Exmos. Senhores,
Na sequência da adjudicação de um trabalho de fornecimento e montagem de caixilharias em PVC (4 portas e 4 janelas), à Tecniconforto:
1. No dia 02 de Outubro foi feita, pela Tecniconforto, a montagem de 4 portas (2 de um quarto, 2 da sala) e 1 janela (de um quarto). Findo o trabalho, e já após os técnicos terem abandonado o local, verificou-se que:
a) Portas: Nenhuma das portas abria totalmente.
b) Janela:
i. Com a instalação da janela foi causado um dano na parede lateral esquerda e e no canto inferior direito.
ii. A parte exterior da janela, junto ao parapeito, não foi isolada, o que poderia dar origem a futuras infiltrações.
2. No dia 25 de Outubro, a Tecniconforto regressa ao local para montagem das restantes 3 janelas (da cozinha) e rectificação das situações identificadas no Ponto 1.
No que diz respeito às rectificações iremos resumi-las mais abaixo.
Findo o trabalho, e já após os técnicos terem abandonado o local, verificou-se que:
a) As janelas não foram montadas de acordo com o contratado (as janelas estavam numa ordem que não a contratada). A Tecniconforto alega que quem recebeu os técnicos pediu que as janelas fossem assim montadas. Como não ficou mal, decidi não solicitar a rectificação da montagem.
b) O vidro da janela do meio estava partido no topo
c) As janelas oscilobatentes não abriam com o mesmo ângulo
d) A caixilharia em PVC da janela mais à esquerda estava danificada
Com a instalação de toda a caixilharia, a Tecniconforto solicitou o pagamento dos restantes 20%, ao qual me recusei a pagar enquanto as situações não fossem rectificadas.
3. No dia 07 de Novembro, a Tecniconforto regressa ao local para rectificação das situações reportadas no Ponto 2b, 2c e 2d.
Com esta visita, ficamos a saber que o Ponto 2d não seria rectificado pois o técnico não tinha sido informado que teria de fazer esta rectificação, e não levava o material consigo.
Foram rectificados os Pontos identificados em 2b, 2c, ficando agendada uma nova visita para o dia 08 de Novembro da parte da manhã.
Feitas as rectificações acima, a Tecniconforto solicitou novamente o pagamento dos restantes 20%, ao qual me recusei a pagar enquanto a rectificação identificada no Ponto 2d não fosse realizada.
4. No dia 08 de Novembro, a Tecniconforto às 9h16 comunica que os técnicos iam a caminho, e que tinham indicações da gerência para não saírem do local enquanto não fosse enviado o comprovativo do pagamento referente aos restantes 20%. Prontamente foi por mim comunicado que não conseguiria efectuar o pagamento como solicitado por estar a manhã toda em reuniões, mas que me prontificava a fazer o pagamento, no mesmo dia, assim que fosse me oportuno.
Às 11h a minha inquilina informa-me que os técnicos ainda não tinham chegado, ao que a Tecniconforto responde que, por indicação da gerência, o horário tinha sido alterado para o período da tarde, dado que eu não conseguiria efectuar o pagamento da parte da manhã. A alteração de horário foi feita sem qualquer comunicação prévia.
Da parte da tarde a Tecniconforto apresentou-se no local da obra, e rectificou o dano identificada no Ponto 2d). Contudo, o dano não ficou correctamente reparado. Observando de perto, percebe-se que há uma imperfeição, isto dito pelo próprio técnico que estava no local.
Prontamente informei a Tecniconforto do sucedido, que alegou que a imagem estava cheia de zoom e não estava perceptível, voltando a reiterar que os técnicos não sairiam do local enquanto o pagamento não fosse realizado, ao que voltei a referir que ainda estava em reuniões, e que apenas conseguiria fazer o pagamento mais tarde.
Passados poucos minutos, a minha inquilina liga-me, bastante aflita, referindo que por ordens da gerência, os técnicos estavam a remover as janelas, e que as iriam levar, a menos que o pagamento fosse realizado dentro de 15min, o mais tardar.
Para resolver a situação tive de pedir ao meu marido que fizesse o pagamento, e as janelas foram novamente montadas.
Contudo, após os técnicos terem abandonado o local, verificou-se que, com a remoção e recolocação das janelas, partiram 2 azulejos.
Com tudo isto, e após rectificação do que a Tecniconforto achou que lhe competia reparar, ficaram as seguintes situações por resolver:
1. Abertura completa de duas portas, que só ficará resolvida se cortar um rodapé, e se substituir 1 rolo de estore no valor de 90€ ( a Tecniconforto referiu que só faria esta substituição se o Cliente pagasse)
2. 1 parede danificada
3. 2 azulejos partidos
4. Uma caixilharia mal reparada
Pelo anteriormente exposto, não reconheço, à Tecniconforto, qualquer mérito, brio, profissionalismo e, muito menos, respeito pelo Cliente. Nesta relação, o Cliente foi sempre identificado como sendo o culpado e responsável pela má execução dos trabalhos. Do ponto de vista da Tecniconforto, antes dos técnicos abandonarem o local, é da responsabilidade do Cliente fazer as verificações necessárias e garantir que está tudo em conformidade.
Relativamente ao pagamento dos 20%, o que o contrato refere é que o mesmo tem de ser feito no final da montagem, o que não significa que tem de ser com os técnicos no interior da habitação que, por lei, não é permitido. De referir que o pagamento dos 40% iniciais, bem como, dos 40% intercalares foi sempre feito, no dia estabelecido, e ao final do dia.
Perante o exposto, não recomendo, de todo, os serviços da Tecniconforto. A Tecniconforto prestou um péssimo serviço, e não mostrou qualquer respeito para com o Cliente.
Atentamente,
Sandra Pacheco