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Fraude Cartão Débito

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

S. F.

Para: BANCO CTT

19/01/2021

Exmos. Senhores,Sou cliente do Banco CTT. No final de Outubro, cerca de 360€ foram retirados da minha conta sem o meu conhecimento. Só me apercebi da situação três dias depois, enquanto consultava os meus movimentos bancários. Telefonei para o banco, o qual reconheceu de imediato que era fraude e cancelou o meu cartão. Presteiqueixa-crime à polícia e de seguida desloquei-me ao banco com a respectiva documentação. No banco disseram-me que iriam investigar a situação, salientando que poderia demorar até dois meses. Recebi uma carta com a tão esperada resposta do banco em Dezembro, concluindo que as operações reclamadas surgiram na sequência da criação de cartão MBNET, e que eu teria sido a responsável pelas mesmas devido a negligência da minha parte. De uma coisa tenho a certeza: nunca em qualquer momento houve negligência ou facilitação de dados da minha parte. Não consigo expressar o quão agoniante e frustrante é confiar num banco cujo principal propósito é proteger os meus bens e, aquando de uma situação destas, me culpabiliza por negligência, vendo-se livre de qualquer responsabilidade. Após o recebimento da carta, telefonei ao banco para procurar ajuda, mas fui informada de que só me poderiam auxiliar por email (pelos vistos não existe ninguém competente via telefone nem presencialmente). Enviei entãoum email expondo a minha situação e pedindo provas pela acusação. Não obtive resposta. Voltei a enviar email passados 10 dias. Finalmente recebo resposta do banco a informar-me que o processo já estava concluído e que não tinham mais nada a acrescentar. Ou seja, o meu próprio banco ignorou totalmente o meu pedido de auxílio e provas. Questiono-me também que padrões de segurança existem no banco CTT, visto que o montante retirado da minha conta foi significativo e cuja descrição inclui detalhes internacionais (tudo menos qualquer referência ao MB WAY). Só dei conta da situação três dias depois das transações terem sido processadas porque estava a rever todos os meus movimentos. De outra forma, não teria dado conta, visto que o banco não detectou nem me informou de absolutamente nada. Para além disto, a resposta final do banco quanto à situação foi totalmente de desprezo. Sinto-me tão arrependida de ter escolhido este banco. Fazem as coisas para que o cliente não consiga falar directamente com ninguém e depois desresponsabilizam-se de qualquer problema, mesmo tratando-se de fraude. E pior: culpam o cliente! E desde quando é que se demora 2 meses a fazer uma investigação? Desconsideração máxima. Obviamente já me perderam como cliente, mas vou fazer de tudo para que consiga ser ouvida e partilhar a minha história com o máximo número de pessoas, de modo a que mais ninguém tenha que passar pela mesma situação. O mais irónico é que saí de outro banco para ir para o banco CTT, visto que não se paga mensalidade. Pior erro de sempre. Melhor pagar mensalidade e estar num banco fiel e pronto a ajudar, do que estar num banco em que sou roubada e ainda me culpalizam!

Mensagens (1)

S. F.

Para: BANCO CTT

29/01/2021

Exmos. Senhores,Folgo em saber que, passados precisamente tr&#234s meses, recebo uma resposta minimamente satisfat&#243ria por parte do banco, em que me &#233 finalmente facultada alguma informa&#231&#227o acerca do cart&#227o virtual utilizado (resposta em anexo). O cart&#227o virtual descrito por v&#243s foi de facto por mim criado. Gerei-o com o objectivo de garantir uma reserva feita pela Booking.com no dia 01/10/2020. Por motivos pessoais, cancelei gratuitamente a reserva no dia 05/10/2020. Envio ambas as confirma&#231&#245es (da reserva e cancelamento) em anexo. Utilizei os dados deste cart&#227o unicamente no site da Booking.com. A Booking.com nunca me cobrou nada, como referido anteriormente, pelo que o cart&#227o virtual ter&#225, de alguma forma, sido interceptado (e utilizado num “terminal internacional IYZICO” em Istambul) sem o meu consentimento nem autoriza&#231&#227o.Com isto, volto a insistir para que seja efectuada uma investiga&#231&#227o mais aprofundada. Frustra-me perceber que sou eu, como cliente, quem est&#225 h&#225 meses a tentar desvendar esta situa&#231&#227o, sendo que a ajuda do meu pr&#243prio banco &#233 quase nula: poucos s&#227o os detalhes que me oferece, est&#225 constantemente a desresponsabilizar-se e a dar o caso como encerrado.Quanto &#224s al&#237neas do Decreto-Lei n.&#186 91/2018 referidas por v&#243s, discordo e refuto totalmente a vossa insinua&#231&#227o. Cumpri &#224 risca e integralmente todas as obriga&#231&#245es estabelecidas no artigo 110&#186, para al&#233m de que nunca houve neglig&#234ncia nem fraude da minha parte. Ainda neste sentido, considero crucial referir a segunda parte do n.&#186 3 do artigo 115.&#186, que por v&#243s foi citado de forma incompleta: “O ordenante suporta todas as perdas resultantes de opera&#231&#245es de pagamento n&#227o autorizadas, se aquelas forem devidas a atua&#231&#227o fraudulenta ou ao incumprimento deliberado de uma ou mais das obriga&#231&#245es previstas no artigo 110.&#186, caso em que n&#227o s&#227o aplic&#225veis os limites referidos no n.&#186 1”. Al&#233m disso, n&#227o posso deixar de chamar a vossa aten&#231&#227o para os n&#186s 3 e 4 do art. 113&#186 do Decreto-Lei n.&#186 91/2018.Atento o exposto e tendo presente o previsto em todo o artigo 114&#186 do Decreto-Lei n.&#186 91/2018, “o prestador de servi&#231os de pagamento do ordenante deve reembolsar imediatamente o ordenante do montante da opera&#231&#227o de pagamento n&#227o autorizada ap&#243s ter tido conhecimento da opera&#231&#227o ou ap&#243s esta lhe ter sido comunicada”.Sem outro assunto de momento, subscrevo-me, apresentando os meus melhores cumprimentos,Sara Franca


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