Venho por este meio reclamar os meus direitos como cidadã contribuinte e parte da população da Costa de Caparica, alertando para a aflição sentida pelos moradores desta cidade desde a transferência da gestão dos transportes públicos ferroviários da TST (transportes sul do tejo) para a nova Carris Metropolitana.Esta alteração, que se deu a 1 de Julho deste mês, prometia o esperado aumento das carreiras e uma nova frota que viriam proporcionar conforto aos habitantes desta localidade no seu habitual deslocamento para as áreas circundantes, nomeadamente Lisboa, Almada, Charneca da Caparica, Feijó, Laranjeiro, Trafaria, etc. Contudo, no dia 1 de julho a população acordou para uma realidade que se apresenta muito aquém do esperado, encontrando-se assim, sem ligação a Lisboa ou Cacilhas (principal ponto de ligação à capital) entre as 22:30 e às 7:10 da manhã, deixando uma grande parte da população confinada ou sem transporte para chegar ou sair do trabalho, universidade e outros locais.Apesar das várias ações promovidas pela Junta da União das Freguesias de Caparica e Trafaria no sentido de informar a organização da Carris Metropolitana da insuficiência de horários e carreiras para atender às necessidades da população, numa área onde o autocarro é o único meio transporte público, a Carris Metropolitana seguiu com o objetivo traçado e a situação é agora deplorável. Uma cidade com cerca de 13972 habitantes, vê-se assim numa posição de precariedade, sendo negada à população uma alternativa à utilização do automóvel e o acesso à deslocação económica e digna - algo que seria expectável na área metropolitana de uma cidade que em 2020 se dizia a capital verde da Europa.Sem mais a adicionar, venho sinceramente apelar à resolução célere desta situação e à criação de novas e melhores alternativas para uma população que se vê há anos fustigada pela dificuldade de conseguir chegar eficientemente aos locais onde trabalha, estuda e procura lazer e cultura.Melhores cumprimentos, Mariana Paiva