma mais grave, e agora tenta passar a ideia de que se trata de um “acaso técnico”. Isto não é profissionalismo, é irresponsabilidade. Fui hoje novamente à oficina e a situação agravou-se ainda mais. Fui informado de que “a Santogal assume responsabilidade, mas isso não quer dizer que vá reparar o compressor”. Esta afirmação é absurda e demonstra total falta de ética e respeito pelo cliente. Admitir responsabilidade e, ao mesmo tempo, recusar-se a resolver o problema é o cúmulo da incoerência. O carro continua com o mesmo problema ,não carrega, não opera em modo elétrico e permanece em estado de erro crítico, e a Santogal nada fez para resolver a situação. O caso mantém-se sem solução, e esta resposta da empresa apenas confirma a tentativa de se desresponsabilizar perante um erro técnico evidente, reconhecido pela própria oficina nas comunicações trocadas. Perante esta postura, não restam dúvidas: a Santogal falhou, tentou esconder o erro, e agora distorce os factos tentando afastar-se da responsabilidade.


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