Boa tarde.
Utente: Pedro Manuel Alves da Graça
Há sensivelmente 1 ano que estamos a aguardar uma operação na cirurgia vascular. Em maio o utente, (meu pai), teve de entrar de baixa pois já não era capaz de trabalhar, desde então que envio e-mails e peço especial atenção ao psicológico dele pois está muito frágil, com pensamento de desistir de si, sem rumo e estando de baixa à tanto tempo tudo isto só agrava, uma vez que estamos a falar de um homem que toda a vida trabalhou e que agora se vê parado, incapacitado, se sente um estorvo e um inválido por não conseguir sequer pôr comida na mesa. O que recebe da baixa mal chega para a renda e tem tido o apoio da família neste aspeto mas fere o ego a qualquer pessoa, principalmente a um homem com ideias antigas de chefe de família. Está imensamente frágil psicologicamente e com dores insuportáveis, quando mal consegue andar uns metros sem chorar.
No primeiro ponto, refiro que já foi requerido o processo do mesmo para que tentemos ver outras soluções para o ajudar, mas não nos foi ainda dado nada.
Para além de pedir informações sobre a operação e quase suplicar por uma data, é impossível falar com os médicos, já se dirigiu várias vezes às urgências mas sempre sem sucesso e acaba por sentir também que já não vale mais a pena e que a vida acabou.
Dia 22 de Outubro, foi-nos dada uma esperança enorme (envio em anexo), foi-nos dito que existia uma previsão de data para a cirurgia, passado todo este tempo sem sermos contactados para realizar os exames, hoje (5 de Novembro) o meu pai dirigiu-se ao Hospital para obter algum esclarecimento ao que lhe foi transmitido que não obtinham informação de nenhuma operação.
Segue-se a minha questão: Para existir uma data prevista (mesmo que entretanto algo urgente se sobreponha) tem de existir um pedido ou uma marcação inicial, a marcação foi feita e o hospital não teve conhecimento ou a marcação nunca existiu e isto foram falsas esperanças dadas, informações falsas passadas e mentiras feitas a uma pessoa no estado em que está? Qualquer uma das hipóteses me parecem gravíssimas. Precisamos de esclarecimentos e que atitudes sejam tomadas. É inadmissível o que se passou neste tempo todo. O meu pai tem direitos, e a saúde é o básico. Está à 1 ano a ser ignorado com dores.
Cumprimentos,
Sara Moreira Graça.