Exmos. Senhores
No dia 18 de agosto de 2025 deixei a minha viatura na oficina, TOP CAR - Hemoauto II (Montemor-o-Velhor), para obtenção de um orçamento, com prazo de duas semanas. Esse prazo terminou sem qualquer contacto da oficina. Após várias tentativas de obter informações por telefone e até deslocação ao local, as respostas foram sempre desculpas como falta de tempo, funcionários de férias ou em licença. Inclusive, o responsável da oficina afirmou que nem sequer sabia o que era para fazer na viatura. Perante tal situação, voltámos a informar dos problemas previamente identificados e ficou reagendada nova data (sensivelmente mais duas semanas - 15 de Setembro de 2025), que igualmente não foi cumprida.
Ficou assim evidente um total incumprimento dos prazos acordados, ausência de transparência e falta de respeito pelo cliente. A situação agravou-se quando, numa chamada telefónica a 15 de setembro de 2025, fui tratada de forma ofensiva e humilhante pelo próprio proprietário, que utilizou expressões de teor equivalente a: “Se quiser tire a m*rda da viatura daqui e meta-a noutro sítio, não somos obrigados a aceitar serviço nenhum” e “Está a falar com o dono desta m*rda, ainda quem manda nesta m*rda toda sou eu”.
No dia seguinte, 16 de Setembro de 2025, ao deslocar-me à oficina para levantar o carro e apresentar a reclamação, fui pressionada a redigir a reclamação de forma apressada, sob a alegação de que a oficina fechava às 18h30 e que a senhora do escritório tinha de ir buscar o filho à escola, quando tanto no local como online consta claramente que o horário de fecho é às 19h. Ainda assim, mostrei compreensão e disponibilizei-me para regressar noutro dia.
No dia 18 de setembro de 2025, regressei para formalizar a reclamação. Demoraram entre 20 a 30 minutos para disponibilizar o Livro de Reclamações, alegando não ter acesso ao escritório e que a responsável não estava presente. Pouco tempo depois surgiu a senhora do escritório, exigindo o pagamento de uma fatura de lavagem do motor. Essa fatura nunca nos tinha sido apresentada nem entregue aquando do levantamento da viatura e, inclusive, questionámos previamente o responsável da oficina sobre eventuais custos, tendo sido claramente informada de que não havia nada a pagar. Perante a recusa de liquidar uma cobrança abusiva, sem qualquer comunicação prévia, fomos informados de que a fatura seria enviada por carta para a minha morada.
Apesar de termos chegado com antecedência à oficina para formalizar a reclamação, dentro do horário de funcionamento, a oficina voltou a tentar forçar-nos a despachar rapidamente o assunto, sob a mesma justificação de que encerravam às 18h30. Importa frisar que tal atraso não se deveu a nós, mas sim ao tempo que a própria oficina demorou a disponibilizar o Livro de Reclamações.
Durante todo este processo, a senhora do escritório, que se apresentou também ela como proprietária, manteve uma postura desrespeitosa, insinuando aspetos da nossa vida pessoal e dos próprios funcionários, culpabilizando-nos injustamente e sistematicamente, elevando o tom de voz de forma agressiva e intimidatória.
Este conjunto de situações traduz-se em incumprimento sistemático de prazos, cobranças abusivas, falta de profissionalismo e conduta ofensiva, configurando um claro e grave desrespeito pelos direitos do consumidor. Exijo uma resposta formal por parte da oficina, a adoção imediata de medidas corretivas e a intervenção das entidades competentes para averiguação e atuação perante este comportamento abusivo, desorganizado e ofensivo, que em nada se coaduna com um serviço digno e responsável.
Com os melhores cumprimentos.