Venho, por este meio, comunicar a V. Exas. que no dia 16 de janeiro foi feita, através da agência de viagens online Logitravel, uma reserva de viagem para Hamammet –Tunísia, a realizar de 24 de agosto a 1 de Setembro. Antes de proceder à reserva entrei em contacto com um operador da agência de viagens para saber a necessidade de passaporte para a realização da viagem. Sendo que um dos operadores me comunicou que a viagem podia acontecer apenas com cartão de cidadão caso fosse uma viagem organizada (já tinha viajado para este destino apenas com cartão de cidadão na compra de um pacote completo). Ainda questionei se a viagem organizada era apenas válida em compra de loja física ou poderia ser online. Mais uma vez, a resposta foi que poderia ser em qualquer agência de viagens, desde que cumprisse com os requisitos. A reserva foi feita por mim na aplicação da agência de viagens que me permitiu concluir a reserva apenas com o cartão de cidadão (existindo a hipótese de reservar com o passaporte). Mais tarde, a 30 de Junho, questionei a Embaixada da Tunísia sobre esta questão da entrada na Tunísia com apenas cartão de cidadão. Obtendo como resposta “os cidadãos portugueses e do espaço Schengen, podem viajar para a Tunísia com Bilhete de Identidade/Cartão de Cidadão, desde que viajem no quadro de uma viajem turística organizada por uma agência de viagens com bilhete de avião de ida e volta e voucher de hotel. Se não for o caso, é obrigatório o passaporte válido e não necessitam de visto de entrada ”. Perante esta resposta, considerei que estava dentro da legalidade para viajar apenas com cartão de cidadão, uma vez que comprado uma viagem organizada - voos de ida e volta (com escala em Madrid), transferes e hotel com regime tudo incluído. No aeroporto, quando realizava o Check-in, não nos foi permitido o embarque por não possuir o passaporte. Mostramos o documento da compra da viagem organizada à Logitravel e o e-mail recebido pela embaixada da Tunísia. Mesmo assim não nos foi autorizado o embarque. Dirigimo-nos ao balcão da companhia aérea – Air Europa para tentar perceber o porquê de não nos deixar embarcar. A senhora que nos atendeu (Hermínia Direito) disse-nos que não era possível uma vez que a nossa viagem não era considerada uma viagem organizada, pelo facto de não seremos um grupo de pelo menos 9 pessoas (éramos 4) ou não ser um voo charter. Não entendo esta recusa! Considero que estávamos dentro da legalidade e se não estávamos a culpa foi exclusivamente da agência de viagens por falta de informação. Na verdade a agência falou em passaporte, mas caso não fosse permitido viajar sem ele não deveria dar para fazer a reserva na aplicação, tal como acontece em outros destinos que é necessário o passaporte para concluir uma reserva. Também não nos comunicou que este voo não era charter, razão pela qual não seria considerado uma viagem organizada ou ainda que era necessário ser um grupo de pelo menos de 9 pessoas para ser considerada uma viagem organizada. Se compramos uma viagem a uma agência de viagens, ela é responsável por informar tudo sobre essa viagem e não só estar apenas disponível para vender o produto. A viagem teve um custo de 2332.08€ + 80€ (valor da mala de porão – reserva feita na companhia aérea) + 49€ (parque de estacionamento). Perante este comportamento da agência de recusa de responsabilidades, gostaria de ser ressarcida pelo valor gasto nesta viagem, bem como por todo o transtorno causado.
